Para finalizar as atividades da Calourada do CCNE, na manhã de quarta feira (20), o Auditório C do Centro de Ciências Naturais e Exatas (CCNE) recebeu os calouros e veteranos no evento “Apoio Estudantil na UFSM: intercâmbios e acolhimento”, organizado pela Subdivisão de Comunicação do CCNE e o Setor de Apoio Pedagógico (SAP) do CCNE. O objetivo do evento foi de apresentar aos novos egressos e relembrar aos graduandos – que estão a mais tempo na UFSM – as iniciativas de permanência estudantil na instituição, acolhimento e equidade às mulheres e as experiências que a UFSM pode oferecer fora da Universidade e até mesmo do país, através dos intercâmbios institucionais. As convidadas a tratar desses assuntos foram a Casa Verônica (CV), Núcleo de Apoio ao Estudante (NAE) e a Secretaria de Apoio Internacional (SAI).
Saiba mais sobre o que aconteceu durante o evento:
Antes das convidadas se apresentarem, a servidora Eliane Cristina Amoretti conversou com os estudantes sobre o funcionamento do Setor de Apoio Pedagógico (SAP), do qual ela é coordenadora. O objetivo do SAP é auxiliar os estudantes com a organização de seus estudos, além da colaboração na organização de rotinas, mediações e encaminhamentos psicológicos. Assim, o Setor de Apoio Pedagógico pode oferecer todas as ferramentas para que o estudante consiga se autogerenciar para finalizar o curso que ingressou. Além disso, as servidoras do setor orientam docentes sobre as melhores maneiras de ensinar e se relacionar e os auxiliam na criação de estratégias de avaliação justas para os estudantes. Natália Huber da Silva, servidora da Subdivisão de Comunicação do CCNE, além de desejar boas vindas, conta que o evento já era desejo da equipe havia algum tempo: “Um evento que mostrasse aos estudantes não somente as oportunidades de acolhimento e organização pedagógica, mas também outras possibilidades que a UFSM tem a oferecer, que vocês possam ter fora da instituição”, finaliza. A seguir, serão relatadas as falas das convidadas no evento.
- Casa Verônica (CV)
As responsáveis por apresentar as atividades da Casa Verônica foram a Psicóloga, Especialista em Estudos de Gênero e em Clínica Psicanalítica, Fernanda Oliveira Alves e a Advogada, Especialista em Estudos de Gênero, Integrante do Fórum de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres Eliz Tatsch.
A Casa Verônica é um setor da UFSM pertencente ao Observatório de Direitos Humanos, uma subdivisão da Pró-Reitoria de Extensão. A criação desta “Casa” de trabalho foi dada através da Política de Igualdade de Gênero da UFSM, que tem como princípios a equidade e respeito à diversidade sexual e de gênero e como objetivo a promoção da igualdade de gênero e superação de todas as formas de discriminação de gênero na UFSM.
As palestrantes destacam a importância da implementação recente desta política na universidade e o foco no enfrentamento ao assédio, através de ações combativas e também reflexivas sobre esta equidade. Iniciaram com a apresentação de seu recente vídeo institucional, com a Campanha “Medusas” disponível no canal do Youtube Espaço Multiprofissional Casa Verônica UFSM. Explicaram que a Casa Verônica é o espaço que oferece acolhimento, acompanhamento e orientação jurídica, sendo um local de portas abertas para todos. Discutem os temas centrais com os quais a Casa trabalha, incluindo conscientização sobre questões de gênero, sexualidade e identidade de gênero, bem como o combate ao assédio e à violência de gênero. Enfatizam que a Casa não se limita a atender apenas mulheres, mas qualquer pessoa em busca de apoio em questões de identidade de gênero.
A Casa Verônica se localiza no prédio da Biblioteca Central da UFSM, sendo o acesso pelos fundos do prédio, próximo ao Acervo Artístico UFSM. Para mais informações, como horário e acesso a outros materiais, clique aqui para acessar o site da Casa Verônica ou aqui para ter acesso ao Instagram.
Quem representou foi Gisele Martins Guimarães, Pró-reitora de Assuntos Estudantis e Professora do Departamento de Educação Agrícola e Extensão Rural do Centro de Ciência Rurais (CCR).
Gisele conta que a Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE), tem como objetivo desenvolver políticas de assistência estudantil na UFSM e cita, por exemplo, o Restaurante Universitário (RU), que segundo ela, é o terceiro maior em número de refeições servidas no país, sendo uma fonte de orgulho para a universidade. Além disso, destaca o compromisso em comprar alimentos da agricultura familiar, promovendo o desenvolvimento regional. “Para vocês verem o caráter e o desenvolvimento que a instituição tem, nós não oferecemos apenas ensino, pesquisa e extensão, promovemos o desenvolvimento em ações como essa, de valorização de agricultores da região, também”, complementa.
Outro destaque dado pela Pró-reitora foi a Casa do Estudante Universitário (CEU), uma iniciativa inserida no Programa de Assistência Estudantil da UFSM, sendo a maior Casa Estudantil da América Latina. Seu principal objetivo é oferecer apoio à permanência de estudantes de baixa renda, que estão matriculados nos cursos presenciais da instituição, que não residem no município onde a casa do estudante está localizada. A UFSM também foi a primeira universidade brasileira a receber pais e mães com filhos de até 12 anos na CEU, sendo que estes, além de terem direito à moradia, têm o direito de acessar as aulas com seus filhos. A servidora também destacou a Casa Indígena da UFSM, que foi a primeira casa estudantil do país com o objetivo de moradia de estudantes indígenas. Hoje, esta conta com cerca de 18 etnias residentes, de diversas regiões do Brasil.
Além dessas iniciativas, explicou para o público presente as diversas categorias de auxílios estudantis que a PRAE oferece, como o Auxílio Formação Estudantil (para apresentação de trabalhos em eventos), o Auxílio Permanência, o Auxílio Creche, o Acolhimento Psicológico e Social, e tantos outros.Para saber mais informações sobre o Benefício Socioeconômico (BSE), Moradia Estudantil e Auxílios Estudantis, clique aqui para acessar o site da PRAE.
A responsável pelo setor de comunicação da Secretaria de Apoio Internacional (SAI) da UFSM, Mariana Garghetti Buss, conta que o setor desempenha um papel crucial nas relações internacionais, institucionais e na promoção da internacionalização da UFSM.
Além de facilitar as mobilidades estudantis, ela busca incentivar e promover cursos de idiomas e outras iniciativas de internacionalização, como sinalizações nas ruas em inglês e traduções de diplomas e outros documentos institucionais. Atualmente, a SAI trabalha em várias frentes, incluindo Comitês de Internacionalização, como o CoInter e o CoDinter, que são importantes para os estudantes pois possuem representação em todos os Centros de ensino.
As mobilidades (intercâmbios) acadêmicas oferecidas abrangem programas bilaterais, multilaterais e estágios, que podem ser realizados a qualquer momento do curso pelos estudantes, a depender das exigências do edital, ou da universidade ou empresa de destino. A SAI também realiza o acolhimento de estudantes estrangeiros que chegam à UFSM, que visa auxiliá-los nas questões cotidianas do município, como um passeio guiado pela cidade, proporcionando orientações práticas (como localização de mercados, bancos) e atividades culturais para facilitar sua adaptação. A estes estudantes estrangeiros também são ofertados cursos de Português, o que contribui mais ainda na experiência no Brasil, mais especificamente na Universidade Federal de Santa Maria, escolhida por eles como local de destino.
Para saber mais sobre os intercâmbios oferecidos pela SAI, clique aqui
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Entre falas importantes das convidadas, Thuane Lopes, graduanda do terceiro semestre de Ciências Biológicas do CCNE, realizava anotações sobre os assuntos que eram abordados. Quando perguntado sobre o que mais tinha chamado a sua atenção no evento, a futura bióloga responde: Eu gostei muito das falas em geral, mas […] a parte dos intercâmbios é algo que eu realmente tenho como meta na graduação ou na pós-graduação.
Durante a conversa, a estudante conta que escolheu a área pelo fato de se identificar desde a sua adolescência. “A biologia estuda tudo, vida animal, vegetal, do ser humano e eu queria algo que englobasse tudo, tanto para conhecimento próprio como para carreira”, ela complementa. Por ter interrompido o curso por motivos de saúde no passado, hoje um dos seus objetivos é concluir o semestre, fazer parte de algum grupo de Iniciação Científica que, segundo ela, é uma das obrigatoriedades da habilitação do curso de Bacharelado.
Texto: Maria Eduarda Silva da Silva, acadêmica de jornalismo e bolsista da Subdivisão de Comunicação do CCNE e Natália Huber da Silva, Chefe da Subdivisão de Comunicação do CCNE.