Entre 25 e 29 de novembro, representantes do TED/UFSM/Incra, estudantes e pesquisadores da UFSM e da Universidade Federal do Ceará (UFC) estiveram no sertão cearense para realizar uma análise-diagnóstico de sistemas agrários e uma ação-piloto do Sistema Integrado de Gestão de ATER (SIGRA) em assentamentos federais.

O professor Pedro Neumann, do Programa de Pós-Graduação em Extensão Rural da UFSM e responsável pela disciplina Planejamento e Gestão de Projetos de Desenvolvimento Rural, destaca a histórica relação dos TEDs da UFSM com o ensino. Essa parceria proporciona aos estudantes o acesso a campos empíricos importantes, permitindo a vinculação de aspectos teóricos e práticos. “Ao longo dos anos, realizamos diversas experiências a partir dos TEDs, que resultaram em produções acadêmicas, como livros, amplamente circulados na área”, afirma Neumann.

O professor Filipe Lima, docente do Departamento de Economia Agrícola da UFC, responsável pela disciplina Sociologia e Extensão Rural destacou a participação dos estudantes nas atividades. “A pós-graduação da UFSM é referência nas discussões sobre desenvolvimento rural no Brasil. Os estudantes cearenses puderam vivenciar na prática o que estudam em sala de aula, apropriando-se da metodologia de análise-diagnóstico de sistemas agrários que trabalhamos em nossa disciplina”, comentou.

A iniciativa envolveu a elaboração de um diagnóstico social, técnico e econômico dos sistemas agrários locais, com o uso dos formulários sobre bens comuns e estruturas coletivas do SIGRA no Assentamento Sossego Contendas, em Jaguaribara, a 227km de Fortaleza.

O objetivo era realizar um diagnóstico completo, cujos resultados serão apresentados como trabalho final da disciplina da UFSM. Inicialmente pensado para o contexto do sul do país, o SIGRA demonstrou ser adaptável às distintas realidades regionais.

Para Marina Calisto Alves, doutoranda em Extensão Rural da UFSM, o aprendizado teórico, metodológico e prático “contribuiu para qualificar o SIGRA e expandir sua aplicabilidade para realidades mais amplas”, disse. “Estamos empolgados para devolver à comunidade as reflexões e sistematizações dos dados”, concluiu. 

Notícia enviada pelo Núcleo de Extensão e Pesquisa em Territorialidade, Extensão Rural e Reforma Agrária da UFSM.