Dificilmente uma região ou país prospera e se desenvolve sem instituições de pesquisa relevantes, pois, o desenvolvimento social e econômico de um país está diretamente ligado à sua habilidade de criar e implementar soluções e tecnologias próprias. A transferência de tecnologia nas universidades desempenha um papel crucial nesse cenário, ao alavancar a pesquisa acadêmica para aplicações práticas e contribuindo significativamente para o desenvolvimento do país. Este processo envolve a transição de conhecimentos científicos e tecnológicos do ambiente acadêmico para o setor empresarial e industrial, protegidos ou não e, dessa forma, promove a inovação e impulsiona o progresso.
Existem diversas formas de transferência de tecnologia, incluindo: projeto de pesquisa e desenvolvimento, projeto de prestação de serviços, acordo de cooperação técnica, licenciamento, cessão, spin-off. Destaca-se que as universidades são meios para desenvolver tecnologias que possam contribuir com as modificações que o mercado necessita. Porém, não é uma prática trivial. Os desafios são diversos para conseguirmos converter de forma sistemática a nossa ciência e empreendedorismo em inovação e competitividade. Para que isso seja uma realidade, é necessário investir em pesquisa e desenvolvimento, capacitar cientistas e fomentar um ecossistema de inovação robusto, com a criação de centros de excelência e parcerias estratégicas entre setores acadêmicos, públicos e privados, essenciais para impulsionar o avanço tecnológico.
Alavancar os resultados, melhorar a qualidade de vida da nossa população, proporcionar o desenvolvimento econômico que esperamos, e fazer com que cada vez mais a ciência saia da bancada e chegue ao mercado das mais diversas formas, é o nosso compromisso enquanto Pró-reitoria de Inovação e Empreendedorismo (PROINOVA), criada em 2023 na UFSM para facilitar essas frentes. Cabe destacar que a universidade sozinha não consegue resolver essa questão, precisamos de governos que incentivem a inovação com programas prioritários e fontes de financiamentos, da indústria assumindo o protagonismo e investindo em desenvolvimento com universidades, e a sociedade fazendo sua parte sendo um grande cliente e exigindo cada vez mais que isso aconteça.
Texto: Lauren Lorenzoni, Coordenadora de Transferência de Tecnologia e Propriedade Intelectual da UFSM.