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Equipe do Projeto UFSM-Detecta realiza quase 25 mil testes de Covid-19 em Palmeira das Missões e região



Equipe UFSM-Detecta, formada por docentes, técnicos, acadêmicos, pós-graduandos e egressos da UFSM-PM

A Universidade Federal de Santa Maria, campus de Palmeira das Missões, desde o início da pandemia de Covid-19 no Brasil, iniciada em março de 2020, tem sido uma importante aliada para a prevenção e enfrentamento da doença no município e região. Isso porque, a instituição realiza, desde o mês de abril do ano passado, testes para detectar o novo coronavírus em pacientes com os sintomas da doença, através do projeto de extensão UFSM-Detecta.

De acordo com Daniel Graichen, vice-diretor do campus, coordenador do Laboratório de Genética Evolutiva e um dos coordenadores do projeto UFSM-Detecta, até o momento já foram realizados quase 25 mil testes, com um valor muito abaixo do mercado, resultando em uma oportunidade para as prefeituras tomarem decisões administrativas subsidiadas com informações fidedignas. Para realização do trabalho, fazem parte da equipe, estudantes de graduação e de pós-graduação, egressos e servidores (técnico-administrativos em educação e docentes). “Nesse sentido, além de colaborar com a população, o projeto se tornou uma importante oportunidade de aprendizado para os estudantes, ressaltando que a universidade cumpriu seu papel na íntegra: promovendo o ensino destes estudantes, aliado a uma iniciativa de extensão”, afirmou Graichen.

Pesquisadores do projeto UFSM-Detecta realizando os testes de Covid-19. 

Em relação aos desafios do projeto UFSM-Detecta, Ângela Batista, docente do curso de Nutrição da UFSM-PM e, também, coordenadora do projeto, ressalta que um dos principais desafios foi adaptar a realidade de ensino e pesquisa para a realidade do diagnóstico de um número massivo de pessoas. “No serviço prestado para a detecção do SARS-COV-2 (coronavírus), todo e qualquer teste importava, pois eram vidas em risco, empregos, comércios, procedimentos médicos e a garantia de segurança para o sistema de saúde pública e de seus profissionais. Nossos alunos, que eram acostumados com poucas horas de laboratório e mais horas em sala de aula, viram a sua rotina invertida neste trabalho; nossos técnicos que nos davam suporte para procedimentos de curto prazo e de baixa escala, de repente, tiveram que lidar com novos equipamentos e novas proporções deste suporte e nós professores envolvidos neste projeto, que antes lidávamos com uma rotina de extensão esporádica, nos vimos, de repente, completamente envolvidos na capacitação técnica de uma equipe de alunos e profissionais, estruturação de laboratórios, de fluxo de funcionamento e envolvimento burocrático, político, e social diário com a comunidade”.

A docente ressalta ainda que a técnica de RT-PCR não é simples e barata, mas que a equipe venceu o desafio e fez todas as capacitações necessárias para trabalhar na realização dos testes. “Nós vencemos o desafio de tornar a técnica de RT-PCR uma rotina em nossas dependências na UFSM-PM de forma mais ágil e acessível às cidades da nossa região e em um momento tão difícil. A vida de muitas pessoas dependia e ainda depende da nossa dedicação diária e tornar real a possibilidade de testes massivos para nossa região exigiu persistência e coragem”, ressaltou Batista.

Já para Graichen, um dos principais desafios foi o logístico. “No começo do projeto, em abril de 2020, as empresas não tinham estoques de insumos e os preços estavam inflacionados. Nesse momento, tivemos que dedicar atenção extra para nunca faltar reagentes, EPIs (equipamentos de proteção individual) e para não extrapolar os recursos disponíveis. Cabe ressaltar que o campus nunca deixou de fazer os testes nesse período por falta de material e que o prazo de liberação dos laudos sempre esteve dentro do planejado, ou seja, 95% dos testes liberados em no máximo 24 horas. O prazo do LACEN/RS (Laboratório Central de Saúde Pública) ou do Testar/RS (programa de testagem e busca ativa de infectados, criado pelo governo do estado) comumente extrapola sete dias úteis”, assegurou Graichen.

Professora Terimar Moresco, professor Daniel Graichen e professora Ângela Batista, coordenadores do projeto UFSM-Detecta.

Para Graichen o projeto UFSM-Detecta colocou a universidade e os quase 50 municípios da região em alinhamento estratégico, onde todos ganham a médio e a longo prazo. “Os municípios perceberam que podem contar com a UFSM-PM para diversas iniciativas e a UFSM-PM se consolida cada vez mais como referência regional em inovação e ensino”, afirmou.

De acordo com os pesquisadores, o Projeto UFSM-Detecta é o maior projeto de extensão da UFSM-PM e já envolveu mais de 30 pessoas, entre alunos, técnicos e professores. “A UFSM investiu diretamente cerca de R$700.000,00 em equipamentos e os municípios cerca R$1.500.000,00 em reagentes para os testes, além, de cerca de R$250.000,00 em equipamentos via Escola do Comércio/PM e Amzop/Sicredi”, afirmou Ângela Batista.

A pesquisadora ainda destaca a nova fase do projeto e o quanto se sente orgulhosa com os resultados alcançados, junto à equipe. “O professor Daniel Graichen, a professora Terimar Moresco (docente da UFSM-PM e coordenadora do mesmo projeto) e eu, nos sentimos orgulhosos do projeto de extensão UFSM-Detecta que agora inicia uma nova fase que envolve treinamento e capacitação de profissionais de educação para a prevenção de doenças infectocontagiosas. Todas as cidades que adquiriram os testes dentro do projeto UFSM-Detecta poderão contar com esse serviço de treinamento que irá capacitar os profissionais para a volta das atividades presenciais. Com a chegada das vacinas, acende a esperança de que a pandemia possa ser controlada, mas nosso projeto e a UFSM-PM continuarão com o seu papel de ajudar a comunidade da região com esta e outras ações”, conclui Batista.

Para acompanhar as atividades do projeto UFSM-Detecta e ter acesso às informações educativas sobre a pandemia, siga @ufsmdetecta no Instagram.

Texto: João Roberto Portela Schmidt – estagiário de Relações Públicas

Revisão: Isabel Malheiros – Assessoria de Comunicação UFSM-PM

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