O Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica (CAPPA), promoveu neste sábado (15), a 4ª edição presencial do “Paleodia da Quarta Colônia”, em São João do Polêsine. O evento foi realizado em parceria com o Geoparque Quarta Colônia Aspirante Unesco, e com o apoio da Prefeitura Municipal de São João do Polêsine, Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável da Quarta Colônia (Condesus) e Sicredi (agência São João do Polêsine). Com entrada gratuita e sem necessidade de inscrição, teve início às 15h, e ao longo da tarde recebeu cerca de 1.500 pessoas.
A programação contou com a inauguração de novas peças, mostra paleontológica, sala de “cinema”, e diversas atividades voltadas, principalmente, ao público infantil, como brinquedos infláveis, uma área de atividades lúdicas, caça ao fóssil e teatro de fantoches. Para Cecília, aluna do 3º ano de uma escola de Santa Maria, mesmo com as atrações, ver os fósseis continuou sendo a parte mais legal: “Eu gostei de ver os fósseis dos dinossauros, dos maiores. Eu acho bem interessante porque é diferente”.
Já Alice, aluna do 2º ano, estava animada para ver os sapos: “Eu gosto de sapos, só que eu nunca peguei um”. Isso porque, o Laboratório de Herpetologia levou peças conservadas de exemplares de animais peçonhentos e anfíbios com vistas à educação ambiental tanto do público infantil quanto adulto. Mas, para além deles, Alice conta que queria ver “dinossauros” e que quer ser bióloga, por um simples motivo: “porque eu gosto de animais”, diz ela. Assim, o evento, além de promover brincadeiras, também incentiva o contato de crianças com a ciência, através da mostra de possibilidades acadêmicas das ciências naturais.
A assistente administrativa do CAPPA e atual Coordenadora Institucional do Paleodia da Quarta Colônia, Gisela Farencena, explica que o evento é de suma importância para que a UFSM mantenha, não apenas o ensino e a pesquisa, mas a extensão perante à comunidade externa. Essa relação é importante para garantir tanto a aproximação entre a esfera acadêmica e comunitária, como a divulgação do trabalho desenvolvido, especialmente no que se refere às pesquisas paleontológicas e ao Geoparque Quarta Colônia. As vantagens são recíprocas, já que a comunidade é beneficiada com um ambiente livre tanto para o lazer quanto para o aprendizado.
Além disso, o evento abre espaço para exposição de produtos por comerciantes e pequenos produtores artesanais da região. Estes são incentivados a elaborarem versões de seus produtos que possuam alguma relação com as riquezas naturais e culturais encontradas na Quarta Colônia, sejam elas paleontológicas, geológicas, de belezas cênicas naturais, arquitetônicas ou em homenagem à preservação da cultura de colonização italiana e alemã presentes na região.
Gisela conta que a ideia do Paleodia surgiu há cerca de 5 anos, com o objetivo de aproximação com a comunidade e a divulgação do trabalho científico desenvolvido pelo CAPPA – que não era conhecido na região. Objetivo, esse, que se mostra bem sucedido a cada edição. Segundo ela, é possível acompanhar nos últimos anos uma demanda crescente de pessoas interessadas em frequentar a mostra de fósseis no decorrer do ano, como famílias e escolas, mas também, a cada edição do Paleodia, mais pessoas participam do evento. Gisela estima que na última edição, foram cerca de 600 pessoas que passaram pelo local e afirma que eram esperadas em torno de 1.000 pessoas na 4ª edição presencial, deste ano de 2022, número esse que foi ultrapassado ao longo do dia e chegou a cerca de 1.500 visitantes de diversas faixas etárias.
Rodrigo Duran, advogado e visitante, conta que não fazia ideia da dimensão e se surpreendeu com o tamanho do evento. Ele e seu filho visitaram o local pela primeira vez, graças ao convite compartilhado no grupo de pais da escola, e afirmam terem ficado “encantados” e “maravilhados” com a estrutura.
O evento é realizado anualmente no mês das crianças, outubro e, para quem não conseguiu participar do Paleodia da Quarta Colônia neste ano, não há necessidade de desânimo. Além da certeza da próxima edição em outubro de 2023, as visitações ao CAPPA ocorrem durante todo o ano.
Desde 2013, vinculado como Órgão Suplementar do CCNE, o CAPPA localiza-se na Rua Maximiliano Vizzotto, 598, São João do Polêsine. Para mais informações acesse o site ou as redes sociais
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Texto: Júlia Weber, acadêmica de jornalismo e bolsista da Subdivisão de Comunicação do CCNE.
Edição: Natália Huber, chefe da Subdivisão de Comunicação do CCNE.