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JBSM: mudanças em favor da comunidade



Assim como a vida, o Jardim Botânico de Santa Maria está marcado por um longo processo evolutivo. É possível resgatar um breve histórico do JBSM desde que o professor Renato Aquino Záchia assumiu a sua direção, no ano de 1997. Na época, o órgão já possuía uma área delimitada com plantio de mais de 2.000 árvores, embora contasse com poucos funcionários e o acesso ao local fosse difícil, resultando em uma baixa visitação por parte da comunidade acadêmica e de Santa Maria.

 

floresEntre os anos de 2001 e 2003, a Rede Brasileira de Jardins Botânicos propôs junto ao Ministério do Meio Ambiente a criação de normas para definição dos jardins botânicos, com missão, objetivos, e metas para atingir os níveis C, B e A. Esta caracterização permitiria aos jardins botânicos disputarem editais, qualificados dentro de uma definição conceitual, podendo suprir suas demandas e necessidades e melhorar suas condições de atendimento ao público e aprimorar mecanismos de conservação de seus acervos. Foi a partir desta perspectiva que o Jardim Botânico de Santa Maria esteve e continua até hoje sendo transformado e melhorado, a partir de um trabalho de pessoas dedicadas e o apoio e parceria de outras unidades e órgãos da instituição, como a Pró-Reitoria de Infraestrutura (PROINFRA) e as direções do Centro de Ciências Naturais e Exatas (CCNE).

 

Construída entre 2006 e 2018, a equipe do Jardim Botânico sempre mostrou a importância do trabalho coletivo e construiu este de forma horizontal, possibilitando grandes conquistas para este órgão suplementar da UFSM. Sem dúvidas, uma das maiores características do JBSM é ser um espaço que contribui para o desenvolvimento do ensino, pesquisa e extensão na instituição, através de seu inúmero acervo botânico. Isto corrobora para o trabalho de bolsistas, por exemplo, que podem usufruir do JSBM não apenas na realização de tarefas de manutenção, mas também fomentando trabalhos acadêmicos relacionados aos seus cursos e atividades específicas. Na estrutura local destacam-se a construção de diversos viveiros temáticos, como o bromeliário, o cactário e o orquidário, além das coleções de plantas, como as medicinais e carnívoras, que foram possibilitados devido ao trabalho em equipe, construído ao longo de 12 anos.

 

Záchia

 

 Durante estes anos e até os dias atuais, a qualificação de atividades, a diversidade nas coleções de espécies e o início de construções para atender de forma mais profissional as funções de conservação da flora e da natureza corroboraram um dos princípios fundamentais do Jardim Botânico: a obtenção de sua visibilidade e o atendimento ao público. O JBSM é um dos jardins botânicos mais importantes do Rio Grande do Sul e também chega a ser reconhecido no estado de Santa Catarina, devido à preocupação da equipe em manter o local como um espaço de conservação da natureza e cenário da ações de educação formal e não formal. No ano de 2017, o JBSM atendeu 7.500 visitantes, o que representa um marco não apenas para o órgão, mas também para toda a UFSM. Entre estes visitantes, foram estudantes do ensino fundamental, acadêmicos da universidade e também a comunidade de Santa Maria. O público que o Jardim recebe é de grande significado, pois para o professor Renato Záchia, ex-gestor do JBSM, “um jardim botânico que não atende ao público não pode ser entendido como jardim botânico”.

 

Olha o passarinho

  

picnicHoje, o JBSM e sua equipe, sob direção do Biólogo Dr. Fábio Pacheco Menezes, continuam fomentando ações para que o local mantenha sua visibilidade como órgão suplementar da universidade e também como espaço da cidade de Santa Maria. O ambiente agora recebe trimestralmente edições especiais do Viva o Campus – especial Jardim Botânico, que propõe uma celebração das estações do ano junto às atividades de lazer, troca de experiências e conhecimento, em um contato importante entre natureza e comunidade. O JSBM também passou por mudanças em sua identidade visual, que através de novo logo visa aproximar a população com o ambiente, visto que o Jardim é um espaço para todos e todas.

 

Além disso, o local conta com uma equipe multidisciplinar ocupando o espaço do Jardim Botânico no intuito de desenvolver projetos de ensino, pesquisa e extensão com coleta de água da chuva e propostas ligadas à permacultura.

É graças a estes processos de comunicação exemplar e divulgação, os quais constroem a imagem do JBSM e reforçam os seus objetivos para com o público, sendo um espaço que vai desde a educação até o lazer, que tornam as atividades de rotina e o local conhecidas pela comunidade.

 

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