A Unidade de Apoio Pedagógico (UAP/CT), com a colaboração da Direção do CT, NDI/CT e o Roda Escola, está desenvolvendo o projeto “Da voz da experiência à vez de experimentar”, que promove encontros com docentes interessados em aplicar novas metodologias de ensino em sala de aula. A iniciativa já tem sua primeira adepta e conta com a ajuda de TAEs, acadêmicos e egressos do CT.
O projeto, também chamado de “Experimentar”, promove reuniões entre a UAP/CT e docentes interessados pela proposta. “Nós não temos receita para a sala de aula. Nós temos sujeitos e processos que, sob o prisma da escuta e do diálogo coletivo, podem transformar planejamentos, avaliações e resultados. Buscamos ajudar na elaboração de metodologias de ensino mais atrativas, dinâmicas e relacionais, deste modo, otimizando a aprendizagem dos alunos”, explica a Pedagoga da UAP/CT e coordenadora da iniciativa, Simoni Timm Hermes.
A iniciativa de Simoni provém de um outro projeto de responsabilidade da UAP/CT, o “Conversa de Professor”: “durante os anos de 2016 e 2017, desenvolvemos o ‘Conversa de Professor’, que promovia encontros pedagógicos mensais com temáticas variadas, visando refletir sobre os processos de ensino e aprendizagem no contexto universitário. Com esse projeto, cumprimos a tarefa de sensibilizar os docentes do CT com relação a esse tema. Já em 2018, decidimos propor um projeto mais ‘mão na massa’, que efetivamente implicasse em transformar os processos de ensino e aprendizagem. Assim surgiu o ‘Experimentar’”, conta ela.
A professora do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental da UFSM (PPGEAmb), Andressa Silveira, foi a primeira a participar do projeto “Experimentar”: “desde que comecei a trabalhar no CT senti a necessidade de apresentar as aulas de uma forma diferente, e eu fazia algumas tentativas nas disciplinas que ministrava, mas eram somente atividades isoladas. Foi então que comecei a participar das palestras e oficinas do ‘Conversas de Professor’. Nessas ocasiões eu tive contato com técnicas de ensino-aprendizagem diferentes das que tradicionalmente utilizamos, e que tinha como premissa o estudante num papel mais ativo. No entanto, eu senti falta de um apoio mais concreto para efetivamente colocarmos em prática essas ideias. Quando surgiu a oportunidade de participar deste projeto, ainda que já estivéssemos com o semestre em andamento, eu não hesitei: aceitei na hora o convite”, afirma ela.
Para a professora Andressa, as conversas realizadas têm colaborado efetivamente na melhoria de suas aulas: “eu sempre tive muitas ideias, algumas eu consegui colocar em prática, mas outras não. A formação tradicional a nível de mestrado e doutorado, ao menos na minha área, foca na formação de pesquisadores, não de professores. Durante as conversas, surgiram muitas novas ideias para modificar as aulas. Eu fui apresentando as dificuldades que estava tendo com os alunos e a equipe foi me auxiliando com técnicas que poderiam me ajudar. Eu continuo trabalhando alguns assuntos de forma tradicional, mas agora mesclo com momentos mais dinâmicos nas aulas”.
A motivação da Professor Andressa para seguir participando do projeto “Experimentar” é elevar o aprendizado de seus alunos, além de motivá-los durante as aulas: “eu quero ver os olhos deles brilhar quando entrarem na sala de aula. Mas eu também quero manter a minha motivação como professora, pois eu andava desanimada, não estava mais sendo prazeroso ensinar. Meu objetivo é elaborar aulas de melhor qualidade, que sejam atrativas para os alunos e para mim também, e que efetivamente resulte numa formação de maior qualidade para esses estudantes”, comenta ela.
A egressa do curso de Engenharia Civil da UFSM, Thayse Avila, faz parte do projeto e participa das reuniões realizadas. Seu Trabalho de Conclusão de Curso, intitulado “Metodologias pedagógicas para o ensino de Engenharia: um estudo de caso em Infraestrutura de Transportes”, serviu como inspiração para o “Experimentar”: “muitas das práticas que trouxemos para esse projeto surgiram dos resultados positivos que obtivemos no TCC. Durante a pesquisa, as aulas da disciplina de Infraestrutura de Transportes foram acompanhadas e, constantemente, reestruturadas de acordo com os resultados percebidos com a turma. Já que consideramos o retorno muito satisfatório, contatamos o CT para aumentar o alcance dessas mudanças e agora estamos adaptando os nossos aprendizados”.
Simoni destaca a importância do diálogo para o aperfeiçoamento do ensino para toda a comunidade acadêmica do CT: “desde a criação da UAP/ CT, alguns docentes relatam a necessidade de conversar sobre suas práticas pedagógicas, suas angústias e suas expectativas. Por isso, o ‘Experimentar’ parte da escuta e do diálogo para elevar a qualidade do ensino e da aprendizagem dos envolvidos. Cultivamos a ideia do desafio, a partir da voz da experiência. Enfrentamos o desafio de fazer de outro modo, de produzir outros resultados de aprendizagem. Todos os professores do CT estão convidados a fazer parte desse grupo, sendo o requisito básico para o ingresso o desejo de experimentar”.
Para mais informações sobre o projeto, entre em contato com a UAP/CT.
Texto por Lucas Gutierres, acadêmico de Jornalismo – Núcleo de Divulgação Institucional do CT/UFSM.
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