O espetáculo “Danças populares no coração do Rio Grande” chega aos campi da UFSM em Palmeira das Missões e Frederico Westphalen na próxima quarta-feira, 16 de outubro. Dirigida pelo professor do curso de Dança-Licenciatura, Jessé da Cruz, a apresentação se desenvolve a partir de elementos culturais das matrizes indígenas e afro-brasileiras, objetivando visibilizar tais manifestações e, assim, contribuir para sua valorização. E quem leva o espetáculo até os campi é a Sedufsm, em mais uma ação referente às comemorações dos 35 anos da entidade sindical, completos em 2024. Trata-se de uma edição especial do projeto ‘Cultura na Sedufsm’, promovido há anos junto não só à categoria docente, mas às comunidades acadêmica e externa.
E, mais especial ainda é a data escolhida para o espetáculo, já que o dia 16 de outubro marca os 18 anos da criação dos campi da UFSM em Frederico Westphalen e Palmeira das Missões. Abaixo, horários e locais da apresentação:
– 10h no Hall do Prédio Principal da UFSM em Frederico Westphalen;
– 15h30, no Hall do Prédio 1 da UFSM em Palmeira das Missões.
Neila Baldi, diretora da seção sindical, destaca que a gestão ‘Renova Sedufsm’ tem buscado se fazer mais presente nos campi descentralizados da UFSM.
“Este ano a gente iniciou um projeto que já gostaríamos de ter iniciado na gestão anterior, que é o ‘Cultura na Sedufsm’ nos campi. No início do ano fizemos o show do Pedro Munhoz [em Santa Maria, Frederico Westphalen e Palmeira das Missões] e a ideia era, para o segundo semestre, fazer outra atividade cultural que não fosse música, porque já havíamos levado música. Por isso nós propusemos uma apresentação de dança dentro de um dos motes dos nossos 35 anos, que é o olhar docente”, explica a dirigente.
Ela relembra que, quando do lançamento da programação de aniversário da Sedufsm, iniciada com a homenagem proposta pela vereadora Helen Cabral e recebida pela seção sindical na Câmara de Vereadores de Santa Maria, já fora anunciado que o festejo de 35 anos priorizaria contar e comemorar a história do sindicato sob o olhar dos professores e professoras que o constroem diariamente.
“Então a gente fez uma exposição com o professor Máucio [na Feira do Livro de Santa Maria] e agora a gente está levando o professor Jessé com sua atividade cultural. ‘Seja Sedufsm, transforme o mundo’ [mote dos 35 anos] é, também, se transformar a partir da cultura”, acrescenta Neila.
Sobre o espetáculo
O espetáculo “Danças Populares no Coração do Rio Grande” é uma realização do Grupo de Pesquisa LabCRUZO (CNPQ) e do Programa de Extensão “Mojubá: Danças Populares Brasileiras”, pertencentes ao Curso de Dança Licenciatura da UFSM. A apresentação integra, ainda, o Programa de Cultura Popular Brasileira da UFSM, e tem apoio do Cultura Viva 20 anos do Ministério da Cultura – Brasil União e Reconstrução; NEABI (Núcleo de Estudos Afro Brasileiro e Indígena); ODH (Observatório de Direitos Humanos); Dança Licenciatura UFSM; Centro de Artes e Letras; Centro de Educação Física e Desportos; PRE-Extensão e UFSM.
No texto de divulgação do espetáculo, constam os seguintes dizeres: “Dançar as matrizes significa que não são danças da tradição indígena e africana, mas sim os desdobramentos oriundos da resistência contra a estrutura de colonização, dessa forma compreende-se que danças indígenas estão associadas com as tradições dos povos originários, assim como danças africanas estão em territórios de origem, não caracterizando como danças populares, mas sim danças da tradição de um povo. Dessa forma salvaguardamos seus saberes em seus territórios e pret(ago)nizamos suas presenças nas suas ações”.
“Danças Populares no Coração do Rio Grande” permeia os brincantes das matrizes cabocla, ribeirinha, mameluca, praieira, sendo desenvolvido na seguinte ordem:
Boi Bumba – Boi-bumbá Garantido e Boi-bumbá Caprichoso, localizado em Parintins/AM;
Carimbó – dança de roda típica do nordeste do estado do Pará, situado na região Norte do Brasil;
Lundu – manifestação musical e coreográfica originada da confluência de elementos das culturas africana e europeia ibérica;
Orixá – Deuses e Deusas do pantaleão Africano;
Afoxé – folguedo típico do estado da Bahia. Dança cortejo ligada ao candomblé e suas matrizes afro;
Dança Afro-brasileira – expressão artística e práticas corporais que têm suas raízes na cultura africana.
FICHA TÉCNICA
Espetáculo: “Danças Populares no Coração do Rio Grande”
Direção Geral: Jessé da Cruz
Elenco: Ana Rafaela Martins; Clara Mouchet; Julia Roncai, Kayy Padilha; Lauane Lencina; Thayanara Cruz; Fran Machado; Michel Capeleto; Nyck Oliveira; Rudson Martins
Iluminação: Toni de Freitas
Operação de som: Siane Colpo
Contrarregra: Will Nienow; Helena Falkowski; Giulia Ercolani
Fotografia: Deivison Sghirla
Equipe Criativa
Coreografias: Jesse da Cruz
Crédito de Imagem Portfólio: Deivison Sghirla
Edição e Criação Portfólio: Nyck Oliveira
Pesquisa: LabCRUZO (CNPQ)
Figurino: Jesse da Cruz
Maquiagem: Clara Mouchet
Edição de Trilha Sonora: Nyck Oliveira
Locução: Rodrigo Santiago
Trilha Sonora:
Boi Bumbá:
“Brasil- Terra Indígena – Boi Bumba Caprichoso” – Composição: Gerlean Brasil, Saimon Andrade e Kássia Muniz;
“Celebração da Vida – Boi Bumba Garantido” – Composição: Sebastião Jr;
“Auto do Boi (2012) – Boi Bumba Garantido” – Composição: Eneas Dias;
“Viva a Cultura Popular – Boi Bumba Caprichoso” – Composição: Adriano Aguiar; Geovane Bastos e Guto Kawakami.
Lundu:
“Negro Sol” – Composição: Márcio Macedo;
“Lundu Marajoara” – Composição: Arraial do Pavulagem – Música do Litoral Norte.
Carimbó:
“No Meio do Pitiú” – Composição: Dona Onete;
“Canto de Carimbó / Ai Menina / Amazonas / Arriba a Saia / O Meu Amor Voltou – Montagem: Carimbó do Pará – Izelon Silva.
Afoxé:
“Prece à Oxum” – Composição: Jessica Ellen; Daniel Delavusca e Alexandre Nadai;
“Alegre Menina” – Composição: Djavan;
“Oro Mi Maió” – Larissinha, Anibal Gomes e Bará Eleguá;
“Herança Africana” – Afoxé Povo de Exu.
Texto: Bruna Homrich
Arte: Rafael Balbueno
Assessoria de Imprensa da Sedufsm