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Egresso da UFSM é o primeiro brasileiro no Colégio Europeu de Neurologia Veterinária

O médico recebeu o título em setembro de 2024



“Daqui para o Mundo”. Essa frase descreve bem a trajetória de Dakir Nilton Polidoro Neto, egresso do curso de Medicina Veterinária da UFSM, que hoje compõe o Colégio Europeu de Neurologia Veterinária. A Instituição busca reunir especialistas em neurologia veterinária a fim expandir conhecimentos sobre patologias, diagnósticos, tratamentos e como a cirurgia cerebral pode contribuir no controle de doenças que afetam o sistema nervoso de animais.

Neurologia tem sido uma paixão de longa data para Dakir. Seu interesse na modalidade iniciou ainda na graduação, quando atuou como bolsista de Iniciação Científica na área da neurologia veterinária. “Na época, eu consegui a oportunidade de estagiar com o professor Alexandre Mazzanti. Foi aí que abracei a neurologia e sabia que ia ficar na área”, conta.

Alexandre Mazzanti é professor titular da UFSM e realiza pesquisas sobre neurologia/neurociência. Dakir revelou que Alexandre “apoiou a trajetória desde o início, quando oportunizou estagiar com ele”. Entre 2012 e 2013, após finalizar a graduação em 2011, o veterinário realizou o internato na Faculdade de Medicina Veterinária de Hannover, na Alemanha, e posteriormente, entre 2014 e 2016, fez mestrado pelo Laboratório de Cirurgia Experimental da UFSM com ênfase em Neurologia Clínica e Cirúrgica.

83ª turma de Medicina Veterinária da UFSM. Dakir é o 4º, na terceira fileira de baixo para cima, da direita pra esquerda
Dakir recebeu o título de Mestre pela UFSM. Na foto, ao lado dele, estão Lucas Colomé, neurologista no Rio Grande do Sul, Rafael Fighera, professor de patologia da UFSM e o professor Alexandre Mazzanti.

Em 2017, Dakir ingressou na residência em neurologia na Universidade de Ghent, na Bélgica, onde mora desde então. “Quando finalizei o programa em 2021, consegui atingir os pré-requisitos para realizar a prova do Colégio”, explica. 

No início de 2024, o médico foi aprovado nos exames da Instituição e recebeu o diploma de membro do Colégio Europeu de Neurologia Veterinária, durante o 36º Simpósio do Colégio, em setembro de 2024. “Além do prestígio, há uma grande busca por profissionais com esse título, então surgem muitas oportunidades”, acrescenta.

Cruzando barreiras

Para ingressar na residência fora do país, Dakir aprendeu a falar holandês, o que representou um grande desafio. Em paralelo com a chegada do título, o médico também tornou-se o primeiro brasileiro a ser membro da Instituição, o que para ele “é algo muito representativo, até porque são muitas barreiras. Tanto no idioma quanto nas diferenças culturais dificultaram a experiência até conseguir me adaptar”, comenta.

Dakir frisou a importância do apoio recebido ao longo de sua trajetória. “Minha família sempre me deu suporte, ainda mais na questão de estudar fora do país”, afirma. “Tenho muito a agradecer à UFSM por toda minha trajetória, especialmente ao professor Alexandre, e a abertura que a Universidade me deu para crescer como estudante de Medicina Veterinária”, complementa o neurologista.

Texto: Pedro Moro, acadêmico de Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias
Fotos: Arquivo pessoal
Edição: Mariana Henriques, Jornalista

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