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25 Estados do País e o DF sofrem apagão

No dia 15 de agosto de 2023, 25 estados do Brasil e o Distrito Federal foram afetados por um apagão, com exceção de Roraima. Isso porque esse estado não faz parte do Sistema Interligado Nacional, responsável por transmitir energia para todo país. Essa falha teria acontecido às 08:31 da manhã, e segundo o ministro do Ministério de Minas e Energia, Alexandre Silveira, foi ocasionada por uma sobrecarga no estado do Ceará. De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), com esse fato, 23.368 megawatts (MW) de energia foram interrompidos. Para evitar que essa situação não se espalhasse, foi necessário realizar, de forma proposital, uma desconexão no sistema elétrico que liga as regiões Sul e Sudeste do país ao Norte e Nordeste. A situação foi totalmente normalizada às 14:49 do mesmo dia. No dia 18 de outubro, foi divulgada a versão final do Relatório de Análise de Perturbação (RAP), que investigou o incidente. Segundo o RAP, a principal causa do evento foi o desempenho de mecanismos de usinas solares e eólicas, que deveriam compensar uma queda de tensão na linha Quixadá-Fortaleza II.

 

Causas: Queda de tensão causada por uma abertura da linha de transmissão Quixadá-Fortaleza II.

Mecanismos de controle de tensão de usinas solares e eólicas próximas, encarregados de compensar a queda do primeiro evento, que não funcionaram como o previsto.

 

Gerenciamento: Restabelecimento da energia.

Instauração de uma “sala de situação” para gerenciar a normalização da situação.

Investigação das causas do acontecido.

 

Comunicação: O ONS, por meio de uma nota, confirmou a interrupção de 16 mil MW no Nordeste e Norte do Brasil, por conta da abertura da interligação entre Sudeste e Norte, e informou que as motivações do evento estavam sendo levantadas.

O Ministério de Minas e Energia (MME) confirmou o ocorrido, e que estava operando para o restabelecimento da carga. Também informou a criação de uma sala de situação para analisar o apagão.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) publicou que, durante a Reunião Pública Ordinária da Diretoria da ANEEL, o diretor-geral Sandoval Feitosa garantiu que providências estavam sendo tomadas para restabelecer a energia.

Em outra nota de esclarecimento, o ONS informou que assim que tomou conhecimento do ocorrido, começou o restabelecimento da energia, que até às 12:25 do mesmo dia, já tinha sido concluído nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, e nas capitais do Nordeste. Parte da energia do Norte e do Nordeste também já estava normalizada.

O MME também confirmou o processo de retomada da energia, enfatizando a liderança do ministro Alexandre Silveira nessa operação.

No mesmo dia, o ONS ainda informou, em nota, a conclusão do restabelecimento da energia às 14:49. No Sudeste e Centro-Oeste, esse processo foi concluído às 09:33, enquanto no Sul ocorreu às 09:05. A ANEEL também confirmou a conclusão.

O MME confirmou o restabelecimento do sistema e informou que o ministro Alexandre Silveira concederia uma coletiva de imprensa, no mesmo dia, para tratar do ocorrido. Nesse evento, o ministro garantiu a segurança do SIN e negou a falta de suprimentos de energia, destacando também a raridade do acontecimento.

No dia seguinte, o ONS confirmou que a origem do apagão foi uma abertura indevida na linha de transmissão Quixadá-Fortaleza II, mas que esse evento isolado não seria capaz de causar o ocorrido. Assim, seguiam buscando as causas e consequências do acontecimento, que seriam expostas em um Relatório de Análise da Perturbação (RAP).

O MME confirmou a convocação do ministro para uma reunião extraordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), a fim de investigar o ocorrido. O ministro se encontrou com o Diretor-Geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, a fim de amplificar as investigações, e também destacou a importância de um retorno à sociedade, ao apurar as causas do apagão.

No dia 17 de agosto, o ONS informou que, no dia anterior, foi publicado e apresentado ao CMSE, um relatório com as informações do incidente.

O MME confirmou a divulgação do relatório técnico, que foi elaborado pelo ONS por determinação do ministro Alexandre Silveira.

No dia 25 de agosto, o ONS confirmou a realização da primeira reunião a fim de elaborar o RAP. Nesse mesmo dia, ainda informou que análises preliminares tinham sido relatadas na reunião, ressaltando, como segundo evento das causas do ocorrido, uma falha nos equipamentos de fontes próximas à linha de transmissão Quixadá – Fortaleza II.

No dia 29 de agosto, o ONS informou que a primeira reunião do RAP estava disponível ao público.

No dia 31 de agosto, o ONS confirmou a realização da segunda reunião do RAP, realizada no dia 1 de setembro.

No dia 1 de setembro, o ONS informou que a atuação do Esquema Regional de Alívio de Carga, ao equilibrar a geração de energia com a carga, fez com que 70% da energia fosse preservada.

No dia 4 de setembro, o ONS confirmou a disponibilidade, para o público, da segunda reunião do RAP.

No dia 25 de setembro, o ONS informou a entrega da minuta do RAP aos envolvidos no acontecimento. Além disso, após apuração de dados, confirmou que, no dia do acontecido, foram interrompidos 23.368 MW de energia.

Em 09 de outubro, o ONS informou que uma nova edição do RAP tinha sido publicada, na qual 296 contribuições de 23 agentes foram estudadas. Segundo o ONS, a versão confirma a minuta do RAP, que apontou que o evento ocorreu devido ao desempenho de equipamentos de controle de tensão, que teriam de compensar a queda de tensão oriunda da abertura da linha de transmissão, porém não funcionaram como o previsto. Esses equipamentos estavam vinculados a parques fotovoltaicos e eólicos no âmbito da Linha de Transmissão Quixadá-Fortaleza II, localizada no Ceará. Nesse documento, declarou o ONS, foram elaboradas algumas medidas a serem tomadas pelos agentes até 2024, como realizar ajustes em proteções e validar os modelos matemáticos dos geradores fotovoltaicos e eólicos. Por fim, o ONS afirmou seu compromisso com a confiabilidade e segurança do sistema elétrico do país, e disse que prosseguirá investindo para modernizar seus processos, a fim de evoluir o setor a favor da sociedade.

O ONS revelou, em 18 de outubro, a finalização do RAP, que confirmou as causas do evento que já tinham sido apontadas na minuta do relatório. Com isso, agradeceu os profissionais que contribuíram para desenvolver o documento, destacando que esse trabalho oferece novas visões para a gestão do sistema elétrico e recomendações equiparadas às transformações sofridas pelo segmento.

 

Consequências e Impactos: Diversos estados sentiram os impactos do apagão. Estados como o Pará, Alagoas e Amapá tiveram seus sistemas de abastecimento de água afetados por esse acontecimento. Além disso, linhas de metrô de São Paulo, Salvador e Belo Horizonte, por exemplo, sofreram com a falta de energia. Algumas linhas precisaram suspender suas operações ou funcionar com menor velocidade. Impactos também foram sentidos no trânsito, pois semáforos pararam de funcionar em diversas regiões do país. Escolas, hospitais e comércios em geral também precisaram suspender suas atividades, devido à falta de fornecimento de energia para o funcionamento de equipamentos eletrônicos.

 

Aprendizados:

Criação de uma sala de situação permanente.

A ONS afirmou que, para garantir o fornecimento adequado de energia, adotou “condições mais conservadoras”, até que sejam apuradas as causas do acontecimento. Com isso:

A carga das linhas de transmissão foi reduzida.

As manutenções programadas foram adiadas.

 

Algumas providências já foram tomadas, por exemplo:

A base de dados oficial do ONS foi adaptada, a fim de representar o desempenho dos parques, para usá-los em estudos operacionais.

 

Algumas providências que serão executadas até 2024:

Realizar ajustes em proteções.

Validar os modelos matemáticos dos geradores solares e eólicos.

Resolver questões relacionadas à comunicação com os agentes, quanto à retomada da energia.

 

Confira a cronologia do ocorrido.