Em outubro, o Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Talca recebeu a visita da professora Milene Teixeira Barcia, professora do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos e coordenadora do Grupo de Pesquisa de Compostos Bioativos e Tecnologias Alternativas em Produtos Vegetais da UFSM, e de Carla Andressa Almeida Farías, pós-doutoranda no Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da mesma instituição.
As duas pesquisadoras estão conduzindo um trabalho colaborativo com o professor Freddy Mora Poblete, vinculado ao Doutorado em Ciências com ênfase em Biologia Vegetal e Biotecnologia, e com pesquisadores da Universidade de O’Higgins, como parte do projeto “Rumo à melhoria assistida por Ômicas dos óleos essenciais de Eucalyptus em condições hídricas contrastantes, e regulação transcricional de genes relacionados com terpenos em resposta ao déficit hídrico” (2023-2026).
“A cooperação científica entre essas duas instituições facilitará o intercâmbio de conhecimentos, recursos e tecnologias. Esta aliança permitirá o desenvolvimento de estudos avançados sobre o perfil de compostos fenólicos em extratos de Eucalyptus e outras espécies de interesse, promovendo aplicações potenciais em diversas indústrias. Essa colaboração não só enriquecerá o ambiente acadêmico e científico das instituições envolvidas, mas também contribuirá significativamente para a compreensão e melhoria das práticas de cultivo do eucalipto em condições ambientais adversas”, explicou a professora Milene Teixeira Barcia.
Durante a estadia, as pesquisadoras brasileiras visitaram as instalações do ICB e trabalharam no laboratório com o grupo de pesquisa do professor Mora. “Nesta pesquisa colaborativa, além do Eucalyptus, estamos interessados em estudar compostos bioativos derivados do bambu, como o Colihue e a Quila. Essas espécies nativas contribuem para a biodiversidade local e têm usos ecológicos e culturais importantes. Nesse sentido, a contraparte brasileira foi pioneira no estudo das propriedades antioxidantes de suas espécies locais de bambu, com potencial para aplicação na indústria alimentícia. Graças a essa cooperação internacional, estamos otimizando nossos processos de extração de compostos fenólicos, utilizando solventes limpos e ambientalmente amigáveis, tanto em eucalipto quanto em quila, como modelos de estudo”, afirmou Mora.
Este convênio permitirá o intercâmbio de conhecimentos, recursos e tecnologias entre ambas as instituições. Ele contribuirá para a formação de estudantes de graduação e pós-graduação por meio de intercâmbios e cursos conjuntos, bem como para a mobilidade de professores e pesquisadores. Os resultados obtidos serão divulgados por meio de publicações científicas e apresentações em congressos nacionais e internacionais. Esse acordo de colaboração não só fortalecerá a relação acadêmica entre a Universidade de Talca e a UFSM, mas também contribuirá significativamente para o avanço científico e tecnológico no campo da biotecnologia florestal.