O professor Rafael Adaime Pinto é diretor do Departamento de Ensino a partir desta quinta-feira (6). Ele, que já era substituto na função desde outubro, assume após a saída do professor Marcos Daniel Zancan, que ocupava a direção de Ensino há sete anos.
Rafael possui graduação, mestrado e doutorado em Engenharia Elétrica pela UFSM, e pós-doutorado na área pela Universidade de Oviedo, na cidade espanhola de Gijón. Além disso, é graduado no programa de Formação de Professores da UFSM.
Rafael entrou no CTISM em 2009 como professor dos cursos ligados à área eletroeletrônica. Em 2013, assumiu a coordenação do curso de Automação Industrial. Dois anos depois, passou a coordenar o curso subsequente de Eletrotécnica. Em 2016, virou coordenador da recém-inaugurada graduação de Eletrônica Industrial, curso que ajudou a criar.
Além disso, o professor faz parte das equipes de pesquisa do GSEC (Grupo de Pesquisa e Desenvolvimento em Sistemas Elétricos e Computacionais), do CTISM, e do Gedre, o grupo de pesquisa em iluminação elétrica do CT (Centro de Tecnologia).
DESAFIO
O novo diretor de Ensino concedeu uma entrevista ao site do CTISM na terça-feira (4). Ele disse que substituir Zancan é um “desafio muito grande”. “Estou disposto a encarar”, “aprender” e “me superar”, emenda Rafael.
Questionado sobre o que pode ter lhe credenciado para assumir a direção de Ensino, Rafael cita sua experiência como coordenador de curso e presidente da Comissão Setorial de Avaliação, sua participação na criação da graduação em Eletrônica Industrial e seu trabalho na área de iniciação científica.
O professor disse ainda que procura se “relacionar bem com todo mundo” e conversar para resolver problemas, o que “contribui para que eu aceite novas ideias” e para “expor minhas opiniões”.
CONFIANÇA
Quando o assunto muda para a importância do Departamento de Ensino, Rafael resume o papel do setor como “confiança”. “Os alunos têm que confiar, os professores têm que confiar”, frisa ele.
Para o professor, os alunos precisam “procurar o departamento como forma de apoio”. O Ensino tem o dever de “resolver questões pessoais e profissionais” e ser um “suporte para as práticas de ensino e para que o ensino funcione com qualidade”.
Ele cita que os alunos são de diferentes modalidades, os cursos têm caracterísitcas e públicos distintos e os professores têm, muitas vezes, visões e opiniões divergentes, o que, para Rafael, gera a necessidade de “integrar ideias”.
Segundo ele, o departamento precisa estar aberto a críticas e sugestões. “A cada semestre alguma coisa muda”, diz. “É um departamento dinâmico”.
O Ensino precisa “tentar sempre integrar experiências” dos servidores, “integrar todas as ideias” e “trabalhar em equipe”, continua o professor.
REFORMAS
Questionado sobre as ações que sua gestão à frente do Ensino pode encampar, Rafael cita a proposta de uma “reformulação estrutural dos cursos técnicos”, com mudanças nos projetos pedagógicos para “integrar mais os cursos”.
Seria um “processo longo” ao qual Rafael pretente dar início neste ano, o que precisará de discussão com todos os professores e técnico-administrativos, segundo ele.
Perguntado sobre a aplicação da reforma do Ensino Médio no CTISM, o diretor de Ensino diz que o assunto está em discussão entre os coordenadores dos cursos integrados. Segundo Rafael, os coordenadores avaliam que as incertezas políticas dificultam a elaboração de um projeto, pois lançam dúvidas sobre o futuro próximo.
“Quando o grupo entender que tem um projeto pronto, que possa ser implementado, será feita a reformulação”, diz Rafael. De acordo com ele, a expectativa é iniciar a aplicação em 2019.
SUCESSÃO
Rafael define a mudança no comando do Departamento de Ensino como uma “troca gradual”. Ele conta que, desde que se tornou diretor de Ensino substituto, tem assumido cada vez mais funções, inclusive a responsabilidade por tramitações de processos.
por Rossano Villagrán Dias