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O caminho em direção à justiça de gênero



Créditos: Débora Islas, via CLAUDIA

Como parte das ações do Mão na Mídia, apoiado pelo edital do Observatório de Direitos Humanos da UFSM, o 17º EcoVozes foi ao ar na Rádio Comunitária de Frederico Westphalen em 4 de outubro de 2023. Neste episódio, o foco foi a implementação da justiça de gênero na sociedade. Nele, a professora do Departamento de Comunicação da UFSM/FW, Vera Martins, compartilhou sua trajetória na área de comunicação e analisou como as questões de gênero são discutidas na sociedade.

A luta pela igualdade de gênero e pela maior participação das mulheres na esfera social remonta ao século XVI, desde as perseguições às bruxas até os dias de hoje. Muitos direitos foram conquistados desde a primeira onda feminista, incluindo o direito ao voto (1932), o reconhecimento legal da igualdade entre homens e mulheres (1988) e a Lei Maria da Penha (2006), destinada a combater a violência contra a mulher. No entanto, ainda existe um longo caminho a percorrer para que a cultura patriarcal seja completamente superada e as mulheres alcancem a equidade de direitos em sua plenitude.  “Há todo um protocolo social do que significa ser mulher e do que significa ser homem. E isso é feito na nossa sociedade de forma desigual? Onde os homens têm muitos privilégios e as mulheres são ensinadas a ficar em segundo plano, é por isso que essa discussão é importante”, relata Martins.

A professora enfatiza a importância de reconhecer os privilégios dos homens e as injustiças que deles decorrem como um primeiro passo para promover discussões de gênero qualificadas. Ela destaca que buscar a justiça envolve reconhecer que os homens têm privilégios e que é necessário retirá-los. No entanto, essa abordagem pode afastar alguns homens das discussões feministas, pois muitos resistem a abrir mão de sua posição de poder. 

Martins aponta que outro passo crucial é ampliar a representatividade feminina em todos os espaços sociais, permitindo que meninas e mulheres se vejam em diversas áreas, incluindo a academia e a política. Ela ressalta que é fundamental que as mulheres estejam presentes para que um novo imaginário social sobre o papel feminino seja construído. “Como que uma menina vai imaginar que ela pode aspirar uma carreira de astronauta, de pesquisadora da NASA, de piloto de Fórmula 1, de jogadora de futebol ou de presidente da república se ela não vê outras mulheres fazendo isso?”, ela questiona.

Esse debate faz parte das ações do Programa de Extensão Mão na Mídia. Por isso, em parceria com o Observatório de Direitos Humanos da UFSM, foi implementado um projeto de educomunicação e direitos humanos na Escola Estadual de Educação Básica Sepé Tiarajú em Frederico Westphalen. Nas oficinas, são discutidos os temas sobre justiça de gênero, igualdade racial e o combate à LGBTfobia. O objetivo central é incentivar os alunos do 2º ano do ensino médio à reflexão social sobre as questões sociais cotidianas e como estas são abordadas pelas mídias. 

 

Por Thayssa Kruger, Bolsista do Mão na Mídia

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