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Dedicação no ensino e na defesa da produção científica: conheça André Passaglia Schuch



Nascido no Rio de Janeiro, André conta que sempre foi um menino curioso, que gostava muito de desmontar os seus brinquedos para ver como eles funcionavam. Nesse período, a madeira e o metal eram os melhores amigos de André, pois era a partir desses materiais que ele podia imaginar e criar novos equipamentos para suas brincadeiras. Com o passar dos anos, os brinquedos foram deixados de lado, mas a paixão por novas descobertas não. Aliando seus estudos a prática do basquete, o professor conta que foi assim que aprendeu a agir e competir de forma leal, reconhecendo os erros na hora da derrota e respeitando os adversários na vitória.

Formado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), onde foi bolsista do Programa de Educação Tutorial da Biologia e estagiário voluntário do Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais, obteve o título de Doutor e de pós-doutor na Universidade de São Paulo (USP). “Ao final do meu pós-doutorado na USP, em 2011, eu estava em um verdadeiro dilema entre ir para os Estados Unidos ou retornar para o Rio Grande do Sul, pois um familiar meu estava com problemas de saúde e isso exigia que eu ficasse por aqui. Tentei por duas vezes entrar como docente na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), mas em ambas as vezes fiquei em segundo lugar”. Foi então que André viu a oportunidade de voltar para o lugar onde se formou, conciliando uma rotina exaustiva de estudos aos cuidados do filho, que na época tinha dois anos, e da esposa gestante. Estudando em média doze horas por dia, durante três meses, André foi aprovado em primeiro lugar no concurso para docente na área de biologia molecular do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da UFSM, assumindo a vaga em 15 de março de 2016.  

“Ao longo da formação da minha carreira profissional, o meu maior desafio foi vencer o nervosismo e a gagueira para conseguir falar em público”, disse o professor ao relembrar sua formação antes de sua carreira enquanto docente. Atualmente, superado esse obstáculo, o professor ministra disciplinas de Bioquímica e Biologia Molecular para diferentes cursos, dentre elas, as Ciências Biológicas, Medicina, Enfermagem e Agronomia, além de atuar como docente permanente da pós graduação em Bioquímica Toxicológica e de Biodiversidade Animal. André orienta ainda doze diferentes projetos de pesquisa que estão em desenvolvimento no seu laboratório, sendo cada um deles executado por um aluno diferente. O professor destaca que em todos os lugares que atua busca sempre trabalhar pela educação de alta qualidade, pública e gratuita, visando o desenvolvimento da ciência, para que ela evolua livre de pressões políticas ou religiosas e de forma unificada entre diferentes países.

Falando de sua atuação na pesquisa e na extensão, André acredita que a ciência básica é a principal base para o desenvolvimento de projetos voltados para atender e suprir as necessidades da sociedade como um todo. O professor enfatiza que o Laboratório de Fotobiologia, coordenado por ele, é especialista em monitorar a incidência da radiação ultravioleta (UV) solar na latitude de Santa Maria, bem como também avaliar os diferentes tipos de lesões de DNA que essa radiação induz. “Temos muito orgulho desse projeto, pois a maior empresa de cosméticos do país confia em nossa tecnologia e investe nela, para avaliarmos os seus protetores solares que são vendidos no mercado nacional e internacional”, finalizou o docente.

Ao longo da graduação, André lembra de muitos professores que, além de exemplos, foram extremamente importantes para o início da construção da sua carreira e para o seu direcionamento para dar continuidade a sua formação acadêmica. Na pós-graduação, o professor conta que teve a chance de conviver com muitos pesquisadores importantes, mas seu maior exemplo é o Prof. Carlos Menck, seu orientador de Doutorado na USP. “O Prof. Menck me ensinou a encarar o ensino, a pesquisa e a extensão de forma extremamente profissional, mostrando que o maior objetivo dessas atividades não é a autopromoção, mas sim gerar conhecimento de alta qualidade e com impacto social e econômico, como também formar, com muita qualidade, os jovens que serão os responsáveis pelo futuro da nossa nação”.  

Nesses três anos de UFSM, o professor destaca que vem atuando de forma incansável nos três grandes pilares da Universidade Pública: o ensino, a pesquisa e a extensão. Atuando ainda em cargos de vice-coordenador e de coordenador de Programa de Pós-graduação, o docente afirma ficar honrado com o reconhecimento que recebe, pois já foi escolhido duas vezes Professor Homenageado pelos formandos do curso de Ciências Biológicas, além de ter recebido a indicação de “Mito Papo Reto Inspirador” na Cerimônia do Reconhecimento que aconteceu no início do semestre. “Ser professor é a melhor profissão do mundo, fico extremamente feliz com o retorno imediato dos alunos em sala de aula e, principalmente, pela confiança dos alunos que já orientei e oriento em meu laboratório. É maravilhoso saber que minhas ações profissionais e atitudes pessoais são reconhecidas e consideradas muito importantes para guiar a formação desses futuros profissionais”, finalizou André.

Texto por: Lucas Zimmermann, acadêmico de Comunicação Social – Relações Públicas e bolsista do Núcleo de Divulgação Institucional do CCNE

Revisão: Wellington Gonçalves, relações públicas do Núcleo de Divulgação Institucional do CCNE

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