ESTATÍSTICO
No dia 29 de maio de 1936, o Instituto Nacional de Estatística (INE), atual Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciou suas atividades, motivo pelo qual nessa data se comemora o dia do Estatístico. As pessoas, em geral, vêem alguma notícia na mídia sobre estatística e acham que a profissão se limita em elaborar tabelas e gráficos. No entanto, o profissional de estatística faz muito mais que isso. Segundo a lei nº 4.739 – de 15 de julho de 1965 (DOU DE 19/7/65) o profissional de estatística planeja e dirige a execução de pesquisas ou levantamentos estatísticos e trabalhos de controle estatístico de produção e de qualidade; efetua pesquisas e análises estatísticas; elabora padronizações estatísticas; efetua perícias em matéria de estatística e assina os laudos respectivos; emiti pareceres no campo da estatística; entre outras atribuições.
Embora seja uma profissão ainda pouco procurada e de certa forma desconhecida, muitas áreas dependem da estatística. A Revista Superinteressante (http://super.abril.com.br/cultura/6-razoes-para-acreditar-que-estatistica-e-a-profissao-do-futuro) a considerou como sendo a profissão do futuro
Em 2013, segundo pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a estatística foi a profissão que apresentou a segunda melhor remuneração média do Brasil. Além disso, uma pesquisa recente realizada nos Estados Unidos identificou a estatística com uma das profissões que alia salários altos e nível de estresse baixo( http://www.infomoney.com.br/carreira/emprego/noticia/3947431/empregos-que-aliam-salarios-altos-nivel-estresse-baixo).
O profissional de estatística deve ter gosto por matemática, boa habilidade numérica, concentração e interesse computacional. Aquele que opta por uma graduação em estatística tem um bom futuro profissional pela frente e poderá atuar nas mais diversas áreas, pois o mercado cada vez mais necessita desse profissional e a oferta ainda é pequena.
Parabéns a todos os estatísticos e aos futuros estatísticos!
Texto elaborado pelo professor Fernando de Jesus Moreira Jr., Coordenador do Curso de Estatística/CCNE/UFSM.
GEÓGRAFO
Dia 29 de maio comemora-se o dia do Geógrafo, e a escolha desta data deu-se em função da fundação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no mesmo dia do ano de 1934.
Quando me perguntam o que é um geógrafo, sempre me remeto ao clássico “O Pequeno Príncipe”, de Antoine de Saint-Exupéry, publicado em 1943, no qual, o pequeno príncipe pergunta ao velho sábio, o que era um geógrafo e o que este profissional fazia; e sempre o utilizo suas palavras em minhas respostas: “É um sábio que sabe onde se encontram os mares, os rios, as cidades, as montanhas, os desertos”.
Ser geógrafo é conhecer o planeta que se vive, o que está fora, sobre e dentro dele; sua natureza física e humana – conhecida e descobrir o desconhecido – e é isso que fascina os estudantes e seus profissionais. A Geografia tem a mais nobre característica de todas as profissões: ela é trans, multi e interdisciplinar com outros saberes científicos, portanto é riquíssima. No entanto, este acaba sendo seu maior algoz – sucumbe à medida que deixa fenômenos culturais passageiros e literaturas de pouco aprofundamento sobressaírem-se aos clássicos geográficos.
No entanto ser geógrafo não é apenas ter um diploma de Geografia Bacharelado, pelo menos no Brasil; somente isso não lhe torna Geógrafo. Geógrafo de verdade, contrariamente ao que afirma o velho sábio ao principezinho, é explorador nato, sai do laboratório, realiza trabalhos de campo, vai em busca das fontes de suas inquietudes científicas, testa-as, nega-as, aceita-as e acrescenta novidades aos fatos e ideias, usa cientificamente sua cobaia de forma permanente – a superfície terrestre – como seu laboratório de estudos, e transmite suas conclusões aos demais, das formas mais variadas que esta atividade pode realizar, sem nunca excluir nada e ninguém, o que infelizmente é afirmado por muitos geógrafos incompletos.
Dos gregos até os geógrafos atuais, este profissional sempre foi completo no que tange a capacidade de análise dos fatos, da totalidade dessa esfera da qual não podemos sair – a Terra. Negar isso, ou achar que a visão holística da ciência geográfica e do Geógrafo nunca serviram pra nada além de fazer guerras (na atualidade, luta de classes), é no mínimo, repetir a sandice do velho ao Pequeno Príncipe.
Texto elaborado pelo professro Cássio Arthur Wollmann. Coordenador co Curso de Geografia/CCNE/UFSM.