O Centro de Apoio a Ações Integradas para Garantia do Consumo Seguro de Alimentos e Conservação do Meio Ambiente, da Universidade Federal de Santa Maria (Centro SAMA UFSM), apoiado pelo LARP (Laboratório de Análises de Resíduos de Pesticidas) iniciou, no último mês, a sua participação em uma pesquisa relacionada com o monitoramento da qualidade do ar no RS, após as enchentes. Este estudo é coordenado pelo Instituto de Biofísica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e conta com a colaboração da UFSM, Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), campus Caxias do Sul para sua execução.
Para realizar esse monitoramento, as pesquisadoras estão utilizando um biomonitor. Para os cientistas, um biomonitor pode ser qualquer ser vivo (vegetal ou animal) utilizado para avaliar a qualidade ambiental do local escolhido (CETESB, c2024). Os biomonitores são usados em estudos de ecologia e toxicologia ambiental para avaliar a qualidade da água, do ar, do solo e outros componentes do meio ambiente (Azevedo, c2024).
No estudo desenvolvido no Rio Grande do Sul (RS), a espécie vegetal Tillandsia usneoides, mais conhecida como “barba-de-velho” ou “barba-de-pau”, está sendo utilizada como um biomonitor da qualidade do ar. A pesquisa está sendo realizada com a participação de pesquisadores voluntários e em escolas públicas e privadas, de 15 municípios do RS, sendo eles: Porto Alegre, Cachoeirinha, Gravataí, Eldorado do Sul, Caxias do Sul, Santa Maria, São João do Polêsine, Itaara, Rio Grande, Pelotas, Lajeado, Estrela, Bom Retiro do Sul, Taquari e Venâncio Aires. Em todos esses locais, os amostradores com o biomonitor foram instalados em áreas externas, ficando expostos por 15 e 45 dias.
Após estes períodos, os biomonitores serão recolhidos e enviados à UFRJ para avaliar a poeira e metais fazendo uso de diferentes técnicas de análise. Essa mesma pesquisa já foi realizada pela equipe do Instituto de Biofísica da UFRJ anteriormente, na cidade de Brumadinho, para monitorar a qualidade do ar após o acidente ambiental que ocorreu naquele município em janeiro de 2019 (Parente, 2023). Os resultados das análises permitiram aos pesquisadores observar um aumento de casos de doenças respiratórias e cardiovasculares na região daquele município, após o acidente.
Para saber mais sobre a pesquisa em andamento, acesse a rede social do Centro SAMA UFSM, no link a seguir: @centro_sama_ufsm.
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Texto de: Profa. Dra. Carla Sirtori, docente do Departamento de Química do CCNE, UFSM, Beatriz Caminha e Vitória Skalla, acadêmicas do curso de Licenciatura em Química e Produção Editorial da UFSM e bolsistas de extensão do Centro SAMA UFSM.
Revisão e edição: Natália Huber da Silva, Subdivisão de Comunicação do CCNE.