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Outubro rosa: conscientização e prevenção do câncer de mama.



         Na década de 1990, surgiu o movimento global conhecido como Outubro Rosa, focado na sensibilização para a detecção precoce do câncer de mama. O mês de outubro é celebrado com o intuito de disseminar conhecimento e promover a conscientização acerca do câncer de mama, visando contribuir para a redução da incidência e mortalidade por esta doença.

      O câncer de mama é o segundo tipo mais comum de câncer, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Espera-se que em 2023, segundo as projeções do Instituto Nacional de Câncer (INCA), 73.610 mulheres sejam diagnosticadas com essa condição. Em 2020 o número de óbitos foi de 18.032, sendo 17.825 mulheres e 207 homens. Dentre os estados brasileiros, os das regiões Sul e Sudeste apresentam as taxas mais elevadas.

O câncer de mama é uma condição complexa e multifatorial, o que significa que não há uma única causa para o seu desenvolvimento. Um dos fatores mais significativos é a idade, sendo o risco mais elevado à medida que as mulheres envelhecem, principalmente a partir dos 50 anos. Também podem ser um fator de risco para a ocorrência da doença o sedentarismo; consumo de bebida alcóolica; obesidade; e exposição frequente a radiação ionizantes (por exemplo raio x e tomografias).

Outra categoria de fatores de risco envolve a história reprodutiva e hormonal da mulher, como: primeira menstruação antes dos 12 anos; não ter tido filhos; primeira gravidez após os 30 anos; menopausa após os 55 anos; uso prolongado de contraceptivos orais (anticoncepcional); ter feito reposição hormonal pós-menopausa, principalmente por mais de cinco anos. E por fim, existem os fatores hereditários e genéticos, são eles: histórico familiar de câncer de ovário e mama; e alterações genéticas nos genes BRCA1 e BRCA2.

Em relação a detecção, existem alguns sinais e sintomas característicos, como caroço endurecido, fixo e –geralmente- indolor; alterações no mamilo (bico do peito); pequenos nódulos (caroços) na região das axilas ou pescoço; saída espontânea de líquido nos mamilos; pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja.

Destaca-se que qualquer caroço na mama em mulheres com mais de 50 anos deve ser investigado. Em mulheres mais jovens, qualquer caroço deve ser investigado se persistir por mais de um ciclo menstrual.

Para prevenção, algumas medidas podem ser tomadas: manter o peso corporal adequado; praticar atividade física regularmente; evitar o consumo de bebidas alcoólicas; e amamentação.

Diagnóstico e rastreamento: mamografia

           A mamografia é uma radiografia das mamas capaz de identificar alterações suspeitas. No âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), existem dois tipos: a mamografia de rastreamento, indicada para mulheres de 50 a 69 anos sem sinais e sintomas de câncer de mama, realizada uma vez a cada dois anos; e a mamografia diagnóstica, indicada para avaliar alterações mamárias suspeitas em qualquer idade, em mulheres e homens. Quando há alterações suspeitas, é necessária a confirmação do diagnóstico por meio do exame histopatológico (biópsia), que analisa uma pequena parte retirada da lesão.

Como as mulheres podem perceber os sinais e sintomas:

          O autoexame das mamas já foi uma prática amplamente promovida como uma forma de detecção precoce do câncer de mama. No entanto a recomendação para o autoexame tem passado por revisões e atualizações com base em evidências científicas. Algumas razões pelas quais o autoexame não é mais enfatizado como uma ferramenta primária: limitações na eficiência; aumento de falsos positivos e negativos; foco no autocuidado; avaliação individualizada. Entretanto, é importante que a mulher conheça o próprio corpo para saber o que é e o que não é normal em suas mamas, reconhecer quais são as variações naturais e identificar alterações suspeitas, para que nesses casos, procure a equipe de atenção à saúde.

         Por fim, vale ressaltar que ter um fator de risco para o câncer de mama não significa necessariamente o desenvolvimento da doença, mas que sim, é importante estar sempre vigilante e realizar exames regulares para detecção precoce. A prevenção e a detecção precoce são armas mais poderosas contra o câncer de mama. 

Referências Bibiográficas:

1. BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto de Câncer (INCA). Câncer de mama: valos falar sobre isso? 8 ed. Rio de Janeiro: INCA, 2023.
Disponível em: https://ninho.inca.gov.br/jspui/bitstream/123456789/14911/1/Cartilha_c%c3%a2ncer_de_mama_2023_8_ed.pdf

2. INCA. Ministério da Saúde. Dados e número sobre câncer de mama. Relatório anual 2022. Rio de Janeiro: INCA, 2022.
Disponível em: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/dados_e_numeros_site_cancer_mama_setembro2022.pdf

3. SANTOS, M.O. et al. Estimativa de Incidência de Câncer no Brasil, 2023-2025. Rev. Bras. Cancerol. [Internet], v. 69, n. 1, e-213700, fev. 2023.
Disponível em: https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/3700

Autora:

Fernanda Trombini

Doutoranda do Programa de Pós Graduação em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) no Laboratório de Biogenômica e colaboradora do Portal Ciência e Consciência

Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/9145097192524730

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