Um estudo pioneiro conduzido pela Embrapa Pecuária Sul, em Bagé, em parceria com a Embrapa Algodão e a UFSM, está testando o uso do farelo de mamona destoxificado como substituto do farelo de soja na alimentação de bovinos de corte, além de seu potencial para redução das emissões de metano entérico. A pesquisa busca avaliar o consumo, a digestibilidade e a segurança desse farelo na dieta dos animais.

A tese de doutorado da zootecnista Bruna Machado, intitulada “Uso seguro do farelo de mamona como alimento para animais ruminantes e para a redução das emissões de metano entérico”, está no centro deste projeto inovador. Ao todo, 20 fêmeas da raça Brangus, com um ano de idade, foram divididas em quatro grupos de cinco animais, cada um recebendo um tipo específico de tratamento alimentar.

O estudo é orientado pela pesquisadora Cristina Genro, da Embrapa Pecuária Sul, e pela professora Luciana Pötter, coordenadora do Laboratório Pastos & Suplementos da UFSM. A pesquisa visa trazer alternativas sustentáveis para a pecuária, buscando reduzir o impacto ambiental, especialmente no que se refere à emissão de gases de efeito estufa, sem comprometer a produtividade e o bem-estar dos animais. A investigação representa um passo no caminho para uma pecuária mais sustentável e amigável ao meio ambiente.