As bolsas de produtividade no CNPq, seja em pesquisa ou em desenvolvimento tecnológico, são destinadas aos pesquisadores que se destacam entre seus pares, ou seja, são consideradas um termômetro de qualidade de um pesquisador, de um programa de pós-graduação e até mesmo para uma instituição. Além disso, essas bolsas funcionam como um incentivo aos pesquisadores contemplados.
Para concorrer, os pesquisadores interessados seguem o edital público a nível nacional que é disponibilizado pelo CNPq, normalmente em meados do mês de agosto, e submetem sua propostas para serem avaliadas. Este ano 46 pesquisadores da UFSM foram contemplados.
A avaliação é realizado pelas comissões do CNPq, que são formadas por pesquisadores que definem os critérios que julgam mais relevantes para cada área. De modo geral, a publicação de artigos em revistas científica de grande prestígio e alto fator de impacto é muito importante para a avaliação. Também é fundamental que o professor-pesquisador esteja envolvido na formação de recursos humanos, isto é, que esteja vinculado a um programa de pós-graduação e orientando dissertação ou tese. Além disso, é recomendado que tenha pós-doutorado.
A duração da bolsa PQ categoria/nível 1A é de 60 meses; 1B, 1C e 1D, 48 meses; e na categoria 2, duração de 36 meses. Vinculados aos departamentos do Centro de Tecnologia, foram 4 os contemplados. Durante esse tempo os pesquisadores têm o compromisso de continuar produzindo artigos para a área de atuação definida pelos mesmos, após o término desse período eles devem mandar um relatório para o CNPq contendo os artigos, as orientações e tudo que foi trabalhado enquanto bolsistas.
A professora do Departamento de Engenharia Química e pesquisadora Fernanda de Castilho foi uma das que tiveram o seu projeto contemplado pela bolsa de produtividade do CNPq. “Tenho estudado alternativas para a produção de biodiesel, hoje em dia as indústrias e usinas usam uma tecnologia antiga que foi copiada dos Estados Unidos e ela tem muitas restrições quanto a matéria-prima que vai ser utilizada”, disse. Segundo ela, devido às características da tecnologia ultrapassada, a matéria-prima fica muito cara. No Brasil, por exemplo, usa-se o óleo de soja refinado – o mesmo que usamos na alimentação. Esse óleo passa por um processo de refino e, por isso, encarece o produto.
Outro projeto aprovado na Chamada CNPq Nº 12/2016, foi o do professor do Departamento de Engenharia Elétrica Marco Antônio Dalla Costa (foto), que atua no grupo GEDRE – Inteligência em Iluminação. Essa pesquisa está relacionada ao Visible Light Communication (VLC), uma tecnologia que utiliza a luz visível para transmitir dados e que pode vir a substituir o Wi-Fi. Para Marco, essa tecnologia é uma tendência mundial e tem implicações no futuro. “Já existem aplicações do Li-Fi, por exemplo, quando o farol de um carro se comunica com o farol de outro e impede acidentes, assim como o controle da velocidade. A curto prazo, isso ajuda na questão dos veículos autônomos”, disse.