Diante da ineficiente gestão de crise por parte do Poder Público e da disseminação desenfreada de desinformação durante o período em que o Rio Grande do Sul enfrenta os impactos da crise climática, realizamos uma curadoria de textos a fim de subsidiar a discussão sobre o papel da comunicação neste cenário.
Trata-se de matérias, artigos, orientações, recomendações e reportagens de jornalistas, pesquisadores e especialistas que abordam sob a perspectiva comunicacional temas que se relacionam com o contexto do desastre no Estado do RS.
Risco, crise, desinformação, gestão, cobertura midiática e jornalismo são alguns dos temas abordados nos textos elencados pelo Observatório da Comunicação de Crise a fim de contribuir para uma reflexão séria e propositiva neste momento.
“Enquanto a chuva cai sem parar, a imprensa busca, em tempo real, dimensionar os impactos do que esse fenômeno climático extremo significa no cotidiano das pessoas”.
(Por Clara Aguiar e Eloíse Beling Loose)
“A comunicação sobre tragédias no Brasil é feita de forma emergencial, faltam planos claros de evacuação para a população e não há comunicação preventiva de desastres.”
(Por Lara Ely)
“Ao influenciar a política nacional por meio da disseminação online, a desinformação climática se tornou um dos principais motores da tragédia”.
(Por NetLabs UFRJ)
“O que mudou com os novos cenários de risco é que hoje todos somos vulneráveis. Democraticamente vulneráveis”.
(Por Rosângela Florczak)
“Toda tragédia ou desastre, como a atual calamidade no Rio Grande do Sul, que chega a mobilizar a sociedade e unir as atenções, trará sempre consigo uma realidade alternativa, paralela, criada por redes de desinformação.”
(Por Natalia Viana)
“Apesar da visibilidade que adquiriu no principal telejornal brasileiro, as críticas ao jornalismo na cobertura deste evento são diversas e não são de todo infundadas”.
(Por Débora Gadret)
“As orientações foram formuladas sob a perspectiva comunicacional e são voltadas à população, às organizações públicas e privadas, governos e aos veículos de comunicação”.
(Por Observatório da Comunicação de Crise)
“Comunicação de alertas e postagens nas redes sociais geraram saída às pressas de bairros; governo estadual diz evitar a disseminação do pânico”.
(Por Priscila Mengue)
“Neste debate, o jornalismo tem uma importante função ao aprofundar o tema e não apenas cobrir as consequências”.
(Por Débora Gallas e Janaína Capeletti)
“Todas as regiões do Brasil, uma vez ou outra, acabam enfrentando situações semelhantes. Enquanto os governantes estão agindo só na hora da contenção de danos ou reparação, que é lenta, desorganizada e incompleta, e não da prevenção”.
(Por João José Forni)
“Foi preciso uma catástrofe ambiental para ressuscitar aqui, o jornalismo de qualidade. Aquele jornalismo de valores-notícias inquestionáveis, honestos e verdadeiros. Aquele jornalismo que ensinamos nas universidades, mas que nem sempre o mercado de trabalho está disposto a praticar”.
(Por Zelia Leal Adghirni)
“Conjunto de recomendações da ANK Reputation auxilia empresas e líderes a orientar equipes internas, assim como seu posicionamento institucional, durante o momento de crise que vive o Estado”.
(Por ANK Reputation)
“Produtores de conteúdo e influenciadores digitais contam a partir de agora com um manual para ajudá-los a difundir informações com fontes confiáveis e verificadas em momentos de crise”.
(Por Flávia Albuquerque)
“Fato é que prevenção terá sempre menos visibilidade e dará menos retorno de reconhecimento do que as medidas reativas.”
(Por Otávio Novo)
“Durante vários dias, observou-se a mobilização de agentes públicos e privados que foi deslocada para o acompanhamento da situação do cavalo, nomeado Caramelo, como uma testemunha do drama que perdura por semanas”.
(Por Ada Cristina Machado da Silveira e Mauricio de Souza Fanfa)