Nos dias 23 e 24 de novembro, o Esperançando (projeto de extensão da UFSM) realiza o 4º Seminário Esperançando – Redes de Esperança, um evento satélite da 36ª Jornada Acadêmica Integrada (JAI), em formato on-line e gratuito.
Na edição deste ano, o evento tratará da rede pública de proteção à criança e ao adolescente, sua função, modo de funcionamento e alguns dos profissionais que nela atuam. O objetivo é dar visibilidade a essa rede, bem como às crianças e adolescentes que tiveram seus direitos fundamentais violados e que são por ela atendidos.
No dia 23 de novembro, a partir das 18h, a assistente social judiciária Márcia Reny Soares, que atua em Santa Maria, falará sobre os caminhos que uma criança percorre até chegar a uma das duas instituições de acolhimento da cidade. Nesse mesmo dia, as professoras da UFSM Aline Siqueira e Rosane Janczura, respectivamente dos cursos de Psicologia e Serviço Social, abordarão o papel dos psicólogos e assistentes sociais na rede de proteção.
O segundo dia do evento, que começa mais cedo, às 15h, contará com um convidado internacional: João Pedro Gaspar, que coordena em Portugal um projeto semelhante ao Esperançando. Ele é investigador integrado do Centro de Estudos Interdisciplinares da Universidade de Coimbra e do Laboratório Interdisciplinar de Pesquisa e Intervenção Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Gaspar coordena a Plataforma de Apoio a Jovens (Ex-)Acolhidos (Paje), situada em Coimbra, e compartilhará com o público brasileiro as experiências com jovens saídos de instituições de acolhimento de Portugal em razão da maioridade.
A assistente em administração Alice Farias, servidora pública da UFSM e coordenadora do Esperançando, ressalta a importância do seminário na contribuição para o debate público e acadêmico sobre a rede de proteção à infância e adolescência. Para Alice, “a UFSM está formando profissionais que futuramente podem atuar nessa rede.”
O evento também contribui para o esclarecimento da sociedade em geral, que terá a oportunidade de conhecer e entender um pouco mais sobre os caminhos que levam uma criança ou adolescente até o acolhimento institucional. Em Santa Maria, existem duas instituições de acolhimento: o Aldeias SOS e o Lar de Mirian e Mãe Celita. “É fundamental que a sociedade entenda pelo menos duas coisas: nem todos que estão em acolhimento institucional estão aptos a serem adotados e, principalmente, que esses jovens são vítimas de algum crime ou violação de seus direitos, e precisam ser vistos com um olhar mais acolhedor por todos nós”, esclarece Alice.
O evento é destinado a profissionais e estudantes das áreas de serviço social, psicologia, terapia ocupacional, ciências sociais, direito e educação, entre outras. O público-alvo inclui ainda conselheiros tutelares, pretendentes à adoção e comunidade em geral. A inscrição é gratuita e pode ser realizada aqui.
O evento será transmitido no canal do Esperançando no Youtube em sua página no Facebook, onde é possível obter mais informações sobre o seminário e o projeto, que também dispõe de uma página no Instagram.
Agência de Notícias UFSM