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28 anos de docência: conheça a trajetória da Pesquisadora Destaque 2021 da UFSM, Maria Rosa Chitolina



Docente do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular do CCNE, leciona na Universidade desde 1993 e, no último mês, recebeu o prêmio Pesquisador Destaque da UFSM na 36ª Jornada Acadêmica Integrada

“Acolhimento e colaboração” são dois substantivos que a  professora  de Bioquímica do Centro de Ciências Naturais e Exatas (CCNE),  atribui aos seus 28 anos de pesquisa na Universidade Federal de Santa Maria. A professora conta que quando chegou no setor de Bioquímica, em 1993, foi concedida com um pequeno laboratório onde começou a desenvolver as suas primeiras pesquisas. Alguns anos  depois, ganhou um espaço maior  que divide, até hoje, com a Prof.ª Vera Maria Morsch, o Laboratório de Enzimologia Toxicológica (Enzitox), coordenado por ambas.

Para a docente, o acolhimento inicial de seus colegas foi fundamental para se sentir pertencente ao CCNE, e todas as oportunidades recebidas no início da carreira científica fizeram muita diferença no seu crescimento profissional. Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e mestre em Ciências Biológicas, na área de Bioquímica, a professora Maria Rosa assumiu o cargo de docente na UFSM ainda durante o seu doutorado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), dos anos 1991 a 1996. Em 2015, fez pós-doutorado no Albert Einsten College of Medicine, em Nova Iorque (EUA).

No decorrer de sua  carreira profissional, a professora construiu um longo histórico de pesquisas e atividades que hoje a tornam referência de contribuição ao CCNE e à UFSM. Participou como membro de vários conselhos, colegiados, consultorias, e foi eleita coordenadora e vice-coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Bioquímica Toxicológica, (PPGBTox), o qual ajudou a fundar. Trabalhou como membro do Comitê de Ética em Pesquisa e também foi membro do Comitê Assessor da Pós-Graduação da UFSM. Atualmente coordena o grupo de pesquisa Enzitox, pertencente ao PPGBTox, e é docente permanente do Programa de Pós-Graduação Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde (PPGECQVS), que tem parceria com a UFRGS e com a Universidade Federal do Rio Grande (FURG).

Além disso, também realiza atividades externas à UFSM. Entre 2018 e setembro deste ano, foi vice-presidente do Clube Brasileiro de Purinas e atualmente faz parte do Conselho Administrativo. Foi coordenadora do projeto NeuroArte: Museu Itinerante de Neurociência, Arte e Tecnologia, que entre 2014 e 2017 desenvolveu ações em diferentes  municípios do estado. Em 2011, fez parte da organização da exposição Mata – 200 Milhões de Anos, também do projeto Museu Interativo: Arte, Ciência, Tecnologia e Patrimônio Cultural. Entre 2011 e 2016, foi membro do comitê de assessoramento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs). E desde 2019 faz parte do comitê de assessoramento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O grande impacto da pesquisadora pode ser representado por números. Com 410 trabalhos publicados e mais de 7 mil citações, ela é bolsista de produtividade em pesquisa nível 1B no CNPq. Ao longo dos quase 40 anos de carreira acadêmica orientou 10 pós-doutores, 58 doutores e 60 mestres. Neste semestre, está orientando quatro mestrandos, 15 doutorandos, dois pós-doutores e quatro estudantes em iniciação científica.

O trabalho desenvolvido há quase três décadas de atuação vem recebendo o devido reconhecimento. Em 2020, a professora foi apontada pela plataforma Open Box da Ciência como uma das 50 pesquisadoras protagonistas da ciência no país. Dadas todas as conquistas e trabalho já citadas, na 36º Jornada Acadêmica Integrada (JAI) da UFSM, a professora recebe o prêmio de Pesquisadora Destaque 2021, durante a solenidade promovida pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa (PRPGP) da UFSM.

O Prêmio Pesquisador Destaque integra a programação da JAI desde 2016, quando foi criado com o propósito de homenagear anualmente os pesquisadores de reconhecida atuação em pesquisa, inovação tecnológica e desenvolvimento na UFSM. A escolha do premiado é uma atribuição do comitê da PRPGP, que leva em consideração alguns pontos como: contribuição à história e desenvolvimento da universidade; formação de estudantes e pesquisadores; liderança reconhecida pela comunidade científica local, nacional e internacional; produção científica significativa; e participação na gestão da universidade.

Em sua manifestação, a Profª. Maria Rosa agradeceu aos colegas, alunos, amigos e familiares, afirmando ter gratidão a todos os que abriram as portas e que ensinaram disciplina, resiliência, esforço, paciência e empatia na vida acadêmica. “Todos temos potencialidades a serem desenvolvidas e o que precisamos de fato é de oportunidade. Sempre que possível, eu gosto de dar essa oportunidade e esse espaço aos que vêm trabalhar conosco”, afirmou a professora. Para ela, a ciência representa um elo fundamental para o completo exercício da cidadania, e acredita que levar o conhecimento produzido na universidade, resultado de investimentos públicos, a espaços mais amplos e abrangentes é uma responsabilidade.

A professora pontua que ainda há muito trabalho a fazer e compartilha seus planos para o futuro no CCNE: “Eu pretendo continuar pesquisando na área de Bioquímica, focando no sistema purinérgico, sistema colinérgico e estresse oxidativo. Nos últimos anos, temos realizado pesquisas no Enzitox em diabetes, hipertensão e exercício físico. Considero que estes temas são muito relevantes e ainda muitas pesquisas são necessárias para elucidar os mecanismos bioquímicos e moleculares envolvendo os mesmos”. Em relação à educação em ciências, afirma que pretende continuar com as ações desenvolvidas junto às escolas, bem como contribuir na implementação de metodologias ativas tanto no ensino fundamental quanto no médio e superior.

Para quem está no início da carreira científica, a professora ressalta que é necessário ter persistência, criar estratégias para o crescimento profissional, e sobretudo, considerar todas as etapas como importantes e valorizar o ambiente de trabalho em que se está inserido. Por fim, ela agradece a Universidade pela homenagem e por todas as contribuições para a sua história.

A equipe do CCNE parabeniza a história e agradece à Professora Maria Rosa por todo seu trabalho de pesquisa e ensino desenvolvido à UFSM e à sociedade brasileira e internacional.


Texto: Jéssica Medeiros

Edição: Natália Huber

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