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Série documental ‘O Que Tem Passado’ e UFSM: trajetórias compartilhadas

Episódios apresentam passado da região central do Rio Grande do Sul e modo como patrimônios se modificaram ao longo do tempo



A TV OVO lança, na próxima semana, uma série documental intitulada ‘O Que Tem Passado’. O projeto busca abordar pontos turísticos, preservação de memória e patrimônio e destacar locais importantes para a comunidade em cinco municípios da região central do Rio Grande do Sul. Para a produção dos episódios foram visitadas as cidades de Mata, São Martinho da Serra, Silveira Martins, Agudo e Santa Maria.

A roteirista Neli Mombelli, que também auxiliou na produção, co-direção e edição dos episódios, conta que a ideia surgiu a partir da necessidade de falar do passado para entender o presente e a construção do futuro. “‘O Que Tem Passado’ fala não só do passado que ainda resta no presente, mas como os patrimônios e as histórias se modificam e se transformam ao longo do tempo”, explica.

Descrição da imagem: colagem horizontal e colorida de pessoas e elementos. No lado direito da imagem, em destaque, três pessoas em frente a um arco azul. Elas estão sobre um gramado. Na parte inferior direita, Ilustração de um dinossauro cinza atrás de um homem, de costas e roupas escuras, que segura uma câmera preta. No centro inferior esquerdo, câmera preta grande com elementos como microfone e flash acoplados. No visor da câmera, uma mulher em meio a uma rua. Acima da câmera, a logomarca da "tv ovo", com a palavra 'tv' em verde claro e 'ovo' em azul. O fundo é composto pela imagem de seis pessoas em frente a uma bancada branca com objetos antigos, parede azul com quadros emoldurados. Há elementos de gravação, como câmeras, microfones e fones de ouvido.

Para guiar o espectador pelas diferentes cidades, a série conta com a participação de três personagens-pesquisadores: Manuela Fantinel, jornalista e cronista; Daniel Pereyron, arquiteto e urbanista; e João Heitor Macedo, historiador e arqueólogo. Com um desenvolvimento no estilo road movie (em que os personagens viajam para chegar aos diferentes destinos), os três pesquisadores, que trabalham em diferentes áreas, unem seus conhecimentos e constroem a narrativa de cada episódio, junto às relações que estabelecem ao longo do percurso com os patrimônios histórico-culturais e com os residentes de cada cidade. 

Neli Mombelli revela que, desde o início, pretendia-se contar essas histórias a partir do olhar de um jornalista para o presente, de um historiador para o processo histórico da sociedade e de um arquiteto, uma vez que as edificações representam modos de vida. No caso dos patrimônios, edifícios revelam muito sobre quais sociedades habitaram a região retratada na série.

As cidades que foram escolhidas para serem representadas na série documental contemplam, geograficamente, a região central do Rio Grande do Sul. A proposta é trazer a diversidade cultural dos municípios selecionados fazendo com que cada local ganhe visibilidade em um aspecto diferente, como a imigração alemã e italiana, a presença dos povos indígenas e a escavação de fósseis. 

Outro ponto importante para a construção dos episódios foi  a participação da comunidade. A série foi desenvolvida por meio de visitas aos locais escolhidos, em que foram ouvidos moradores, servidores de órgãos públicos e pesquisadores. O historiador João Heitor Macedo pontua que um dos cuidados está na construção de uma narrativa de fácil entendimento, para que o conteúdo seja acessível a todos: “Podemos sim levar a informação técnica e científica, mas tem que ser a linguagem de quem nos ouve, tem que ser a linguagem de quem nos conta; e isso vai aparecer na série”, ressalta.

Com a produção, também busca-se a valorização do patrimônio material e imaterial da região. Por meio do audiovisual, torna-se possível disseminar o conteúdo para um maior número de pessoas, a fim de fazer ele circular entre diferentes públicos de diversos locais. João Heitor destaca que a produção é uma síntese de várias narrativas em que a população é chamada a conhecer sua própria história. Dessa forma, a importância da preservação da memória ganha maior projeção e permite reflexões sobre como os diferentes patrimônios são tratados em cada município, a importância de cada local e a necessidade de fomentar o interesse público para o cuidado com a memória e a identidade. 

Além de todos os aspectos já elencados, outro elemento que se destaca em ‘O Que Tem Passado’ é que, de forma direta ou indireta, as cidades abordadas no documentário compartilham suas trajetórias com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) . Neli conta que a Universidade, apesar de não estar prevista nos episódios, aparece nas histórias contadas e na construção das cidades visitadas para a série documental. “Fomos nos dando conta da importância que a UFSM tem não só para Santa Maria, mas para toda a região central. Ela está presente em cada lugar, na vida individual e também coletiva”, lembra a roteirista. Abaixo, elencamos quatro espaços da Universidade que foram lembrados em diferentes episódios da série:

CAPPA

O Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia/Universidade Federal de Santa Maria (CAPPA/UFSM) foi criado com o objetivo de dar suporte à pesquisa paleontológica na Quarta Colônia, e abarca vários municípios da região. Dentre eles, a cidade de Agudo, destino dos personagens da série.


A criação da primeira unidade ocorreu em 2003, quando a Secretaria Executiva do Consórcio de Desenvolvimento Sustentável da Quarta Colônia (CONDESUS) elaborou o projeto “Parques Paleontológicos Integrados da Quarta Colônia” e deu início à construção do setor científico da unidade. A partir de 2010, o CAPPA passou a fazer parte da UFSM e, em 2013, passou a funcionar efetivamente como órgão suplementar do Centro de Ciências Naturais e Exatas (CCNE). A iniciativa tem como objetivo mapear novos sítios fossilíferos e monitorar os locais já conhecidos, além de coletar fósseis de vertebrados e plantas. Também proporciona a divulgação paleontológica/científica para a comunidade.

Descrição da imagem: fotografia horizontal e colorida de cinco pessoas em uma roda. Elas estão em segundo plano, sobre um gramado verde. Na frente, em primeiro plano, uma estátua de dinossauro. O fundo tem um céu azul com muitas nuvens brancas.

Jardim Paleobotânico

Outro local visitado pelos personagens da série documental é o Jardim Paleobotânico. Localizado em Mata, é um espaço ao ar livre para contemplação de fósseis vegetais. O Jardim ganha destaque pelo grande número de fósseis preservados e que podem ser observados ainda no solo, sendo considerado uma reserva protegida, a única do gênero no Brasil. Ele foi idealizado e criado no ano de 1980, a partir de uma parceria entre a UFSM e a Prefeitura Municipal de Mata, com o intuito de ser um campo de estudos, preservação e visitação. No ano de 2018, foi reconhecido como Patrimônio Histórico e Artístico do Estado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado do Rio Grande do Sul (IPHAE), dada sua importância como registro para compreender a evolução histórica da sociedade no contexto sul-rio-grandense.

Descrição

Museu do Imigrante

Desde março de 2021, o Museu do Imigrante de Silveira Martins passou a funcionar junto à UFSM Silveira Martins, nas dependências do prédio do antigo colégio Bom Conselho, edificação  tombada como patrimônio histórico. O museu tem por objetivo trabalhar para a preservação da memória dos imigrantes italianos da região. O acervo demonstra pontos importantes da vida de famílias que chegaram ao Rio Grande do Sul, como se estabeleceram na região e como aspectos culturais e identitários perpassam gerações. Por isso, fez parte da construção do episódio que conta sobre os patrimônios históricos, a imigração italiana, a gastronomia, além de resgatar lendas da cidade.

Arco da UFSM

Criada na década de 1960, a UFSM foi a primeira universidade no interior do país, o que representou um marco importante no processo de interiorização do ensino universitário público no Brasil. Na série documental ‘O Que Tem Passado’, foi contemplada de diferentes formas ao longo dos episódios, pelos olhos atentos de Manuela, Daniel e João Heitor.

 

No episódio protagonizado por Santa Maria, cada um dos atores escolheu um local que fosse a sua referência para contar a história do município. O lugar escolhido por João Heitor foi o Arco da UFSM, porque, segundo o historiador, muda e transforma a vida de todos aqueles que passam por ele. “Se eu tive o prazer de ser pesquisador das várias temáticas que são apresentadas na série é por tudo que eu vi, aprendi e vivenciei dentro da UFSM, e que ainda vivencio”, ressalta. Ele ainda destaca a Universidade como polo de conhecimento e catalisador de um processo de pesquisa, documentação e registro que contribui para o desenvolvimento da região. Por isso, a UFSM aparece como um capítulo importante na história narrada pela série documental.

Fomento à cultura e à acessibilidade

A série documental passou a ser produzida após o projeto ser selecionado  no edital da Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul (SEDAC), que recebe financiamento do Fundo de Apoio à Cultura (FAC Patrimônio). Para João Heitor, os editais de fomento à cultura são fundamentais: “Quanto mais for investido no setor da cultura, da economia criativa, da produção audiovisual, da produção de conteúdo – seja através da arte, literatura, escrita, música, estaremos dando vazão a uma produção que é científica, mas que chega à comunidade”, evidencia. 

Os episódios contam com recursos de acessibilidade, como tradução em Língua Brasileira de Sinais (Libras), audiodescrição e legendas descritivas. Dessa forma, a produção audiovisual busca promover o acesso ao público com deficiência auditiva ou visual, o que fomenta a inclusão social e a cidadania. A série documental estará disponível no canal do YouTube, no Facebook e no Instagram da TV OVO a partir da próxima semana (veja o cronograma abaixo). Além da circulação da série nas redes sociais, os cinco episódios, de cerca de 15 minutos cada, serão exibidos em TV aberta,  no Canal 18.2 da TV Câmara.

Cronograma de lançamento :
24/08 (quarta-feira): Teaser
25/08 (quinta-feira): Episódio sobre Mata
28/08 (domingo): Episódio sobre São Martinho da Serra
30/08 (terça-feira): Episódio sobre Silveira Martins
01/09 (quinta-feira): No Theatro Treze de Maio (presencial): exibição dos episódios sobre Agudo e Santa Maria
02/09 (sexta-feira): Episódio sobre Agudo
03/09 (sábado): Episódio sobre Santa Maria

 

 

Ficha Técnica:

Personagens

Manuela Fantinel – Jornalista

João Heitor Macedo – Arqueólogo e Historiador

Daniel Pereyron – Arquiteto e Urbanista

Direção

Neli Mombelli e Marcos Borba

Roteiro

Neli Mombelli

Pesquisa histórica

Nathália Arantes

Produção executiva

Marcos Borba

Produção

Neli Mombelli

Marcos Borba

Montagem

Neli Mombelli

Marcos Borba

Coordenação Geral

Oficina de Vídeo – TV OVO

Expediente:
Reportagem: Thais Immig e Milene Eichelberger, acadêmicas de Jornalismo e voluntárias;
Design gráfico: Noam Wurzel, acadêmico de Desenho Industrial e bolsista;
Mídia social: Eloíze Moraes, acadêmica de Jornalismo e bolsista; Alice dos Santos, acadêmica de Jornalismo e voluntária; Rebeca Kroll, acadêmica de Jornalismo e voluntária; e Gustavo Salin Nuh, acadêmico de Jornalismo e voluntário;
Edição de Produção: Samara Wobeto, acadêmica de Jornalismo e bolsista;
Edição geral: Luciane Treulieb, Mariana Henriques e Maurício Dias, jornalistas.
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