Desde 2002 a Língua Brasileira de Sinais (Libras) é considerada como a segunda língua oficial do Brasil. Isso só foi possível através da Lei nº 10.436 que a reconhece “como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais – Libras e outros recursos de expressão a ela associados”. Ela também é, na maioria das vezes, a primeira forma de comunicação aprendida pelas pessoas surdas. Porém, a falta de um conhecimento maior sobre Libras, pela grande maioria das pessoas, dificulta a inclusão de quem depende dela para se comunicar.
Na universidade, a situação não é diferente, pois nem todos os servidores e alunos têm familiaridade com a Língua. Portanto, foi pensando nisso que a Biblioteca Setorial do CCNE realizou o evento “Vamos aprender Libras? ”, com a finalidade de trazer uma perspectiva histórica acerca da Libras e também propor discussões sobre o preconceito que atinge as pessoas surdas.
Os alunos presentes participaram de oficinas a respeito da Língua* dos sinais. Dentre elas, a sobre “mitos e verdade sobre Libras”, em que eles compartilharam suas visões, antes e depois de conhecerem a Língua. Assim como, puderam ter contato com a sinalização básica de Libras.
“Ter participado do evento “Vamos aprender libras” foi algo muito especial para mim. A tarde foi marcada por debates sobre a inclusão de pessoas surdas na sociedade, sobre a importância das leis que garantem os direitos dos cidadãos surdos, assim como, o do ensino de libras nas grades curriculares dos cursos de licenciatura da UFSM. ” Ressaltou Daniel Hoffmann, acadêmico de Licenciatura em Letras – Inglês.
Daniel destacou, ainda, a relevância de conhecer Libras, pois isso auxilia no preparo de futuros professores para dar suporte e criar maiores oportunidades para as pessoas surdas sentirem-se incluídas tanto na sociedade quanto no âmbito acadêmico.
Entre os aprendizados proporcionados aos participantes pelo evento, está o fato de que foram as pessoas que desenvolveram o mercado de trabalho e, portanto, é necessário respeitar as diferenças e garantir que o acesso a ele seja permitido a todos indivíduos.
*Errata: o termo linguagem foi equivocadamente utilizado no lugar de Língua na postagem original.
Texto por: Fabrício Simões Dias, acadêmico de Comunicação Social – Jornalismo e bolsista do Núcleo de Divulgação Institucional do CCNE
Revisão: Wellington Gonçalves, relações públicas do Núcleo de Divulgação Institucional do CCNE