
A equipe Tau Rocket Team, vinculada ao Centro de Tecnologia (CT) da UFSM, está se preparando para disputar a LASC 2025 (Latin American Student Rocket Competition), que acontece entre os dias 5 e 8 de novembro na cidade de Iacanga (SP). Com cinco anos de existência, o grupo participa da competição com o foguete Quark 2 e o satélite Áquila, ambos frutos de pesquisas e desenvolvimento conduzidos por estudantes de diversos cursos da universidade.
A equipe surgiu em 2020, no meio da pandemia, a partir de um projeto da disciplina de ”Concepção, Projeto, Implementação e Operação (CPIO)” do curso de Engenharia Aeroespacial. Com o financiamento da Agência Espacial Brasileira, os estudantes desenvolveram tecnologias de propulsão sólida e híbrida, adaptando o projeto inicial desenvolvido na disciplina e estabelecendo as bases para a formação da Tau Rocket Team.

Atualmente, a Tau Rocket Team conta com 53 membros de diversos cursos da UFSM, orientados pelo professor Cesar Valverde, do Departamento de Engenharia Mecânica, especialista em propulsão. A equipe é organizada em subsistemas que incluem aerodinâmica e trajetória, eletrônica, estruturas, propulsão, recuperação, satélites, desenvolvimento de softwares internos e marketing.
“O nosso maior diferencial é a nossa estrutura organizacional. Tudo é muito bem documentado e estruturado, o que não encontramos em outras equipes da universidade”, destaca Nelson Netto, capitão da equipe Tau Rocket Team.
Na competição, a equipe disputará a categoria de 500 metros, com o foguete Quark 2, evolução do modelo de 2023, e levará pela primeira vez o satélite Áquila, desenvolvido para o monitoramento de rios e corpos d’água. O equipamento coleta dados ambientais durante o voo, como temperatura, umidade e nível de água, contribuindo para pesquisas de monitoramento fluvial. “O satélite conta pontos adicionais para o lançamento e amplia as missões que podemos realizar durante a competição. Aprendemos muito com os desafios do ano passado e estamos preparados para garantir que tudo funcione como planejado”, afirma Nelson.

Entre os principais desafios estão a performance do motor, sensível ao clima úmido de Santa Maria, e a integração de todos os subsistemas para garantir que o foguete retorne intacto ao solo. “Um bom desempenho é que todos os subsistemas funcionem perfeitamente: motor, aerodinâmica, eletrônica, recuperação e estruturas. Esse é o nosso objetivo”, completa o capitão.
A participação na LASC representa uma oportunidade para validar a qualidade técnica da equipe e fortalecer o reconhecimento do CT como referência em formação de engenheiros especializados. “Para mim, pessoalmente, é a confirmação de que todo o esforço até aqui valeu a pena”, acrescenta Nelson.

Texto por Lia Guerreiro, acadêmica de jornalismo, com supervisão da Subdivisão de Comunicação do CT/UFSM
Fotos: acervo pessoal da equipe TauRocket Team.
Fonte: Site do CT-UFSM