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Dia 15 de Abril foi comemorado o Dia da Conservação do Solo



   Em 15 de abril de 1881 nasceu o conservacionista Hugh H. Bennett, que trouxe grandes transformações em relação à conservação do solo. Por isso, nesse dia, comemoramos o dia nacional da Conservação do Solo, com o objetivo de relembrar e enfatizar os princípios do que chamamos de Agricultura Conservacionista. As evidências da degradação do solo ao redor do mundo, inclusive no Brasil, mostram a necessidade urgente para a retomada dos princípios da agricultura conservacionista. Esses princípios estão baseados na proteção do solo com resíduos culturais, rotação de culturas, aumento da infiltração, controle do escoamento, práticas que estão em conformidade com as demandas econômicas, ambientais e sociais, para as quais os solos contribuem diretamente. Quando essas condições não são atendidas, os solos perdem suas funções e os sistemas (pedosfera, hidrosfera, atmosfera, biosfera) se deterioram em termos produtivos, ambientais e sociais. A adoção parcial dos princípios conservacionistas do solo como, por exemplo, o uso apenas da semeadura direta (sem revolvimento) não é suficiente para melhorar a sua qualidade e protegê-lo contra os agentes erosivos, reduzindo as perdas de água, nutrientes e pesticidas.

    O Brasil é considerado pioneiro na implantação de práticas conservacionistas, com destaque ao sistema plantio direto (SPD). Este sistema ganhou destaque como uma técnica conservacionista para maximizar a função do solo, tanto no ponto de vista agrícola como ambiental. Apesar da sua ampla adoção entre os produtores rurais, já que alcança atualmente 32 milhões de ha no Brasil, a maioria das áreas cultivadas sob SPD está aquém do seu propósito de mitigar os problemas de degradação dos solos e da água. Nos últimos 15 anos têm ocorrido uma gradativa desmotivação e a negligência crescente aos princípios conservacionistas do solo. Isso tem causado a redução da taxa de infiltração de água e aumento no escoamento superficial, associado com a perda de solo, nutrientes e agroquímicos, o que tem aumentado as enchentes, além de favorescer o assoreamento, a poluição dos recursos hídricos e a redução da recarga de água no solo e nos aquíferos.

   O interesse em maximar a produtividade dos solos sucede, obrigatoriamente, a necessidade de conservá-lo, por razões morais, éticas e de sobrevivência da nossa e de todas as outras espécies. As vantagens econômicas imediatas não justificam o depauperamento das suas propriedades físicas, químicas e biológicas e no evidente impacto ambiental e social que a sua degradação causa. Sendo assim, o desenvolvimento do pensamento e de tecnologias conservacionistas na evolução dos sistemas produtivos é urgente. Isso dependerá de todos os envolvidos (agricultores, técnicos, pesquisadores, gestores e consumidores), pois o usuário do solo deve ser valorizado e/ou penalizado, em decorrência das suas ações frente a esse importantíssimo recurso natural.

  O Departamento de Solos e o Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo da UFSM são compostos por professores, atuando nas áreas de Física, Pedologia e Classificação, Química e Fertilidade, Biologia e Microbiologia, Manejo e Conservação. Todas as áreas têm como preceito fundamental estudar fenômenos que envolvam o solo para ensinar aos estudantes e recomendar à sociedade as melhores práticas de manejo do solo para assim conservá-lo.

 

                        

 

      Foto: Grupo de Monitoramento e Modelagem de Bacias Hidrográficas (DS-UFSM).

                                  

                        

 

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