Outra função muito importante desempenhada pelo café, especialmente pela cafeína (o estimulante mais utilizado no Brasil atualmente), é auxiliar no combate da cefaleia (dor de cabeça) principalmente, em associação com analgésicos (medicamentos que combatem a dor). Além disso, muito se tem usado a cafeína para melhorar o desempenho em situações cotidianas como fadiga, cansaço e em situações que necessitam um bom nível de concentração, raciocínio e desempenho. Quem nunca tomou um café após o almoço para iniciar a tarde com mais disposição? Ou até mesmo antes de uma aula ou de praticar alguma atividade física?

          Mas, como nem tudo são flores, um excesso de ingestão de café e, consequentemente, de cafeína, pode acarretar efeitos tóxicos ao nosso organismo. Recomenda-se consumo diário para uma pessoa adulta de até 400 mg de cafeína por dia, o que equivale mais ou menos a cinco xícaras pequenas de café. No entanto, esta dose pode variar dependendo da sensibilidade do indivíduo e da combinação com outros fatores como peso, uso de medicamentos e idade. Não é recomendado que crianças ingiram mais de 100mg/dia.

          Um consumo superior à dose máxima recomendada pode provocar efeitos adversos indesejáveis, como tremores, batimentos cardíacos acelerados, irritabilidade, ansiedade convulsões, dores no estômago e na cabeça, perda de apetite, vômito, náusea, depressão, falta de potência e, mais comumente, insônia — efeito este que faz com que muitos estudantes tomem quantidade excessiva de café para buscar aumentar o foco e a concentração em suas rotinas de estudos —, o que pode ser extremamente prejudicial a saúde. Ainda, vale ressaltar que o consumo de 5g a 12g por dia de cafeina pode ser letal, podendo resultar em problemas cardiovasculares e pulmonares, provocando sintomas como convulsões e até coma.

          Apesar de já haver várias contribuições afirmando que o café é uma substância segura e que possui vários benefícios especialmente pelos seus constituintes naturais, mais estudos experimentais precisam ser realizados para consolidação e compreensão de como os efeitos terapêuticos acontecem. O consumo consciente tende a não ser prejudicial, como sempre o equilíbrio é a chave para os efeitos benéficos.