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Novo estudo sobre roedor que viveu há cerca de 10 milhões de anos na Amazônia



Durante o Mioceno da América do Sul (23 a 5 milhões de anos atrás), os roedores caviomorfos (capivaras, porcos-da-índia, chinchilas, porcos-espinho, entre outros) eram muito mais diversos em formas e tamanhos corporais do que os seus parentes viventes. Para se ter uma ideia, basta saber que o maior roedor vivente, a capivara, pesa em média 60 kg, enquanto durante o Mioceno existiram roedores que passavam dos 500 kg e que atingiam as dimensões de um boi! Entre essas formas, destacam-se os roedores de um grupo conhecido como Neopiblemidae. Particularmente, um destes roedores é o Neoepiblema que pesava em torno de 86-151 Kg e que viveu na região amazônica há cerca de 10 milhões de anos em ambientes pantanosos que ali existiam antes do surgimento de uma das maiores floresta do mundo.

Um estudo recentemente publicado no periódico estadunidense Journal of Vertebrate Paleontology, conduzido por pesquisadores do Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Universidade Federal de Santa Maria – CAPPA/UFSM, Universidade Federal do Acre, e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, estudou a diversidade de espécies de Neoepiblema durante o Mioceno da América do Sul através da morfologia dentária desses animais, e observou que existiam duas espécies desse roedor. Uma delas é Neoepiblema acreensis, uma espécie endêmica da região amazônica do Brasil. A espécie foi descrita originalmente em 1990, mas havia sido considerada inválida ao final da mesma década, e agora, a partir de novos dados, passou a ser considerada válida novamente. Além de Neoepiblema acreensis, novas espécies de roedores, tal como Potamarchus adamiaePseudopotamarchus villanuevai Ferigolomys pacarana, têm sido recentemente descritas a partir fósseis encontrados nos depósitos fossilíferos do estado do Acre. Esses registros, tanto das espécies já conhecidas como também das espécies novas, documentam a diversidade extinta e demonstram um grande endemismo da biota amazônica, antes mesmo do surgimento dos ecossistemas modernos. Os dados também nos auxiliam a entender como a vida se desenvolveu naquela região, mostrando como a biodiversidade evoluiu e também se extinguiu ao longo dos últimos milhões de anos.

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Reconstrução por Márcio L. Castro

Artigo na íntegra: 

https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/02724634.2018.1549061?journalCode=ujvp20

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