Nos dias 6 e 9 de agosto, em comemoração ao início de mais um semestre letivo, a Unidade de Apoio Pedagógico (UAP) do Centro de Ciências Naturais e Exatas (CCNE) realizou dois momentos de recepção para os calouros recém-chegados ao centro. A recepção teve como justificativa o acolhimento aos novos acadêmicos, a apresentação do centro de seus respectivos cursos e também o âmbito da Universidade Federal de Santa Maria.
A programação de recepção aos calouros contou, no dia 6 de agosto, com uma intervenção cultural dos estudantes do curso da Música – Bacharelado/Canto e Música – Bacharelado/Violão Joana Guidotti Pereira D´Ornelas e Luiz Felipe Duarte de Oliveira Júnior. Além da atividade cultural, também aconteceu nesse dia a apresentação do Centro de Ciências Naturais e Exatas e a palestra intitulada “Trajetória Docente”, que foi ministrada pelas Profªs. Drªs. Inés Prieto Schmidt Sauerwein e Maria Cecília Pereira Santarosa. Já no dia 9 de agosto, a recepção de acolhimento contou com outro momento cultural e também a roda de conversa “Cheguei na universidade. E agora?”, que foi conduzida por integrantes da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE) da instituição, na qual dialogaram com os acadêmicos sobre a assistência estudantil. A programação do dia 9 encerrou com a conversa dos participantes com alunos veteranos dos cursos do CCNE, integrantes dos Programas de Educação Tutorial (PET) e dos Diretórios Acadêmicos (DAs).
Uma das intervenções culturais do dia 9 de agosto foi realizada pela mestranda Louise da Silveira, que declamou o seguinte poema de sua autoria:
O corpo X ciência, anseio x medo: vida acadêmica é transformação
O que é um corpo?
para o leigo, um pedaço de algo.
Aos olhos do pragmático cientista? Um campo / anel cumulativo.
Ou matéria morta, doada para aprendizado.
No estudante? Morada e, como tal, exige atenção.
Todo saber e novidade, podem causar inércia. Entenderam, né? Sim. Pressão de todos os lados e esse conjunto de forças te deixa ali, parado. Nem para trás nem para frente. E se isso acontecer, tome cuidado! Sem teu corpo, sem aprendizado…e o diploma, aquele tão sonhado? Vixi! Adiado.
E o anseio?
Natural. Aqui não é mais escola.
O ano acabou para alguns na adolescência e de repente? Olá, vida adulta! O que me cabe, agora? Um novo rolê?
Alguns trocam família pelas características e propriedades físicas da atmosfera e solo, relacionando seus estudos com mudanças climáticas
Outros, dispensam horas de prazer com os amigos por Geometria Euclidiana, Estruturas Algébricas e Análise na Reta.
E há também os novos amigos, família de sala de aula.
Quatro ou cinco anos de pendências acadêmicas conjuntas.
Amizade ou atração construída por um campo magnético de interesses comuns?
O tempo dirá. Mas isso, agora? Deixe , para lá. Realmente pouco importa. Em conjunto com o outro, não caberá mais medo. Segue o rumo do destino incerto e certeiro.
O que é lógico?
É possível medir sonhos?
E o que é a vida acadêmica, afinal?
Pode ser inúmeras áreas de atuação profissional.
Porta aberta para tudo relacionado à tecnologia?
Talvez.
Só que nessa estrada, árduo caminho de estar em um espaço que se traduz na exatidão de seus cursos, a novidade da vida é inexata.
O provável muitas vezes será o improvável.
E estatisticamente falando, há grandes chances de não ser nada daquilo que as disciplinas da formação básica prometeram. Entretanto, resistam!
Porque se há grandezas diretamente proporcionais são elas : a passagem pela universidade e a transformação dos sujeitos.
Ninguém sairá daqui sendo a mesma pessoa. Esse cálculo está precisamente correto.