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A importância do letramento racial na educação midiática



Créditos: Salma Cherni, via Pinterest

Fazendo parte das ações do Mão na Mídia, apoiadas pelo edital do Observatório de Direitos Humanos da UFSM, em 30 de agosto foi ao ar o 14º programa do EcoVozes na Rádio Comunitária de Frederico Westphalen. Neste dia, o produto sonoro abordou o combate ao racismo estrutural na comunicação. A estudante de relações públicas da UFSM/FW, Luana Keny, compartilhou sua trajetória na área de comunicação e analisou a forma como as questões raciais são discutidas no campo da comunicação.

Apesar de celebrarmos a abolição da escravatura no Brasil há mais de 130 anos, é evidente que as consequências desse período persistem na sociedade atual. Embora existam políticas públicas que promovam a inclusão e o respeito à diversidade, o racismo estrutural, profundamente enraizado na cultura popular, continua sendo um desafio significativo. Ele se manifesta em manchetes de jornais, na perpetuação de estereótipos preconceituosos em telenovelas, no apagamento de pensadores e cientistas negros e negras, e na exclusão da agenda antirracista nas universidades. Segundo relata Keny, estudante negra: “Você não tem estudantes que te representem, você não tem professores que te representem, não tem uma cultura que te represente”.

O primeiro passo a ser dado pelas pessoas brancas é o reconhecimento de seus privilégios e preconceitos. Através da autocrítica, todas e todos podem buscar a alfabetização racial. É impossível combater o racismo sem se conscientizar de sua posição privilegiada, onde as oportunidades são mais amplas, a inclusão é garantida e toda uma cultura está a seu favor.

Para Keny, a abordagem mais clara para combater o racismo envolve integrar o letramento racial e a educação midiática desde cedo. Assim como aprofundar as pautas raciais e incluir autores negros na educação básica e no ensino superior. “Quantas pessoas que você conhece na área de comunicação são negras? Quantas pessoas dentro da universidade, que estão formando futuros comunicadores, discutem essas questões?”, ela questiona.

É pensando nisso que a professora Cláudia Herte de Moraes idealizou o programa de rádio EcoVozes Mão na Mídia, em parceria com a Rádio Comunitária, que tem como objetivo promover diálogos com a população de Frederico Westphalen sobre questões da Agenda 2030, que envolvem temas raciais, ambientais e de gênero. O programa recebe professores da UFSM/FW, estudantes e especialistas para debater sobre os mais diversos assuntos, colocando em prática a educomunicação. Ele é transmitido todas às quartas-feiras, às 15h15. Também é possível escutar por meio do site www.comunitária.com.br.

 

Thayssa Kruger – Bolsista

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