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Polifeira do Agricultor e Outubro Rosa: alimentos saudáveis na contribuição ao tratamento e à prevenção do câncer de mama



O mês de outubro é um mês dedicado à campanha de conscientização sobre o câncer de mama, uma doença ainda cercada por muitos medos e incertezas. O câncer de mama é o tipo de doença que mais mata mulheres no Brasil. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), devem ser registrados, neste ano, 73.610 novos casos. O Hospital Universitário de Santa Maria/RS (HUSM), vinculado à Rede Ebserh, enfatiza a relevância do tema para a prevenção e o tratamento no combate à doença.

Para obter mais informações e entender como a alimentação impacta no tratamento e, até  mesmo, na prevenção do câncer de mama, a Polifeira conversou com a Dra. Ana Paula Farias, residente na unidade de oncologia do HUSM. Segundo a Dra. Ana Paula, os alimentos consumidos podem auxiliar na desnutrição e desordem metabólica, que muitas vezes está presente em pacientes com câncer e isso pode impactar negativamente na evolução do próprio tratamento da doença e em relação à cirurgia, à radioterapia e a terapias farmacológicas. O déficit do estado nutricional está associado à diminuição das respostas ao tratamento e também à qualidade de vida da paciente.

Contudo, existem alimentos específicos que podem ajudar a fortalecer o sistema imunológico, como é o caso dos folhosos verdes escuros, feijão, lentilha, leite e derivados, tomate, laranja, bergamota. A Dra. Ana destaca que não há um nutriente específico que seja mais importante para a paciente com câncer de mama, pois isso vai depender da deficiência de cada organismo, do estágio do câncer e do tipo de tratamento que ela está realizando no momento. Desse modo, todos os nutrientes são importantes e alguns pacientes podem ter déficit maior de algum em específico, o qual deverá ser suplementado.

Vale ressaltar que a alimentação influencia, também, após o tratamento, ajudando a prevenir a reincidência do câncer. “Especialmente, estas pacientes devem evitar alimentos processados e ultraprocessados, dando preferência sempre para alimentos naturais, consumindo mais frutas e verduras, destaca a Dra. Ana Paula Farias.

 

Polifeira: do campo para a nossa saúde

Na cidade de Santa Maria, na UFSM, a Polifeira, projeto do Colégio Politécnico, oferece alimentos saudáveis, cuidando para que todos os produtores que integram o projeto trabalhem com produções orgânicas, ou seja, na produção e oferta de alimentos livres de agrotóxicos. 

Um dos principais elementos que a Polifeira do Agricultor oferece para os alimentos serem livres de agrotóxicos é que existe um monitoramento semanal de resíduos de agrotóxicos nos alimentos produzidos em cada propriedade. Depois do material coletado, ele é levado para o Laboratório de Análise de Agrotóxicos da UFSM, para garantir a oferta de produtos saudáveis e de qualidade. 

E são diversos os produtos à venda pelos integrantes do projeto, indo de hortaliças e legumes frescos a opções de pães, massas, geleias e outros, tudo produzido artesanalmente. Dentre os alimentos disponibilizados na feira, estão alguns que são indicados na dieta de pacientes em tratamento oncológico, como alface, brócolis, couve-flor, cenoura, beterraba, tomate, repolho, ovos, laranja e moranguinho.

 

Outubro Rosa: relato de uma produtora da Polifeira

Na localidade de Linha Teotonia, interior de Agudo-RS, em uma propriedade chamada Morangos do Papai e da Mamãe, mora a produtora Cleusa Hans e sua família. A produtora, que integra o projeto da Polifeira, é também uma das pacientes que está em tratamento contra o câncer de mama. Ela conta que foi muito difícil receber o diagnóstico da doença, e que toda família foi afetada sentimentalmente. 

“Fiz o ultrassom e deu negativo; aí, fiz a mamografia, e nela deu positivo, que eu estava com câncer de mama, aí passei por todos os exames, os exames que eu tinha que fazer no HUSM, fiz a biópsia para ver se era maligno ou se era benigno. Não foi fácil, foi muito difícil, mas a agente se agarra com Deus e eu tinha muita fé quando eu fazia as quimioterapias” relata a senhora Cleusa.

A produtora relata que seu maior apoio durante esse momento foi o marido e o filho, que sempre estiveram junto com ela, lado a lado, a acompanhando. Após o diagnóstico, Cleusa conta que adotou uma cachorrinha, pois diz não ser fácil ver as outras pessoas trabalhando e ela ter que ficar só dentro de casa e não poder pegar uma enxada para capinar”. Ela encerra compartilhando uma mensagem de aprendizado, que ela gostaria de compartilhar com todos: “que as mulheres façam o exame todo o ano, isso é muito importante”.

 

 

Texto: Joice Figueiredo Scherer, bolsista de comunicação do projeto Polifeira do Agriculto
Revisão: Assessoria de Comunicação do Colégio Politécnico da UFSM

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