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GuriasTec: UFSM desenvolve projeto de equidade de gênero na área de tecnologia

Projeto surgido em parceria do CT com o CCNE envolve várias unidades da UFSM e terá financiamento do CNPq.



A partir de uma percepção de escassez nas representações femininas, em especial negras e indígenas, no ambiente universitário, especialmente nas áreas de tecnologia, surge um novo projeto da UFSM. Trata-se do projeto GuriasTec que, em parceria com a rede pública de educação básica, visa atenuar essa defasagem por meio da construção coletiva. O projeto envolve dois grandes centros de ensino da UFSM, o CT e o CCNE, e quatro escolas públicas, todas localizadas em regiões periféricas. Recentemente, o projeto foi aprovado na chamada pública Meninas nas Ciências Exatas, Engenharias e Computação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e terá financiamento do CNPq.

Com o objetivo de potencializar o protagonismo social de meninas e mulheres de escolas da periferia de Santa Maria, o projeto GuriasTec busca incentivar o interesse de alunas no ingresso, formação, permanência e ascensão em carreiras nas áreas de Ciências Exatas, Engenharias e Computação. O público de interesse são estudantes de escolas públicas do Ensino Fundamental e Médio, especialmente aquelas em situação de vulnerabilidade, com a finalidade de compartilhar experiências e aprendizados, difundindo o conhecimento das profissões científicas e tecnológicas em uma linguagem acessível.

Fotografia retangular e colorida de seis mulheres em frente a um quadro de giz com desenhos e escritos. São todas mulheres brancas, que sorriem amplamente. Estão todas sentadas em uma espécie de sofá. Duas estão no assento e as outras ao redor dele. No fundo, quadro preto do tipo giz com vários desenhos pequenos e anotações.
Servidoras participantes do projeto GuriasTec. Na foto, da primeira fila, da esquerda para a direita, as servidoras Eliane Cristina Amoretti e Lais Helen Loose. Na segunda fila, da esquerda para a direita, Evelyn Paniz Possebon, Marcia Pasin, Andrea Schwertner Charão e Jaqueline Quincozes da Silva Kegler

Contexto de surgimento do projeto

Santa Maria é um polo de educação, com cerca de dez instituições de ensino superior. Dentre elas, a UFSM tem um lugar de destaque, por ser uma instituição pública, com infraestrutura, apoio socioeconômico e ensino de qualidade em diferentes áreas e níveis. Por isso, é dela que se espera o início de movimentos para transformação da realidade, com um olhar cuidadoso para as vulnerabilidades socioeconômicas e étnico-raciais. Dada a realidade de vulnerabilidade das regiões periféricas da cidade, é especialmente importante que, nessas regiões, as meninas sejam estimuladas a perceberem e a buscarem novas possibilidades; para que seja expandido o mundo em que elas se percebem fazendo parte e, por consequência, possibilitando a mudança de suas realidades educacionais e sociais.

Dentre os cursos da UFSM na área de Ciências Exatas (Matemática, Química, Física e Estatística), de Engenharias (Elétrica, Civil, Química, Mecânica, Ambiental e Sanitária, Produção, Controle e Automação, Acústica, Computação, Aeroespacial e Telecomunicações); de Computação (Ciência da Computação e Sistemas de Informação) e de Arquitetura e Urbanismo, apenas 29,85% dos ingressantes foram mulheres no período de 1970 até o momento.

Na análise curso a curso, é possível identificar que em alguns o percentual de mulheres ingressantes não chegou a 20% – o curso de Engenharia Mecânica tem o menor percentual (8% de ingressantes femininas). Mesmo no curso de Arquitetura e Urbanismo, que tem a maior procura por mulheres (cerca de 75% de ingressantes femininas no período analisado), as professoras enxergam a necessidade de uma mudança para além do ingresso, uma mudança estrutural na sociedade e nas instituições – o que justifica o seu engajamento no projeto.

Em relação à representatividade feminina nos departamentos didáticos, o Centro de Tecnologia possui em seu quadro docente apenas 28% de mulheres, enquanto que no Centro de Ciências Naturais e Exatas, considerando os departamentos de Estatística, de Química, de Física e de Matemática, é de apenas 35%. A representatividade de negras e indígenas é irrisória. Considerando que, para ingressar na carreira docente na Instituição é necessário um alto nível de escolaridade (doutorado) é possível perceber como o percurso é ainda mais complexo para as mulheres negras e indígenas.

Logo, o contexto aponta que ainda é necessário um esforço conjunto para a criação e/ou a consolidação de políticas e de estímulos que tornem as áreas em questão de interesse de atuação das meninas. Para além do ingresso delas na Educação Superior, seja ele pelo sistema de cotas ou universal, faz-se necessário minimizar as possíveis distorções, preconceitos e dificuldades oriundas de suas bagagens pessoais, de modo a não afetarem o seu desempenho acadêmico. Nessa conjuntura, ampliar a conexão da sociedade com a UFSM, em especial das meninas, se faz pertinente e urgente.

O projeto

O GuriasTec é uma iniciativa de docentes e técnicas administrativas em educação (TAEs) do Centro de Tecnologia (CT) e do Centro de Ciências Naturais e Exatas (CCNE) da UFSM. Atualmente, integra em sua equipe 23 servidoras das unidades de ensino já citadas e do Centro de Educação (CE), Centro de Ciências Sociais e Humanas (CCSH) e Coordenadoria de Ações Educacionais (CAED).

Além da equipe da UFSM, o projeto conta com a participação do Núcleo de Tecnologia Educacional Municipal de Santa Maria (NTEM) e das seguintes escolas municipais: Escola Municipal de Ensino Fundamental Diácono João Luiz Pozzobon, Escola Municipal de Ensino Fundamental Adelmo Simas Genro e Escola Municipal de Ensino Fundamental Pão dos Pobres Santo Antônio e Colégio Estadual Professora Edna May Cardoso.

A vigência do GuriasTec será de três anos, prevendo a oferta de 28 bolsas de estudo, destinadas a alunas dessas escolas, professoras da educação básica e discentes de iniciação científica, pós-doutorado e divulgação científica. O projeto também disponibilizará recursos para custeio, tendo em vista a recente aprovação do projeto na chamada pública nº 31/2023 do MCTI/CNPq.

Quanto aos resultados esperados, o projeto prevê além da parceria com escolas, NTEM e lideranças indígenas, a capacitação de pelo menos 20 alunas e 4 professores(as) da educação básica como multiplicadoras e influenciadoras sociais, dentre outros.

Fotografia horizontal e colorida de 14 mulheres em frente a um painel colorido. São 12 mulheres brancas, uma mulher negra e uma mulher parda. Seis estão sentadas e oito em pé. A maioria sorri amplamente, umas de maneira mais discretas. Estão na frente de um painel colorido, em tns de amarelo, azul, laranja, e branco. No painel, o desenho de uma menina de perfil, em tons de cinza, que tem um olhar marcante e expressão séria. No fundo dela, elementos coloridos como raios de sol, quadriculados e imagens abstratas, que formam um cenário futurista.
Na foto, sentadas, da esquerda para a direita, as servidoras Ísis Portolan dos Santos, Vanessa Schmidt Giacomelli, Tatiana Cureau Cervo, Candice Muller, Elisandra Maziero e Renata Guerra. Em pé, da esquerda para a direita, Ana Lúcia Souza Silva Mateus, Dyana Duarte, Natália Daudt, Vanessa Sari, Rosane Brum Mello, Simoni Timm Hermes, Larissa Kirchhof, Débora Missio Bayer. Participantes não presentes na foto: Carmen Vieira Mathias (CCNE) e Nilza Zampiere (CT).

Texto por Subdivisão de Comunicação do CT/UFSM, com informações e imagens das gestoras do projeto GuriasTec. 

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