A FAO e o Governo do Brasil realizaram a primeira pesquisa regional sobre as mulheres rurais artesãs da cadeia do algodão
Mais da metade das mulheres artesãs neste setor são chefes de família. As necessidades de inovação em técnicas artesanais e mercados foram identificadas.
Uma pesquisa regional com cerca de 200 mulheres artesãs que trabalham na cadeia de valor do algodão na América do Sul teve como objetivo identificar a situação destas mulheres, seus papéis, obstáculos e desafios na atividade artesanal, especialmente no setor algodoeiro. Entre os resultados sociodemográficos, destaca-se que 55% das mulheres que responderam à pesquisa são chefes de família, demonstrando seu papel crucial no sustento de suas famílias. Além disso, em termos de acesso à tecnologia, os dados coletados destacaram a importância dos dispositivos móveis, com 82% das entrevistadas tendo acesso a telefones celulares na região.
A pesquisa foi realizada como parte da estratégia de gênero do projeto +Algodão e em apoio à Rede Latino-Americana de Mulheres do Algodão. Além disso, a pesquisa faz parte de uma etapa de diagnóstico da iniciativa “Laboratórios de Inovação”, implementada pelo projeto em colaboração com o Instituto Paraguaio de Artesanato (IPA) e o Centro de Inovação Tecnológica Turística Artesanal Sipán (CITE Sipán do Peru), com apoio técnico da Secretaria Nacional de Economia Popular e Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego (SENAES/MTE) do Brasil e da Empresa de Assistência Técnica de Extensão Rural (Emater) de Minas Gerais/Brasil, entre outros parceiros.
O projeto +Algodão é uma iniciativa de cooperação Sul-Sul realizada há 10 anos pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e pela Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores (ABC/MRE), em parceria com sete países: Argentina, Bolívia, Colômbia, Haiti, Equador, Paraguai e Peru.
Fonte: https://www.fao.org/in-action/programa-brasil-fao/noticias/ver/pt/c/1657977/