A estiagem em 39 municípios da região central resulta em decretos de situação de emergência. Mais da metade dos municípios do RS já publicaram seus decretos, e muitos também estão levando água potável para famílias da zona rural. Os prejuízos na agricultura e na pecuária do RS já ultrapassam 3 bilhões de Reais, principalmente na produção de soja e na criação de animais para corte.
Com o reconhecimento da situação de emergência, os municípios passam a receber recursos estaduais e uma verba federal para o combate à seca e no auxílio às famílias atingidas pela estiagem. “É uma das maiores estiagem dos últimos 15, 20 anos”, afirma o secretário da Agricultura, Valmir Miliorança.
Outra consequência da estiagem são as queimadas. O aumento exponencial ocorre normalmente no período de verão, mas é bem maior com a seca. Ocorrendo a estiagem, a vegetação fica seca e se torna um combustível mais fácil para a deflagração do fogo, as causas são desde a ação humana, com o descarte irregular de lixo, de garrafas de vidro e bitucas de cigarro, até efeitos da natureza, como ocorreu na Reserva Ecológica do Taim, em dezembro, onde um raio atingiu uma vegetação seca e causou um incêndio de grandes proporções, que levou vários dias para ser controlado. Quando a vegetação está úmida é menor a possibilidade.
Os modelos meteorológicos mostram que as temperaturas máximas podem ficam próximas dos 40ºC no Rio Grande do Sul nos próximos dias. Segundo informações da MetSul, a baixa umidade relativa do ar também vai contribuir para o aquecimento no estado.