A nova espécie foi descrita em um artigo publicado na PeerJ e que contou com a participação de pesquisadores de diversas instituições, incluindo os paleontólogos do CAPPA/UFSM. A equipe também reavaliou a classificação de outro réptil que era previamente considerado como um pterossauro.
Em 2010, um grupo de pesquisadores apresentou um pequeno réptil escavado no município de Faxinal do Soturno, o qual recebeu o nome de Faxinalipterus minimus e foi considerado como um pterossauro, réptil voador que viveu com os dinossauros.
Anos mais tarde, alguns pesquisadores passaram a acreditar que Faxinalipterus minimus não se tratava de um pterossauro, pois carecia de características típicas. Foi então que durante esta semana um estudo reavaliando todos os elementos ósseos atribuídos ao Faxinalipterus minimus foi publicado.Concluiu-se que o fóssil realmente não se tratava de um pterossauro, mas sim, um animal que faz parte de um grupo de parentes dos pterossauros. Portanto, diferente do que se pensava inicialmente, o Faxinalipterus minimus não foi um réptil voador.
Os pesquisadores também observaram que um osso maxilar previamente atribuído ao Faxinalipterus minimus não poderia ser seguramente atribuído a ele. Foi então que notaram que o osso se assimilava muito ao maxilar de um crânio ainda sem nome, também escavado no mesmo sítio de Faxinal do Soturno. O crânio, junto do maxilar, foi batizado de Maehary bonapartei, em homenagem ao paleontólogo Argentino José Bonaparte, autor original do Faxinalipterus minimus e também responsável por escavar e descrever diversos fósseis do Rio Grande do Sul.Assim como o Faxinalipterus minimus, o Maehary bonapartei não chegou a ser um pterossauro propriamente dito, mas fez parte do ramo evolutivo que culminou na origem dos pterossauros.
Mais informações sobre o estudo podem ser encontradas na página do periódico científico: https://peerj.com/articles/13276/
Confira a matéria no site da UFSM: bit.ly/novoreptil
Créditos das imagens: ilustrações dos animais em vida por Márcio L. Castro; Pintura das esculturas por Flávio Pretto; fotografia por Rodrigo Temp Müller.
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