Considerada a 25ª universidade mais sustentável do Brasil pelo GreenMetric no ano passado, a UFSM tem investido cada vez mais em fontes de energia renováveis. Em 2021, a universidade conseguiu investimento para a implementação de mais duas usinas fotovoltaicas: uma no campus sede e outra em Cachoeira do Sul. O recurso veio em parte do Ministério da Educação (MEC), no valor de R$ 1,5 milhão. A segunda parte, no mesmo valor, é proveniente de recursos próprios.
“O MEC sinaliza para as universidades através de ofício, quando tem interesse em investir valores excepcionais em diversos tipos de ação, e cada universidade submete sua proposta. A UFSM foi contemplada”, conta a pró-reitora adjunta de Infraestrutura, Ísis Portolan dos Santos.
Os principais envolvidos no projeto são a Pró-Reitoria de Infraestrutura (Proinfra), professores do curso de Engenharia Elétrica (campus Santa Maria) e a empresa mineira Ownergy Soluções e Instalações Ecoeficientes, que já entregou usinas em outras universidades federais, como a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), no campus de Erechim. A empresa é responsável pela construção das duas usinas.
“A usina contará com uma estação de medição de temperatura e irradiância, e os dados da usina serão integrados ao supervisório energético da UFSM. Já foram instalados medidores em todos os prédios. Todos estão sendo monitorados no sistema supervisório energético da universidade”, comenta o professor Lucas Bellinaso, coordenador do projeto do campus sede, que está sendo realizado através da Fundação de Apoio à Tecnologia e Ciência (Fatec).
Em Santa Maria, a usina será implantada no Centro de Eventos, ao lado do Pavilhão Polivalente, com 5.852 m² de área. O campus de Cachoeira do Sul terá sua primeira usina fotovoltaica, com área de 10.307 m². Cada uma delas tem 400 kW de potência instalada.
O campus sede já possui uma usina em funcionamento, com potência de 100 kW. Esse projeto anterior foi submetido por professores da Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da UFSM por meio de edital da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que destina parte de seus recursos para o investimento em pesquisa. O projeto também visava um sistema de eficiência energética, incluindo troca de lâmpadas em salas de aula e iluminação pública.
Impactos – A estimativa é que a nova usina do campus sede vai gerar uma economia de até R$ 40 mil por mês, tendo de três a quatro anos para recuperação do investimento. A energia gerada será injetada na rede elétrica gerando créditos, que serão utilizados posteriormente para abater no valor total de energia consumida pela universidade. “A usina do campus vai ser uma usina de solo e vai reduzir o consumo geral da UFSM. A conta é única, não é por prédio”, complementa Bellinaso.
As licitações para as novas usinas foram feitas no ano passado. O projeto executivo está sendo elaborado pela Ownergy, empresa vencedora das concorrências. Após a aprovação pela UFSM, o projeto será encaminhado para a concessionária de energia. As vistorias já foram realizadas e a previsão para a conclusão das instalações é para outubro de 2021, com início do funcionamento imediato.
Texto: Tina Cambuy, acadêmica de Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias
Edição: Lucas Casali