Ir para o conteúdo PET Ciência da Computação Ir para o menu PET Ciência da Computação Ir para a busca no site PET Ciência da Computação Ir para o rodapé PET Ciência da Computação
  • International
  • Acessibilidade
  • Sítios da UFSM
  • Área restrita

Aviso de Conectividade Saber Mais

Início do conteúdo

Diagnóstico

A confirmação diagnóstica de sífilis requer uma correlação entre dados clínicos, resultados de exames e histórico de infecções/tratamentos prévios e de exposições de risco.

Recomenda-se iniciar o rastreamento ou a investigação diagnóstica para sífilis gestacional com o teste rápido (TR), que por ser treponêmico é o primeiro a ficar reagente, devendo ser feito sempre na primeira consulta pré-natal.


Dado o atual cenário epidemiológico da sífilis no Brasil, recomenda-se o tratamento imediato de gestantes após somente um teste reagente para sífilis (treponêmico ou não treponêmico), independentemente da presença de sinais ou sintomas da doença.


Havendo suspeita de sífilis primária ou secundária em pessoas sintomáticas e impossibilidade de realização de qualquer teste diagnóstico, recomenda-se tratamento empírico imediato para sífilis recente, assim como para as parcerias sexuais.


Em qualquer situação (independentemente de haver ou não teste e do resultado deste), se gestante com presença de úlcera anogenital e/ou se teve parceria sexual nos últimos 90 dias com diagnóstico de sífilis e não recebeu tratamento, trate para sífilis recente e notifique, e avalie e trate as parcerias sexuais dos últimos 3 meses.


É recomendada a investigação para sífilis em toda erupção cutânea sem causa determinada.

O início do tratamento com apenas um teste reagente não exclui a necessidade da realização do segundo teste (melhor análise diagnóstica), do monitoramento laboratorial (controle de cura) e do tratamento das parcerias sexuais (interrupção da cadeia de transmissão).


INTERPRETE O RESULTADO DO TESTE SOLICITADO CASO A CASO

(clique para ser redirecionado)

CASO 1: primeiro teste (VDRL ou TR) não reagente, sem indicação de teste complementar.

CASO 2: dois testes imunológicos diferentes com resultado reagente.

CASO 3: dois testes imunológicos diferentes com resultados divergentes.

CASO 4: histórico de tratamento para comparação com teste atual.


SAIBA MAIS

Testes imunológicos

Diferentemente dos exames diretos, que buscam identificar o treponema em amostras coletadas diretamente das lesões de sífilis, os testes imunológicos, que são os mais utilizados na prática clínica, pesquisam anticorpos em amostras de sangue, podendo ser divididos em treponêmicos e não treponêmicos:

Treponêmicos

FTA-Abs

ELISA/EQL/CMIA

TPHA/TPPA/MHA-TP

Teste Rápido (TR)

Detectam anticorpos específicos contra os antígenos do Treponema pallidum. São os primeiros a se tornarem reagentes. Em 85% dos casos, permanecem reagentes por toda a vida, mesmo após o tratamento. São importantes para o diagnóstico, mas não estão indicados para o monitoramento da resposta ao tratamento.

Não treponêmicos

VDRL

RPR

TRUST

USR

Detectam anticorpos anticardiolipina não específicos para os antígenos do T. pallidum. Tornam-se reagentes cerca de 1 a 3 semanas após o surgimento do cancro duro e são quantificáveis (ex.: 1:2, 1:4). Importantes para o diagnóstico e o monitoramento.


Cicatriz sorológica

A análise isolada de um resultado de VDRL pode levar a decisões terapêuticas inadequadas, uma vez que um único título não permite identificar atividade da doença. Deve-se considerar que títulos altos e em queda podem ser encontrados em pessoas adequadamente tratadas, e de que títulos baixos podem ser vistos em casos de infecção recente ou em estágios tardios.

Um VDRL baixo também pode ser verificado em pessoas adequadamente tratadas, mas que não atingiram a negativação (sororreversão), fenômeno que pode ser temporário ou persistente e que é denominado cicatriz sorológica.

Já os testes treponêmicos, como o TR e o FTA-Abs, quase sempre permanecem reagentes por toda a vida, apesar de tratamento adequado. Entretanto, frente a achados clínico-epidemiológicos e na ausência de tratamento prévio, são indicativos de doença ativa. Ainda assim, os testes não treponêmicos devem ser solicitados para acompanhamento sorológico.


Pessoas com títulos baixos em testes não treponêmicos, sem achados clínicos, sem registro de tratamento e sem data de infecção conhecida, são consideradas como tendo sífilis latente tardia e devem ser tratadas.


InícioTratamentoMonitoramento