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Novos fósseis ajudam a estabelecer a idade de uma localidade fossilífera enigmática do RS



Foi publicado no Journal of South American Earth Sciences um artigo de Mariana Doering, Martín D. Ezcurra, Jeung Hee Schiefelbein, Maurício S. Garcia e Rodrigo T. Müller descrevendo fósseis de grupos inéditos para uma das localidades mais enigmáticas do Triássico do Rio Grande do Sul. O estudo é parte da Dissertação de Mestrado da Mariana Doering pelo PPGBA/UFSM.

Ilustração da paleofauna do sítio Niemeyer por Caetano Soares

 

Sítio Niemeyer. Agudo/RS

O sítio Niemeyer, localizado no município de Agudo-RS, é conhecido por conter uma paleofauna diferente de outras localidades típicas do Triássico do Rio Grande do Sul, como aquelas de Santa Maria ou São João do Polêsine. Neste novo trabalho, são apresentados novos fósseis de répteis arcossauromorfos para esta localidade.

Pesquisadora Mariana Doering junto aos fragmentos

Os novos materiais consistem em um fêmur de um dinossauro saurísquio, um úmero de um silessaurídeo e um rincossauro parcial. Os rincossauros são comumente encontrados em rochas triássicas do RS, mas até então estavam completamente ausentes do sítio Niemeyer. Foi possível identificar o espécime como pertencente a 𝘛𝘦𝘺𝘶𝘮𝘣𝘢𝘪𝘵𝘢 𝘴𝘶𝘭𝘤𝘰𝘨𝘯𝘢𝘵𝘩𝘶𝘴, uma das últimas espécies de rincossauros a viver no mundo antes de sua extinção ainda no Período Triássico, cerca de 225 milhões de anos atrás.

Os novos fósseis permitiram, pela primeira vez, estabelecer correlações bioestratigráficas com outros sítios localizados além dos arredores do município de Agudo. Comparações com outras localidades reforçaram a ideia de que o sítio Niemeyer abriga uma paleofauna mais recente do que àquela encontrada em localidades típicas da Zona de Associação de Hyperodapedon, o que indica uma idade próxima ao início do Noriano.

O estudo recebeu apoio do CNPq, CAPES e Agencia Nacional de Promoción Científica y Tecnologica

Ilustração da paleofauna do sítio Niemeyer por Caetano Soares; fotografias por Rodrigo Temp Müller.

Link do estudo

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