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Desvendando projetos do Jardim Botânico da UFSM: um lugar de biodiversidade e conhecimento



No coração da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), um tesouro verde floresceu, trazendo consigo uma história rica e um compromisso com a preservação da biodiversidade. Fundado em 1981, o Jardim Botânico da UFSM (JBSM) é mais do que um simples jardim: é uma paisagem de plantas abundantes, um espaço de aprendizado e pesquisa, e um refúgio para a comunidade. Nesta reportagem iremos explorar as raízes do JBSM, mergulhar em sua história de criação, descobrir seus objetivos e conhecer alguns projetos que o jardim oferece à comunidade acadêmica e sociedade em geral de Santa Maria e região.

Placa de inauguração do Jardim Botânico da UFSM. Foto: Rubens Gadêa

O jardim teve suas raízes plantadas graças ao Professor Santo Masiero, membro do Departamento de Biologia da universidade. Desde o seu ingresso na UFSM na década de 60, o Prof. Masiero nutria o sonho de criar um espaço onde os estudantes pudessem ter um contato direto com a vasta diversidade de plantas. Em 1966, iniciou sua busca pelo apoio necessário para tornar esse sonho uma realidade, buscando o então Reitor José Mariano da Rocha Filho.

A jornada para a criação do JBSM envolveu muita perseverança e esforço. A proposta foi aprovada pelo Conselho Universitário em 1979, com a alocação de uma área dedicada ao jardim. A inauguração oficial aconteceu em 1981, marcando o começo de uma história que dura até hoje.

Hoje o Jardim Botânico da UFSM faz parte da estrutura do Centro de Ciências Naturais e Exatas (CCNE) como órgão suplementar. Para saber mais sobre sua história, leia a reportagem em comemoração aos seus 40 anos, intitulada “Espaço de preservação e conhecimento: Jardim Botânico da UFSM completa 40 anos”.

A Equipe do JBSM

Atualmente, a equipe responsável pelo Jardim Botânico é composta por: Simone Messina Gomez, diretora; Leonice Ferreira, secretária administrativa; Daiane Oliveira, jardineira e paisagista e Altamir dos Santos, tratorista do jardim. Além disso, conta com a participação de Renato Záchia, Daniela Simão, Maria Angélica Linton, Liliana Essi e Pedro Joel Silva, professores colaboradores do Departamento de Biologia do CCNE e graduandos nas áreas de Biologia, Engenharia Florestal e Gestão Ambiental da UFSM. 

Educação, Pesquisa e Extensão em Foco no Jardim Botânico 

O Jardim Botânico é um epicentro de atividades educacionais e científicas, abrigando um total de 30 projetos que exploram os campos do ensino, pesquisa e extensão. Todos os projetos merecem ser amplamente reconhecidos e compartilhados à comunidade, demonstrando a diversidade e a relevância das atividades que florescem neste ambiente único de aprendizado e descoberta. Assim, embora não seja possível apresentá-los todos em uma reportagem, com a colaboração de Simone Messina Gomez, Diretora do Jardim Botânico da UFSM, procuramos destacar três dos projetos deste espaço, a seguir: 

Conexões Verdes: Ações de Bem-Estar junto à Natureza

Oficina de práticas de jardinagem, ofertada pelo projeto Conexões Verdes em 2023. Foto: Daniela Guimarães Simão (@conexoesverdes)

O grupo de 11 colaboradores coordenado pela Prof. Daniela Guimarães Simão, do Departamento de Biologia da UFSM, integra o projeto “Conexões Verdes: Ações de Bem-Estar junto à Natureza”. Este é uma iniciativa que visa promover o bem-estar físico, mental e emocional dos acadêmicos por meio de experiências transformadoras realizadas em meio à natureza. Este projeto é conduzido em áreas verdes da UFSM, com destaque para o Jardim Botânico da UFSM (JBSM), e tem como objetivos aprimorar o desempenho acadêmico dos participantes e contribuir para a formação de sujeitos de maneira integral, humanística, inter e multidisciplinar.

As metas do projeto são diversas. Em primeiro lugar, busca-se oferecer oficinas e experiências interativas que propiciem o bem-estar geral dos acadêmicos, incluindo atividades como meditação, yoga, jardinagem e trilhas ao ar livre. Essas práticas visam não apenas aliviar o estresse acadêmico, mas também enriquecer a vida dos participantes ao conectá-los com a natureza. Além disso, o projeto pretende apresentar e estimular a adoção de ações e experiências que promovam o bem-estar de forma contínua, capacitando os acadêmicos com ferramentas para uma vida equilibrada e saudável. A formação de recursos humanos especializados, tanto entre acadêmicos quanto servidores, em métodos de ensino inovadores e articuladores é outra meta importante, contribuindo para a melhoria da educação na instituição.

O projeto também visa estreitar os laços entre os acadêmicos e a UFSM como “lugar”, incentivando-os a explorar espaços de ensino não convencionais, como as áreas verdes do JBSM, e fortalecendo o sentimento de pertencimento à instituição. Para isso, estão previstas melhorias na infraestrutura do Jardim Botânico, tornando-o um local propício para atividades de ensino, pesquisa, extensão e inovação. 

A iniciativa visa ainda criar conexões e parcerias entre diferentes setores e unidades da UFSM, promovendo a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade, enriquecendo o aprendizado acadêmico. Além disso, busca promover experiências de internacionalização, participando de redes de ações similares em outras instituições de ensino ao redor do mundo.

Por fim, o projeto “Conexões Verdes” almeja estabelecer uma rede de parceiros, tanto dentro quanto fora da universidade, interessados em colaborar e compartilhar experiências relacionadas ao bem-estar aliado a espaços verdes.  Complementarmente, este promove uma abordagem holística e inclusiva para o benefício de toda a comunidade acadêmica.

Trilha das plantas nativas: proposta de divulgação turística para o Jardim Botânico, UFSM/Santa Maria, RS.

Orientado pela Profa. Mônica Elisa Dias Pons, do Departamento de Turismo da UFSM, o projeto surgiu através do Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Patrimônio Cultural, de autoria da estudante Daniele Reginato da Silva. A Rede Brasileira de Jardins Botânicos identificou a existência de quatro jardins botânicos no estado do Rio Grande do Sul, localizados em Porto Alegre, Caxias do Sul, Lajeado e Santa Maria. O estudo realizado pela acadêmica teve como objetivo principal criar a proposta de um mapa turístico que destaque  as principais espécies de plantas nativas do Rio Grande do Sul presentes no acervo do Jardim Botânico da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). A metodologia utilizada foi qualitativa, envolvendo revisão bibliográfica, observação sem interferência nas amostras e visitas de campo para identificação e seleção das plantas nativas que farão parte do mapa turístico.

Entre os objetivos estão:

  • Desenvolver um roteiro turístico para promover a preservação e divulgação do patrimônio natural do Jardim Botânico/UFSM por meio de um mapa turístico;
  • Reconhecer os diferentes atrativos existentes no Jardim Botânico e suas características específicas;
  • Elaborar um mapa turístico que destaque 25 plantas nativas do JBSM;
  • Criar uma cartela de adesivos com as plantas selecionadas, com a versão do mapa para colagem dos adesivos.

Os resultados estipulados pela estudante planejam apresentar um produto final: o mapa turístico de plantas nativas, com a seleção dos principais  exemplares de plantas nativas do Rio Grande do Sul, que fazem parte do acervo do JBSM. Este mapa será uma ferramenta valiosa para promover a conscientização sobre a biodiversidade local e a importância da conservação ambiental, ao mesmo tempo, em que convida os visitantes a explorar e apreciar a diversidade botânica presente neste espaço da UFSM.

Programa de Educação Socioambiental: perfil e avaliação das visitas escolares no Jardim Botânico da UFSM

A crise socioambiental é uma questão urgente que exige a criação de alternativas de formação que alcancem não apenas os estudantes, mas também a comunidade em geral. O JBSM, como órgão extensionista da UFSM, desempenha um papel fundamental na educação socioambiental, incentivando escolas e comunidades a adotarem ações semelhantes.

Estudantes da escola ensino fundamental Renato Nocchi Zimmermann, visitando o Jardim Botânico. Foto: Vinícius Dias

Nesse contexto, é criado o  Programa de Educação Socioambiental do JBSM, coordenado pela diretora do Jardim Botânico, Simone Gomez e três colaboradores, que tem como principal objetivo analisar as solicitações de agendamento de visitas escolares ao Jardim Botânico e avaliar a percepção dos professores após as visitas, a fim de compreender o perfil dos visitantes escolares e melhor atendê-los. A justificativa para esse programa está ancorada à responsabilidade da universidade em produzir conhecimento, formar profissionais e enfrentar os desafios da contemporaneidade. 

A metodologia incluiu a análise das solicitações de agendamento de visitas escolares e o envio de um questionário avaliativo aos professores após as visitas. Até agosto de 2023, foram registradas 105 solicitações de agendamento de visitas, sendo que 44,76% delas efetivamente foram realizadas.  Quanto aos professores que responderam ao questionário, a maioria soube do Jardim Botânico por meio de recomendações de colegas, sugerindo uma crescente popularização do JBSM no meio docente da educação básica. 

Os resultados esperados incluem a conscientização dos visitantes do Jardim Botânico sobre a importância da criação e manutenção de áreas verdes para a conservação ambiental e o bem-estar de todos. Espera-se receber aproximadamente dez mil visitantes por ano, que serão motivados a implementar ações semelhantes em suas escolas e comunidades. 

Além disso, por meio de seminários de educação socioambiental, o programa busca contribuir para a compreensão da crise socioambiental e promover ações conscientes e responsáveis nas comunidades. Este também visa atingir públicos específicos, como estudantes, professores e outras pessoas interessadas da comunidade, que buscam atividades que promovam a saúde e o bem-estar em espaços verdes. Em complemento, busca-se estabelecer parcerias que possam enriquecer o programa em nível de recursos humanos ao longo do tempo.

___________________

O JBSM não é apenas um jardim: era uma visão realizada, um espaço para a pesquisa botânica, educação ambiental e uma oportunidade para a comunidade se conectar com a natureza. Ele tem continuado a crescer e evoluir, preservando espécies nativas e exóticas, expandindo suas instalações de pesquisa e educação, e se tornando um local de lazer apreciado por todos que o visitam. Sua história é um testemunho do poder da paixão e da dedicação em transformar sonhos em realidade, e seu legado de conservação e aprendizado perdura até os dias atuais.

Ficou curioso para saber mais? Acesse o site e as redes sociais do Jardim Botânico e conheça as novidades, horário de visitação, dentre uma variedade de conteúdos exclusivos sobre botânica. 

 

Texto: Maria Eduarda Silva da Silva, acadêmica de jornalismo e bolsista da Subdivisão de Comunicação do CCNE e Simone Messina Gomez, Diretora do Jardim Botânico.
Revisão e edição: Natália Huber, Chefe da Subdivisão de Comunicação do CCNE.

 

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