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PPGEE apresenta proposta piloto no VI Seminário Institucional de Avaliação e Planejamento da Pós-graduação da UFSM 2024

Proposta “5+1” permite reduzir o tempo do mestrado de 2 anos para 1 ano e a conclusão da graduação e mestrado em 6 anos



Na segunda-feira e terça-feira (7 e 8) de outubro, ocorreu o VI Seminário Institucional de Avaliação e Planejamento da Pós-graduação, evento que reuniu coordenadores e lideranças de programas de pós-graduação para debater os rumos da pós-graduação na UFSM. O seminário foi organizado pela Pró-reitoria de Pós-graduação e Pesquisa (PRPGP) e pela Pró-Reitoria de Planejamento (PROPLAN). Esta edição foi sediada no Auditório Wilson Aita, no Centro de Tecnologia, e tratou de uma série de discussões focadas em inovação, planejamento estratégico e melhorias nos indicadores acadêmicos.

A abertura do evento ocorreu às 14h30, e contou com a presença do reitor da UFSM Luciano Schuch. Na sequência, houve uma palestra da professora Isabela Pordeus, pró-reitora de pós-graduação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e vice-coordenadora do COPROPI/ANDIFES, que abordou a avaliação dos programas de pós-graduação no cenário nacional. Pordeus também destacou a importância da autoavaliação e da adaptação dos programas às novas exigências acadêmicas e de mercado.

Após um breve intervalo, o Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica (PPGEE), apresentou a proposta inovadora “5+1”. A iniciativa visa permitir que alunos de Engenharia Elétrica concluam a graduação e o mestrado em um período de seis anos, ao integrar disciplinas da pós-graduação durante os últimos semestres do curso de graduação. Essa proposta piloto, criada pelo Curso de Engenharia Elétrica e o PPGEE, se bem-sucedida, poderá ser expandida para outros cursos da UFSM, e pretende representar uma mudança significativa na formação dos futuros profissionais da área tecnológica.


Proposta "5+1": integração e aceleração acadêmica

O modelo 5+1 prevê que estudantes do curso de Engenharia Elétrica, a partir do sétimo semestre, possam cursar disciplinas do PPGEE, dispensando matérias eletivas da graduação. Isso permitiria a conclusão simultânea da graduação e do mestrado em um total de seis anos (cinco anos de graduação e mais um de mestrado). Durante o projeto de conclusão de curso (TCC), os alunos já estariam inseridos em pesquisas avançadas da pós-graduação, o que otimizaria tempo e recursos acadêmicos.

O coordenador do PPGEE, professor Marco Dalla Costa, ressaltou a importância dessa integração para a graduação dos estudantes. Segundo ele, o programa visa não apenas encurtar o tempo total de formação, mas também proporcionar aos acadêmicos uma experiência mais transdisciplinar e envolvente, desde cedo conectando-os às pesquisas de ponta realizadas nos laboratórios do PPGEE. 

Dalla Costa, da mesma forma, afirmou que o impacto para a pós-graduação também é muito benéfico: “A ideia é que esse programa auxilie a prospectar alunos para continuarem no CT, fazendo pós-graduação. Um dos atrativos é a possibilidade de finalizar o mestrado em um tempo muito menor que outros programas, o que deve incentivar os alunos a permanecerem no CT e preencherem vagas que, atualmente, estão ficando ociosas por conta da baixa demanda.”

Já o professor Lucas Vizzotto Bellinaso, coordenador substituto do curso de Engenharia Elétrica, apontou que o programa poderá criar uma mudança cultural no CT. “Os alunos passarão a pensar de forma mais estratégica em suas carreiras acadêmicas e profissionais desde o início da graduação, com foco na pesquisa e na continuidade para a pós-graduação”, comentou Bellinaso.

A previsão de implementação da iniciativa é para o ano de 2025. Porém, ainda faltam alguns detalhes e resoluções que permitam a efetivação da proposta. Depois da conclusão desta etapa, será preciso a aprovação do regulamento do programa, as aprovações necessárias do Núcleo Docente Estruturante (NDE) e do colegiado, além de eventuais revisões  – só então será possível organizar a primeira turma de estudantes aptos a participar da proposta piloto. Esses discentes, atualmente no 6º semestre do curso, poderão ingressar no programa a partir do 7º semestre, com disciplinas a serem cursadas no 8º semestre. Então, a expectativa é de que no ano que vem a primeira turma esteja apta a participar do programa 5+1.

Além da implementação do programa, a coleta de feedback dos alunos será um ponto essencial para medir o sucesso da iniciativa 5+1. O coordenador do PPGEE entende que a criação de um sistema de avaliação será crucial para garantir que os estudantes estejam conseguindo seguir seus planos de estudo de maneira eficaz. Estão previstas reuniões periódicas com os orientadores e uma avaliação interna conduzida pelo NDE do curso de Engenharia Elétrica para assegurar a eficiência do projeto. O colegiado do curso e o PPGEE também poderão participar desse processo, com o objetivo de monitorar se os objetivos estão sendo atingidos.

Dalla Costa também acredita que a iniciativa poderá contribuir para a melhoria de indicadores da pós-graduação, como o aumento no número de alunos matriculados e uma maior rotatividade nas bolsas de estudo. Embora ainda não exista uma ferramenta específica para o feedback dos alunos, uma pesquisa de interesse já foi realizada, e cerca de 60 estudantes demonstraram disposição em participar do programa 5+1.

Critérios de Participação

Para participar do programa, os alunos precisarão atender a alguns requisitos. Será necessário que os estudantes estejam com as disciplinas em dia e apresentem uma baixa taxa de reprovação, de forma a garantir que consigam concluir a graduação em cinco anos e o mestrado em mais um ano.

Embora reconheça que muitos acadêmicos de Engenharia Elétrica enfrentam dificuldades para concluir o curso dentro desse prazo, Dalla Costa ressalta que o programa oferece vantagens mesmo para quem precisar de mais tempo. Caso o discente não consiga finalizar a graduação nos cinco anos previstos, ele ainda poderá cursar disciplinas da pós-graduação e aproveitá-las na graduação, o que permitirá economizar tempo e esforço. Mesmo que o tempo total de formação seja estendido para seis anos, o estudante ainda terá uma economia significativa em termos de carga acadêmica.

Os estudantes terão a oportunidade de cursar até 20 créditos de mestrado durante a graduação, utilizando disciplinas eletivas e DCGs (Disciplinas Complementares de Graduação). O programa 5+1 pretende auxiliar a pesquisa nas áreas de Energia, Eletrônica, Potência e Controle. Além disso, finalizar um dos eixos completamente durante a graduação será um diferencial importante, embora isso não garanta automaticamente a vaga no PPGEE.

Confira todos os critérios na minuta do regulamento disponível aqui!

Repercussão e expectativas

O reitor Luciano Schuch, em sua fala na abertura, antecipou que o seminário será um marco para a Universidade. Ele destacou a necessidade de integrar ainda mais as atividades de ensino, pesquisa e extensão, além de consolidar programas de pós-graduação para garantir a permanência e a formação contínua de docentes e discentes na instituição. Schuch também abordou  questões relacionadas à fusão de programas de pós-graduação entre campi e a necessidade de fortalecer a inclusão e a diversidade no ambiente acadêmico, temas que foram discutidos ao longo dos dias de seminário – como o espaço aberto para debater questões relacionadas a ações afirmativas na pós-graduação, tema cada vez mais relevante para a Universidade.

“Nosso futuro depende de fortalecer a pós-graduação e formar seres humanos capazes de impactar positivamente a sociedade. Precisamos construir um ambiente universitário mais justo, onde a sociedade reconheça nosso valor e nos defenda”, afirma Schuch. 

Para os organizadores, o seminário foi uma oportunidade crucial de reflexão e planejamento, buscando alinhar os programas de pós-graduação da UFSM com as melhores práticas nacionais e internacionais, enquanto enfrentam desafios como a baixa demanda em alguns cursos e a necessidade de modernizar suas estruturas acadêmicas.

Programação e objetivos do segundo dia

No segundo dia de atividades, a programação foi aberta às 8h30 com a oficina sobre indicadores da pós-graduação, conduzida pelo Grupo Stela Experta, reconhecido por seu trabalho com dados educacionais e desenvolvimento de ferramentas de gestão acadêmica. Mais tarde, às 10h, foi a vez da PROPLAN conduzir uma discussão sobre instrumentos institucionais de autoavaliação, acompanhamento de egressos e planejamento estratégico para os programas de pós-graduação.

A agenda do seminário deu-se de forma ampla e incluiu discussões sobre boas práticas, modelos de avaliação, estratégias para melhorar o desempenho acadêmico e mecanismos para internacionalização dos programas de pós-graduação da UFSM. Entre os temas abordados, as ferramentas de acompanhamento de egressos são avaliadas como fundamentais para o impacto da formação acadêmica no mercado de trabalho e na sociedade.

Texto por Marina dos Santos, acadêmica de jornalismo, com supervisão da Subdivisão de Comunicação do CT/UFSM.

Fotos por  Emilly Wacht, acadêmica de jornalismo, com supervisão da Subdivisão de Comunicação do CT/UFSM.

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