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Centro de Tecnologia discute a criação de um Green Office

Após palestra sobre a implementação do Green Office na Universidade de Passo Fundo, CT-UFSM pretende ser pioneira entre as universidades públicas e implementar o projeto



Na última sexta-feira (14), às 10h30, no Auditório do INPE, a Professora PhD Luciana Brandli ministrou a palestra: “A experiência do Green Office na Universidade de Passo Fundo”. O evento contou com a presença do do Chefe da Incubadora Social, Prof. Dr. Lucas Veiga Ávila, que promoveu a ocasião, além do atual diretor do Centro de Tecnologia, Tiago Bandeira Marchesan. A palestra foi conduzida pela egressa da Universidade Federal de Santa Maria, que se formou no Centro de Tecnologia e compartilhou a implementação do Green Office em sua instituição, Universidade de Passo Fundo (UPF). Durante a apresentação, ela abordou todo o processo e compartilhou os avanços alcançados ao longo dessa jornada em construção.

Foram abordados os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que compõem uma coleção de 17 metas globais estabelecidas pela Assembleia Geral das Nações Unidas, englobando a Agenda 2030. As metas são amplas e interdependentes, mas cada uma tem uma lista separada de submetas a serem alcançadas. Os ODS abrangem questões de desenvolvimento social e econômico, incluindo pobreza, fome, saúde, educação, aquecimento global, igualdade de gênero, água, saneamento, energia, urbanização, meio ambiente e justiça social. Objetivando a garantia de que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade.

O Movimento Green Office surgiu em 2010 na Holanda, desenvolvido pelo grupo rootAbility e pela Universidade Maastricht, trata-se de um projeto sem fins lucrativos para inspirar alunos e funcionários e mobilizar suporte institucional para apoiar projetos e iniciativas de sustentabilidade. O Movimento vem atuando há 10 anos e possui mais de 60 escritórios distribuídos em 11 países. Entre eles, o Green Office da Universidade Federal de Passo Fundo, o escritório designa os discentes para liderar os projetos da universidade, permitindo que docentes e TAEs atuem na sustentabilidade da instituição de forma mais colaborativa e menos majoritária. Promovendo esse espaço são realizadas diversas campanhas, palestras, workshops e entre outras atividades que divulgam e procuram conscientizar a comunidade a respeito da sustentabilidade.

O trabalho de Brandli tem como foco central a sustentabilidade no ensino superior, especialmente relacionada à Agenda 2030, à qual a UFSM está comprometida, assim como a projetos estratégicos e institucionais de sustentabilidade. O Green Office da UPF está próximo de uma etapa de amadurecimento, a meta agora é se garantir financeiramente pela instituição para sua continuidade consolidada, dado ao seu diferencial, importância, envolvimento dos alunos e visibilidade internacional já demonstrada para outros países.

Projetando esse diferencial de ensino, pesquisa e extensão no contexto ambiental, o Prof. Dr. Lucas Ávila trouxe a ideia para a UFSM. Visando a oportunidade de ser a primeira universidade pública da América Latina a ter um Green Office, ele ressaltou: “Podemos potencializar as ações dos estudantes, oferecer um espaço de diálogo, discussões e ampliar essas atividades para a graduação e pós graduação. Internacionalizar a UFSM e fomentar outras universidades do país”.

O CT-UFSM já iniciou conversas com Ávila e com outros docentes que têm afinidade com a área de sustentabilidade e esboçaram a chegada do Green Office como soma para o Centro. Tiago Marchesan enfatiza que o projeto pode ser iniciado no CT como uma semente e, no futuro, ser oficialmente institucionalizado. Já existem pesquisas em andamento realizadas por docentes e discentes voltadas para a sustentabilidade, abrangendo temas como mobilidade elétrica, telhados verdes, paisagismo e sustentabilidade vegetal. Para Marchesan, é essencial conectar esses diversos projetos ao Green Office, buscando ampliá-los e concretizá-los.

O diretor destaca a importância da palestra como o ponto inicial para a mobilização rumo à implementação do projeto: “Saber como a Luciana trilhou esse caminho nos ajuda a evitar partir do zero, não cometer os mesmos erros e potencializar os acertos. A ideia é começar com uma abordagem gradual, envolvendo alguns alunos bolsistas que trabalharão na criação do Green Office, com orientação do Lucas e outros professores. A partir desse ponto, a implementação do projeto pode ocorrer de forma ágil e dinâmica, eu vejo um início promissor em breve”.

Rodrigo Sampaio Cintro, discente de mestrado do Programa de Pós-graduação em Engenharia da Produção, orientado pelo Prof. Dr. Ávila, realçou a importância da palestra e as orientações sobre sustentabilidade do Green Office: “Acho fundamental para aproximar as ODS das pessoas que até sabem do que se trata mas desconhecem das suas necessidades. O projeto tem muito esse intuito de desmistificar algumas coisas que parecem estar além das nossas responsabilidades, aproxima a comunidade salientando que o mundo que estamos deixando hoje é para nossos filhos e netos”. 

Confira mais informações sobre o Green Office de Passo Fundo e sua atuação como Centro Acadêmico de Sustentabilidade.

 


Texto por: Marina dos Santos – Bolsista de Jornalismo

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