Até então, para que a população recebesse alertas de emergência contra desastres era preciso cadastrar-se em sistemas da Defesa Civil ou de institutos de meteorologia, via Whatsapp, Telegram ou SMS por exemplo. A partir do dia 10 de agosto, com a implementação da tecnologia cell broadcast no Brasil, parecida com a utilizada em outros países como Estados Unidos e Japão, isso não será mais necessário. Trata-se do Defesa Civil Alerta, sistema que será acionado na fase de preparação a fim de informar a população sobre alguma situação de risco.
Conforme o Ministério de Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), a tecnologia de informação envolvida na criação do sistema foi desenvolvida pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em parceria com o Ministério das Comunicações (MCom) e das quatro grandes empresas de telefonia que atuam no país. Ela traz avanços significativos na emissão de alertas, porque emitirá alarme com aviso sonoro, mesmo quando o celular estiver no modo silencioso, sobrepondo-se a qualquer conteúdo em uso na tela para exibir a mensagem de alerta. Com essa modernização, os residentes em áreas de risco receberão as mensagens sem a necessidade de qualquer tipo de cadastro.
Algumas das principais melhorias do novo sistema:
- não dependência de cadastro prévio dos consumidores;
- alcance instantâneo dos celulares das pessoas que estiverem, naquele momento, encampados nas antenas de telefonia da região em risco (geolocalização), seja morador seja visitante, inclusive turistas estrangeiros;
- alarme com aviso sonoro mesmo quando o celular estiver em modo silencioso;
- sobreposição da mensagem de alerta na tela do aparelho celular (notificação pop-up) independentemente do conteúdo que estiver em uso.
Piloto será implementado em 11 cidades a partir do dia 10 de agosto
A nova tecnologia, criada em parceria da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e das quatro grandes operadoras de telefonia, será executada de forma assistida em 11 municípios brasileiros inicialmente. São eles: Roca Sales (RS), Muçum (RS), Blumenau (SC), Gaspar (SC), Morretes (PR), União da Vitória (PR), São Sebastião (SP), Cachoeiro do Itapemirim (ES), Indianópolis (MG), Petrópolis (RJ) e Angra dos Reis (RJ). Posteriormente, a implementação será ampliada em território nacional ao longo dos próximos anos.
Segundo Tiago Molina Schnorr, coordenador-geral de Gerenciamento de Desastres da Defesa Civil Nacional, a nova tecnologia representa um salto, um novo paradigma em termos de proteção: “Como ela não prevê a necessidade de cadastro, toda a população brasileira, a partir de uma situação crítica que seja detectada, vai receber, em seu celular, notificações e dicas de como se autoproteger em situações de desastres”.
(Com informações do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional/Defesa Civil Nacional)