O Programa de Educação Socioambiental Multicentro surgiu da necessidade de pesquisar e discutir acerca de questões e problemas ambientais, e promover o diálogo entre os saberes acadêmico e popular, de forma a incluir também a comunidade externa no debate. O projeto foi criado em 2010 pelo Núcleo de Educação Socioambiental da UFSM, grupo que reúne diferentes segmentos de diversos cursos e centros de ensino da universidade. Sua equipe é formada por técnico-administrativos, docentes e discentes de diversas áreas do conhecimento.
Dentre as ações promovidas pelo Programa, destacou-se a “Oficina de Veganismo: receitas práticas”, realizada no Jardim Botânico no dia 31 de maio, que fechou a turma em poucas horas da divulgação. De acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudança de Clima (IPCC), o gás metano, gerado pela atividade pecuária, contribuiu com cerca de 15% do efeito estufa no planeta. A partir desses dados, é sugerido que diminuir o consumo de alimentos derivados de animais seria uma forma de combater as mudanças climáticas.
O projeto, financiado pelo Fundo de Incentivo de Extensão (FIEX), é um exemplo da importância de investimentos públicos na Universidade. Por meio de suas ações, criou oportunidades de formação complementar para professores da educação básica, e capacitou multiplicadores de ações ambientais, ao estimular estudantes e seus familiares a promoverem ações como coleta seletiva. Ao longo de seus 9 anos, o projeto já publicou inúmeros artigos científicos e recebeu o Prêmio Extensionista da UFSM em 2017, possibilitou a representação da Universidade na Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental do Rio Grande do Sul, e nas audiências públicas na Câmara dos Vereadores de Santa Maria, e participou do projeto Esperança/Cooesperança na Feira Internacional do Cooperativismo. Ademais, por meio do projeto, a UFSM firmou parcerias com as Secretarias de Educação e Meio Ambiente e a 8ª Coordenadoria Regional de Educação, passando a ser representada em ações promovidas pelas mesmas.
Apesar de receber financiamento, a coordenação do Programa comenta que um dos principais desafios enfrentados é a dificuldade para a captação de recursos. Além disso, sente falta de um planejamento de marketing para que o projeto e suas ações sejam melhor divulgadas. Outro problema citado é o baixo envolvimento de docentes da Universidade. Mas todas essas complicações não impedem que o projeto siga em frente e consiga promover ações extensionistas de boa qualidade.
Texto por: Gerônimo Souto, acadêmico de Comunicação Social – Produção Editorial e bolsista do Núcleo de Divulgação Institucional do CCNE
Revisão: Wellington Gonçalves, relações públicas do Núcleo de Divulgação Institucional do CCNE