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Série FIEX no CCNE: conheça o projeto de extensão que mapeia características e usos do solo em municípios do Centro-Oeste gaúcho



 

A série FIEX no CCNE tem apresentado projetos de extensão desenvolvidos por servidores e servidoras do CCNE. Estes, já foram contemplados outras vezes com este recurso e tem muitos resultados a divulgar. As duas primeiras reportagens já estão disponíveis, leia a primeira e a segunda matéria clicando nos links.

Nesta última reportagem da série, conheça o projeto “Mapeamento Geomorfológico e sua Relação com o Uso do Solo nos Municípios do Centro Oeste do Rio Grande do Sul”, que reúne as características geomorfológicas e os usos do solo de municípios do Centro-Oeste do Rio Grande do Sul, para levar conhecimento tanto para escolas quanto para a sociedade em geral, através de um mapa digital.

 

Mapeamento Geomorfológico e sua Relação com o Uso do Solo nos Municípios do Centro Oeste do Rio Grande do Sul

 

O Projeto Mapeamento Geomorfológico e sua Relação com o Uso do Solo nos Municípios do Centro-Oeste do Rio Grande do Sul”, coordenado pelo professor Dr. Anderson Volpato Scotti, trabalha com a compartimentação geomorfológicae a sua relação com o uso e a ocupação do solo. Ou seja, analisa como as variáveis físicas do meio físico são ocupadas e como ocorre a interação entre a sociedade em conformidade com as características desses meios. A ideia é levar esse conhecimento para as pessoas, principalmente para as escolas do nível básico de ensino. Para facilitar a compreensão deste mapeamento, é elaborado um atlas com uma linguagem bastante didática, que organiza e detalha aspectos físicos e socioeconômicos de um município escolhido anualmente pelo grupo. 

De forma geral, as escolas utilizam o livro didático como base para o ensino da geografia, porém, muitas vezes, ele não fornece detalhes característicos da região. Dentre essas características estão  o relevo, os tipos de rochas, a hidrografia, ou matriz econômica do município – se possui características mais agrícolas ou pecuárias, por exemplo – entre outras especificidades. Com isso, este atlas é uma solução que possibilita um documento  local, configurando-o nos limites do município.

O “estudo de lugar” é uma categoria dentro do estudo da geografia, que visa a investigação de detalhes que caracterizam o local analisado. No caso do projeto, o lugar estudado é delimitado a algum município da região Centro-Oeste do Rio Grande do Sul, escolhido a cada ano para receber o atlas. Essa delimitação se deve à experiência e familiarização do grupo com pesquisa e extensão nessas áreas do estado, como conta Anderson: 

 

Professor Anderson Scotti | Foto: arquivo pessoal

Nós já temos um certo conhecimento prévio dessas áreas e tentamos materializar muito deste conhecimento na figura dos atlas para tentar levar o nome da UFSM, do projeto, do departamento, do grupo de pesquisa e extensão para estes municípios, que nos recebem no momento em que dão a anuência necessária para concorrer ao edital do FIEX, por exemplo.

 

O atlas produzido pelo grupo beneficia não só as escolas, com a possibilidade de maior aprofundamento no estudo do que nos conteúdos dos livros didáticos comuns – mas também, os municípios e a sociedade em geral  – que recebem um material especializado da sua região. “A principal função deste projeto, além de materializar os resultados em forma de um atlas, é possibilitar a disposição de um material que caracterize o município e permita um maior entendimento do lugar”, explica Anderson.

 

O projeto foi proposto e registrado em 2020 como continuidade dos estudos realizados pelo professor ainda na iniciação científica – quando cursava de Geografia Bacharelado da UFSM. Na época, já havia tido contato com a elaboração de atlas geoambientais, de mapeamentos com visão integrada entre sociedade e natureza, e com o estudo do lugar – junto ao Laboratório Geoambiental da UFSM. Para além das pesquisas, Anderson quis iniciar as atividades em extensão e colaborar com a área através do presente projeto, dentro da universidade. 

 

Desde seu registro, o projeto de extensão é contemplado com recursos do FIEX,  neste ano com um bolsista, que fica responsável desde a construção dos mapas, à elaboração prévia dos textos de análise, com o acompanhamento do professor, de forma geral. Dentro do período de vigência da bolsa de 2023, o bolsista está em processo de desenvolvimento do Atlas do município de Dilermando de Aguiar.


Em 2020, foi finalizado o Atlas Geoambiental de São Pedro do Sul. Já em 2021, além do Atlas do município de Quevedos – ainda em processo de elaboração pelo grupo – foi desenvolvido pelo bolsista do período, um caderno didático com  propostas de exercícios práticos para a sala de aula. No ciclo de 2022, foi escolhida a cidade de São Martinho da Serra, cujo atlas também está em processo de finalização e revisão de conteúdo, pelo restante do grupo de pesquisa. Esse grupo é composto pelos professores Carina Petsch, Luis Eduardo de Souza Robaina e Romario Trentin, que também coordenam e orientam o trabalho dos estudantes envolvidos, e igualmente são responsáveis pela leitura e revisão final do material.

Bolsista FIEX 2023 trabalhando no Atlas do município de Dilermando de Aguiar.

O projeto “Mapeamento Geomorfológico e sua Relação com o Uso do Solo nos Municípios do Centro Oeste do Rio Grande do Sul” tem validade até 2025, e a intenção do professor Anderson é concorrer nos próximos editais para dar sequência ao processo de construção dos recursos didáticos e continuar colaborando com o conhecimento e pertencimento do lugar para as pessoas dos municípios da região Centro-Oeste do Rio Grande do Sul.

Assim, projetos como esse são essenciais para levar o conhecimento do lugar para os habitantes dos municípios contemplados. Também há vantagens para a universidade, visto que expandem as pesquisas realizadas na maior universidade do interior do estado para toda a comunidade, aproximando o conhecimento acadêmico da população de formas práticas.

Com isso, a Série FIEX no CCNE encerra essa temporada, mas os projetos que ajudam a UFSM e o CCNE a ultrapassar o arco nunca param de trabalhar para levar ensino, pesquisa e extensão para sociedade. Continue acompanhando o site do CCNE para conhecer outros projetos que inspiram.

 

* “compartimentação geomorfológica: análise e observação do relevo e as variações de suas topografias (o conjunto de acidentes geográficos e variações de altitude). É um procedimento útil na definição das áreas de ocupação e da delimitação das áreas de risco que um determinado ambiente possui, sendo importante e necessário para o correto uso do solo.” e a fonte, junto com geomorfologia la que eu tinha marcado antes no “morfológicas”

fonte: PENA, Rodolfo F. Alves. “Geomorfologia”; Brasil Escola. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/geografia/geomorfologia.htm>. Acesso em 03 de julho de 2023.

Texto: Júlia Weber, acadêmica de jornalismo e bolsista da Subdivisão de Comunicação do CCNE.

Revisão e edição: Natália Huber, Chefe da Subdivisão de Comunicação do CCNE.

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