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Duas equipes de foguetes do Centro de Tecnologia foram contempladas com recursos da Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologia Espaciais (Funcate).



A Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologia Espaciais (Funcate), por meio do Termo de Fomento junto à Agência Espacial Brasileira (AEB), autarquia vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), tornou público, ao final de 2020, o Edital de Apoio aos Grupos de Foguetes Acadêmicos, que teve como finalidade apoiar projetos que visam contribuir para o desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação no país.

edital contemplou 19 instituições, através de 23 propostas, sendo que, destas, duas partiram do Centro de Tecnologia (CT) da UFSM. O resultado foi fruto da colaboração entre duas equipes de foguetes do CT, o Rocket Lab e a Tau Rocket, que coordenaram esforços para concorrer em duas categorias distintas, buscando maximizar o retorno para a Instituição, tanto em recursos como em reconhecimento dentro do setor aeroespacial nacional. Para as 23 propostas aprovadas foram disponibilizados R$ 265 mil. Deste valor, R$ 30 mil foram destinados para UFSM. 

O coordenador da equipe Rocket Lab, professor Marcelo Serrano Zanetti, vinculado ao Departamento de Eletrônica e Computação do CT e atual coordenador substituto do curso de Engenharia de Telecomunicações, explica que os recursos serão utilizados na aquisição de materiais, equipamentos e no desenvolvimento de infraestrutura para ensino, pesquisa e extensão, incluindo a criação do Laboratório de Propulsão Espacial.

“Esse resultado contribuirá significativamente para a consolidação das equipes de foguete da UFSM. Isso é de fundamental importância, pois projetos de foguete requerem competências em diversas áreas do conhecimento, gerando oportunidades para envolver discentes de diferentes cursos de graduação e pós-graduação da Instituição”, destaca Zanetti, salientando ainda o forte alinhamento com as novas diretrizes curriculares nacionais, que preconizam metodologias ativas de aprendizado, assim como são as baseadas no desenvolvimento de projetos reais.

Outro ponto destacado pelo professor é o papel deste edital dentro da estratégia maior da AEB no fomento ao Programa Espacial Brasileiro (PEB). Além de liberar recursos para o referido edital, a AEB vem organizando diversas oficinas e conteúdos preparados por especialistas do setor espacial nacional para profissionalizar as equipes, elevando o nível de maturidade, e desta forma, possibilitar a formação de profissionais mais aptos para contribuir no desenvolvimento do PEB, atuando nas diversas instituições relacionadas e, principalmente, na iniciativa privada.

Área de veículos lançadores é próximo foco

Segundo Zanetti, com a conclusão desta ação de fomento, a AEB planeja selecionar parceiros acadêmicos para o estabelecimento de um consórcio de instituições que receberá recursos para o desenvolvimento de um veículo lançador de satélites 100% nacional. “Desta forma, destacamos que as equipes estão comprometidas a estender o protagonismo da UFSM na área de artefatos orbitais para a área de veículos lançadores, para que, em um futuro próximo, seja possível lançar com veículo nacional outros artefatos orbitais, incluindo futuros modelos do programa NanoSatC-BR”, afirma.

O coordenador da equipe Tau Rocket, professor João Felipe de Araújo Martos, vinculado ao Departamento de Engenharia Mecânica do CT, acredita que o incentivo da AEB é primordial para seus graduandos. Ele enxerga uma oportunidade ímpar para os alunos da UFSM em ter contato com um projeto real ainda na graduação na área de Engenharia Aeroespacial. “Trabalhar em projetos práticos torna possível quebrar essa fronteira da teoria/sala de aula, trazendo à tona o encantamento pela profissão promissora que contém o ramo aeroespacial. Agregar à formação por meio de competência adquirida em projetos práticos é essencial para um futuro de um bom profissional. Sair da frente do computador e encarar problemas reais amadurece e grandifica todo profissional. A AEB, então, torna possível o sonho desses alunos, e para um professor não existe nada mais gratificante do que tal feito”, analisa Martos.

Para os alunos, oportunidade e desafio

A aluna Luana Crozatti Rocha, do curso de Engenharia Aeroespacial, em nome da equipe, declarou que o grupo de alunos envolvidos no projeto da bancada de testes recebeu tanto uma oportunidade quanto um desafio. Explorar as tecnologias de propulsão sólida e híbrida, sendo apenas a sólida previamente utilizada nos testes de motores realizados na Universidade, e construir uma bancada de testes que poderá alavancar as equipes de foguetes experimentais da UFSM no cenário nacional, é uma grande honra e responsabilidade.

A extensa pesquisa e suas aplicações empregadas no processo de desenvolvimento incluem múltiplas áreas do conhecimento, o que desperta novos interesses e abre portas para novas iniciativas, não se limitando à conclusão da bancada. Estarem inseridos em um projeto prático desde o início do curso, adquirindo não apenas conhecimento técnico da área aeroespacial, mas também de metodologias de projeto aplicadas em uma situação real, além da produção de material científico, será um marco na vida acadêmica e profissional desses estudantes.

Já o aluno José Afonso Ferreira Cruz, também da Engenharia Aeroespacial, afirma que o financiamento da Agência Espacial Brasileira, por meio da Funcate, está sendo essencial no desenvolvimento do projeto, pois tornará possível a construção do foguete de sondagem, batizado como Photon. Cada um dos oito membros ficou responsável por um setor diferente do projeto, com apoio do orientador.

“É importante ressaltar que grande parte do conhecimento utilizado na construção do nosso foguete complementa nossas disciplinas da graduação, enriquecendo nossa formação. Um exemplo são nossas simulações em diversos âmbitos da engenharia (fluidodinâmica, estruturais, mecânica de voo, entre outras). Além disso também devemos realizar o desenvolvimento de todo o modelamento 3D do foguete. Assim, coloca-se em prática os conteúdos vistos em aula, com aplicações práticas em um projeto aeroespacial real. Em resumo, posso dizer por mim e por todos da equipe que construir o Photon está sendo uma experiência única, que apesar de requerer muitos esforços, somos recompensados na mesma medida”, afirma.

FONTE: Portal de Notícias da UFSM

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