Na última sexta-feira, a Secretaria Municipal da Agricultura de Santiago, representada por Cássio Bertazzo Fiorenza, Júlia Martinuzzi, Eva Maristane Rodrigues Muller, juntamente com o produtor rural Joziel Sales da Silveira, fizeram uma visita técnica para maior compreensão do projeto de Ovos Coloniais da Região Centro. O projeto tem por finalidade ser uma unidade referência em termos de orientações sobre a produção de ovos coloniais de galinhas livres de gaiolas, buscando facilitar informações para agricultores, organizações públicas e privadas, a respeito de legislação, registro de granja, infraestrutura, manejo, comercialização e mercados. A programação contou com uma visita a dois produtores participantes do projeto e outra ao Entreposto de Ovos do Colégio Politécnico da UFSM.
Na visita à propriedade do Sr. José Tadeu, um dos produtores do projeto cuja granja está localizada no distrito da Boca do Monte, município de Santa Maria, os visitantes tiveram a oportunidade de entender os principais desafios para manter-se na produção. Já na propriedade da agricultora Jusane Turri Carvalho foi possível conhecer o aviário, as principais técnicas de manejo e os cuidados no armazenamento da produção, além esclarecer diversas dúvidas.
No Entreposto de Ovos, o grupo visitante foi recebido pela bolsista do projeto e acadêmica do Curso de Medicina Veterinária, Évelin Pontes, e pelo coordenador do projeto, Cristiano Dotto. Na ocasião puderam conhecer a infraestrutura do entreposto de ovos, assim como os procedimentos necessários para a sua formalização.
Dotto afirma: “a procura por ovos coloniais na PoliFeira do Agricultor, além da falta de um estabelecimento registrado para oferecer os serviços de ovoscopia, foram os principais motivos que levaram ao início do projeto”. Buscando incentivar os feirantes e motivados pela Chefe do Serviço de Inspeção de Santa Maria, Lidiane Vieira Machado, uma visita até o município de Canguçu foi realizada, onde os representantes foram agraciados com a oportunidade de conhecer o sistema de galinhas livres de gaiolas, coordenado pela Embrapa Clima Temperado e pela Emater-RS/ASCAR.
Posteriormente, um grupo de agricultores participou de um Curso de Avicultura Colonial no Centro de Treinamento da Emater-RS/ASCAR, de modo que tivessem um conhecimento mínimo sobre a produção. O projeto em questão iniciou com três produtores e atualmente aumentou para seis, com um total de 1500 dúzias de ovos passando pelo entreposto por semana. Tais ovos coloniais são comercializados especialmente na PoliFeira, mas também em outras feiras e mercados da região.
Ainda no entreposto, a bolsista Évelin explicou a diferença da casa de ovos, que se localiza nas propriedades rurais e recebe somente a produção da mesma, e do entreposto de ovos, que se encontra fora das propriedades rurais e recebe a mercadoria de diferentes produtores.
Entre os objetivos do projeto está a busca em ser referência em termos de experiência que possam ser replicadas junto à agricultura familiar. A Visita do grupo de Santiago se soma a outras já recebidas, considerando que o projeto tem despertado interesse de prefeituras, universidades, empresas de assistência técnica e de agricultores. A produção de ovos coloniais de galinhas livres de gaiolas tem se tornado um diferencial porque oferece um alimento com a garantia do bem-estar das aves e da qualidade para o consumidor.
Matéria: Júlia Petenon, Bolsista de Jornalismo da PoliFeira do Agricultor.
Colaboração: Évelin Pontes, bolsista do Projeto de Ovos.
