No último domingo (16/04), foi realizado o primeiro encontro presencial da Teia dos Povos da Região Central do Rio Grande do Sul, em Silveira Martins.
A Teia dos Povos é uma articulação de comunidades, territórios, povos e organizações políticas, rurais e urbanas, que se organiza enquanto núcleos de base e elos, visando formular os caminhos da emancipação coletiva. Isto é: em forma de uma verdadeira aliança solidária Preta, Indígena, Camponesa e Popular.
A Teia é idealizada com fulcro em três princípios fundantes: i) terra e alimento como princípio filosófico e de vida, que se constrói através da solidariedade irrestrita aos movimentos pela defesa da territorialidade, tendo como instrumento a pedagogia do exemplo; ii) o trabalho e o estudo para liberdade que possibilite a construção de um novo modo de vida, desconstruindo a herança dos modelos capitalista, racista e patriarcal, e; iii) reafirmar o olhar ancestral na edificação de um novo tempo, contextualizado à nossa forma.
Na Região Central do Estado, a articulação é composta pelas comunidades quilombolas da Quarta Colônia e de São Sepé, pelo assentamento rural Carlos Marighella e pela ocupação urbana Vila Resistência de Santa Maria, pela comuna Pachamama de São Gabriel, entre outras organizações, indivíduos e comunidades que se somam nessa luta.
Nesse sentido, a Universidade compõe um dos elos dessa rede, auxiliando na conexão e fornecendo apoio aos núcleos de base da Teia, atuando como parceiro-coadjuvante nas demandas comunitárias. Assim, o NIIJuC/R esteve presente no encontro, e fornece apoio às organizações através do Projeto – em desenvolvimento – DNÁfrica, que visa institucionalizar um espaço físico/virtual de referência para a ancestralidade negra, em termos de estudos e registro sobre a contribuição de suas comunidades para o desenvolvimento do Brasil. O projeto é sediado no Espaço Multidisciplinar da UFSM em Silveira Martins, pois tem foco nas comunidades negras da Quarta Colônia