Nos dias 29 de setembro e 06 de outubro, os integrantes do “Emprego de autômatos na contação de histórias” realizaram visita em duas escolas de Cachoeira do Sul: Colégio Totem e Escola Municipal de Educação Infantil Sonho Meu, respectivamente.
Nas oportunidades, os professores Ederval Lisboa, Gustavo Ramos e os estudantes Marcus Paulo de Oliveira e Vitor Bordignon, todos do curso de Engenharia Mecânica, entregaram autômatos que serão utilizados com as crianças das escolas. O modelo de autômato escolhido foi baseado na história “O Trenzinho do Nicolau”, da renomada escritora Ruth Rocha. A escolha da obra foi realizada em conjunto com direção e coordenação das entidades envolvidas, e com o apoio de pesquisadores da área pedagógica.
A ideia do projeto é possibilitar a materialização dos personagens, gerando nas crianças um maior encantamento pela história e consequentemente pela leitura. Os elementos são dinâmicos e não brinquedos estáticos, com movimento gerado a partir do giro de uma manivela pela criança. Para se chegar a esse ponto a criança precisará fazer a montagem de todo o conjunto. Os professores do projeto esclarecem que “a complexidade relativa da montagem torna importante a participação das famílias dos pequenos e, uma vez que estas “abracem” a ideia, a chance de êxito será muito maior”. Dessa forma, os autômatos são enviados desmontados às famílias, cabendo aos adultos do lar o apoio às crianças na montagem dos itens. Os elementos disponibilizados não contemplam vagões e locomotivas, apenas uma base com deslocamento sobe e desce numa plataforma, para dar a impressão do movimento do trem. Assim, é necessário que as crianças, com sua capacidade criativa, e empregando elementos que seriam descartados em casa, como caixa de fósforo, embalagem de tempero, tampinha de garrafas, etc., fixem sobre a plataforma tais itens, pintando e customizando segundo o próprio gosto. As pedagogas do projeto destacam que “além dos aspectos criativo e literário, o projeto trabalha a motricidade fina, algo essencial no desenvolvimento das crianças”.
No primeiro encontro, aconteceu a entrega dos kits nas escolas; no segundo, haverá oficinas de montagem e customização, para as famílias das crianças envolvidas no projeto. Outro destaque é que as crianças não precisarão devolver os brinquedos. Espera-se que de alguma forma esses elementos também possam lançar luz sobre a oportunidade de acesso ao ensino superior gratuito e de qualidade disponibilizado pelo campus de Cachoeira do Sul. O professor Ederval destaca que o assunto desenvolvido no projeto se ampara nos pilares da universidade: ensino, pois os acadêmicos de engenharia precisam conhecer programas para projetos mecânico, assim como a cinemática dos mecanismos; pesquisa, que que diz respeito a aspectos de otimização dos mecanismos, podendo empregar inclusive algoritmos de inteligência artificial; e extensão, quando a universidade consegue alcançar comunidade. “Apesar de todo esse trabalho de ensino, pesquisa e extensão , minha maior realização se dará quando um desses pequeninos ingressar em nosso curso, motivados pelo interesse despertado através dos brinquedos autômatos que entregamos”, complementa o professor Ederval.
