“Conscientizar para uma resposta que seja realmente fidedigna quanto ao que ele pensa e sente enquanto aluno. É cultural. Nosso objetivo, agora, é ele perceber que uma avaliação como essa poderá vir em benefício do curso ou dos próximos alunos que vão frequentar aquela mesma sala de aula. Estamos buscando com ele qualidade, e assim é preciso representatividade, não levando em consideração apenas o número de respostas, e sim a qualidade das mesmas”. A declaração, proferida pela pró-reitora de Graduação, e coordenadora da Comissão Própria de Avaliação (CPA), Martha Adaime, refere-se à Avaliação Docente, que acontece até 15 de julho, na UFSM, e que não é obrigatória aos estudantes da Instituição, mas essencial para a validação dos resultados.
Resultados constituem o objetivo principal da ação: promover melhorias da prática pedagógica nos cursos, e de um modo geral, para a Instituição, além de servir de subsídios para a progressão do docente das classes A, B e C (professor Auxiliar, Assistente e Adjunto, respectivamente), tem como público-alvo todos os estudantes matriculados nos cursos de Graduação, Técnico e Médio, e será aplicada no final de cada semestre letivo. O instrumento de avaliação do docente pelo discente, disponível no Portal do Aluno, provém, em um primeiro momento, de uma determinação legal prevista pela Portaria 554/2013, que estabelece as diretrizes gerais para o processo de avaliação do desempenho de servidores pertencentes ao Plano de Carreiras e Cargos do Magistério Federal.
“Essa primeira edição” acontece em caráter experimental, ressalta Martha. “É um momento novo para a UFSM, com esse foco de além de promover a qualidade dos cursos, ainda incidir na progressão docente. Assim é arriscado usar um instrumento, já valendo. Então colocamos à disposição da comunidade acadêmica, faz uma espécie de pré-teste, ouve todas as sugestões, que já estão surgindo, para depois fazer uma correção do que se fizer necessário e aplicar no segundo semestre, daí sim para cumprir seu objetivo fim”, destaca ela.
Sigilo – Uma das preocupações que surgem desde o início da aplicação do questionário, dia 16 passado, é com relação à identificação do respondente (aluno). “O processo é obrigatoriamente sigiloso e não existe possibilidade de identificação do estudante pelo professor. Quem terá acesso ao resultado é o docente, que é o principal interessado, mas apenas em percentuais sobre determinada questão. Assim ele terá uma visão de como está sendo avaliado em tal ponto”, afirma Martha. Segundo ela, o chefe de Departamento, figura gestora, terá acesso ao mesmo conteúdo (percentuais) dos resultados, a fim de tomar conhecimento da situação dos professores vinculados a ele. “O chefe de Departamento conseguirá enxergar o docente, até para poder promover melhoria em relação aquele assunto específico”, argumenta a vice-coordenadorada Comissão, Marcia Lorentz. Para ela, de posse de tais informações, ele poderá, com a colaboração da Coordenação de curso, Comissão Setorial de Avaliação (CSA), Pró-reitoria de Graduação (Prograd), e Direção de Centro, contribuir no planejamento e na implementação de ações que busquem a qualificação e evolução do curso.
Os resultados também serão disponibilizados para os coordenadores de curso, bem como para a comunidade universitária interessada. Martha e Marcia acreditam que até o início do mês de setembro os resultados possam ser acessados pelos docentes, através do Portal do Professor.