Responsável
Prof. Celso Aita
Resumo
O projeto foi aprovado no Edital MCT/CNPq 22/2010 – REPENSA Tema C, processo 562986/2010-3. A suinocultura representa a principal atividade econômica de algumas regiões dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Todavia, mesmo com os grandes avanços alcançados nos últimos anos, em aspectos nutricionais e genéticos dos animais, o potencial poluidor do ambiente pelos dejetos produzidos constitui um dos principais limitadores da expansão sustentável dessa atividade. Assim, um dos principais desafios a todos os envolvidos com a suinocultura, desde produtores, pesquisadores e extensionistas, consiste na busca de alternativas tecnológicas para mitigar esse potencial poluidor dos dejetos. . Embora existam pesquisas nessa área nestes dois estados do Sul do Brasil, elas são feitas por pesquisadores e/ou grupos isoladamente. Para ampliar a capacidade de realização de trabalhos e avançar de forma mais rápida e segura na busca de soluções para o problema, é fundamental a ação articulada desses profissionais, de modo interdisciplinar e interinstitucional, realizando trabalhos conjuntos e baseados em interesses convergentes, trocando experiências, agregando esforços e complementando competências. Nesse sentido, vemos uma grande oportunidade a partir desse edital de criar uma rede de pesquisa para avaliar tecnologias relativas ao tratamento e uso dos dejetos líquidos de suínos que visem reduzir o potencial poluidor dos mesmos. Esse trabalho em rede é coordenado pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), através do prof. Dr. Celso Aita, e conta com a participação da Universidade de Passo Fundo (UPF), da Universidade Feevale (FEEVALE) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) pelo lado do Rio Grande do Sul. Como parceiras do estado de Santa Catarina na rede, fazem parte a Embrapa/Suínos e Aves de Concórdia e a Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) de Lages. Os trabalhos da rede com os dejetos de suínos são focados na avaliação e proposição de estratégias de tratamento dos mesmos, via compostagem automatizada, como também em estratégias de uso agrícola, envolvendo a injeção sub superficial dos dejetos no solo, em plantio direto, e o uso de inibidores de nitrificação. Com isso, busca-se reduzir as emissões de amônia (NH3) e de gases de efeito estufa (GEE) para a atmosfera, com destaque para o óxido nitroso (N2O) e o metano (CH4), além de melhorar a eficiência agronômica dos dejetos como fonte de N às culturas comerciais, principalmente o milho e o trigo.